No artigo anterior, primeiro de uma série, introduzimos o tema dos laços históricos entre grandes expoentes do capitalismo ocidental e os movimentos revolucionários professadamente anticapitalistas, com destaque para o movimento comunista int...
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No artigo anterior, primeiro de uma série, introduzimos o tema dos laços históricos entre grandes expoentes do capitalismo ocidental e os movimentos revolucionários professadamente anticapitalistas, com destaque para o movimento comunista internacional. Mencionamos ali que um raciocínio estereotipado e enciclopédico, onipresente no senso comum midiático, dificulta, ou mesmo impossibilita, a percepção daqueles laços, cuja existência se afigura, pois, como contraintuitiva. Começo o artigo de hoje mencionando uma dificuldade suplementar para a adequada compreensão do fenômeno. | ||
Em política, a receita certa para não se entender nada é adotar uma concepção subjetivista dos fenômenos em tela. Quando falamos da cooperação entre capitalistas e socialistas, e mencionamos, na condição de financiadores da agenda revolucionária da esquerda global, o nome de bilionários como David Rockefeller ou George Soros, somos impreterivelmente fulminados com a seguinte objeção: “Então você está dizendo que Rockefeller e Soros são comunistas?” |