Primeiro, devemos ser bastantes criteriosos ao analisar o número de votos que ex-presiente Lula teve nesse segundo turno. Engana-se quem acha que ele teve o apoio da maioria.
Primeiro, devemos ser bastantes criteriosos ao analisar o número de votos que ex-presidente Lula teve nesse segundo turno. Engana-se quem acha que ele teve o apoio da maioria. |
O Lula teve 60 milhões de votos em um país que tem 240 milhões de pessoas. Isso corresponde a mais ou menos 1/4 da população brasileira. Se você colocar isso em número de eleitores aptos a votar, isso se aproxima de 38% dos votos. |
Quando olhamos para os números frios da eleição, temos a falsa percepção de que ele teve o apoio da maioria da população brasileira. Olhando as manifestações na rua, vemos que esses números colhidos friamente das urnas é ilusório. |
Ao ir para a rua mostrar o descontentamento com o resultado das eleições, o povo o faz de forma ampla e com frentes diversas de trabalhadores, adultos, crianças, famílias e demais desgostosos em ver um político que estava preso por corrupção ser solto, sem ser absolvido, para concorrer à eleição e ganhar. |
Nesse contexto, essas manifestações nem sempre tem um ponto focal, não contam com um organizador central que comanda os atos, define qual vai ser a bandeira a ser levantada e as demandas reclamadas. Então, nem sempre há um consenso sobre que as pessoas querem. E é isso que faz dele um grande ato democrático. |
Ora, existe um parlamento que, em tese, seus representantes, geralmente qualificados e eleitos pelo povo, deveria discutir ideias vindas dos seus representados e que daí surgissem soluções para as demandas populares. E é isso que vemos nas ruas hoje. Demandas! |
Como dito, não há um consenso no que as pessoas querem. O único consenso que temos é que o povo está revoltado. |
Revoltado com a tentativa de colocar goela abaixo de grande maioria da população de que as eleições no país forma justas. Ora, isso á absolutamente indefensável. Ao menos por aqueles que ainda tem cérebro para analisar fatos. |
Um sujeito não pode defender eleições limpas ao mesmo em que emissoras de TV eram censuradas no seu direito à livre manifestação. Canais jornalísticos tiveram publicações impedidas de serem veiculadas antes mesmo de irem ao ar. Não me venham com essa de que era só até a eleição passar. Ou, era só até achatar a curva. Esse filme já vimos. |
Uma ministra dizer que a censura no país é inadmissível, mas ao mesmo tempo dizer que vê como correta a proibição de veiculação de um conteúdo jornalístico até o término da eleição, beira a loucura institucionalizada. Sou contra a censura, mas vou permitir um pouquinho aqui até a eleição passar. |
São duas coisas absolutamente incompatíveis. E é com isso que o povo está revoltado. As instituições e mídia porca dizendo que a eleição foi justa, ao mesmo tempo que todos vemos a censura contra certas que foram ditas em relação a um candidato. |
Um monte de inquéritos inconstitucionais, ao arrepio da lei que atinge apoiadores do presidente, ao passo que serve como instrumento de ameaça a um grupo político do presidente. Ai você vem me dizer que a população deve aceitar que as eleições foram justas? É impossível. |
Essa revolta popular é legítima. O condutor do processo eleitoral age como Rei só visto em regimes absolutistas ou em filme de Hollywood. Esse processo eleitoral daria um bom roteiro para Xerxes. |
Os homens não devem atentar contra um governo estabelecido. Mas a tirania governamental jamais deve ser tolerada, ao ponto que é dever do povo estabelecer um novo governo quando as tiranias do antigo governo se tornarem insuportáveis. |