A SEMANA NA HISTÓRIA (09 a 15 de janeiro) - REPOSTAGEM

(originalmente publicado em 18 de janeiro de 2021, atualizado em 13 de janeiro de 2022)

No dia 13 de janeiro, comemorou-se 184 anos do nascimento do engenheiro, inventor e abolicionista André Rebouças. Filho do rábula, deputado e conselheiro do Império Antônio Pereira Rebouças – cuja mãe era negra liberta – nasceu na Bahia, no período da revolta da Sabinada. Mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro em 1846, onde estudou Engenharia, profissão também exercida por seus irmãos. Atuou na vistoria e aperfeiçoamento de portos e fortificações litorâneos, bem como nas obras do abastecimento de água do Rio de Janeiro e em projetos como a ferrovia Curitiba-Paranaguá.

A exemplo de nomes como Machado de Assis, Cruz e Sousa e José do Patrocínio, Rebouças foi representante da classe média negra em ascensão durante o Segundo Reinado, engajando-se na campanha abolicionista. Ao lado de Patrocínio e Joaquim Nabuco, criou a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, contribuindo intelectual e ativamente no movimento. Defendia não apenas a mera abolição, mas uma emancipação dos escravos libertos através do acesso dos mesmos à propriedade de terras, o que Rebouças chamou de Democracia Rural Brasileira.

Foi ainda articulador para obter apoio financeiro para a carreira de Carlos Gomes e também propôs a criação de parques nacionais, que ele via como algo que poderia trazer benefícios para o progresso das sociedades locais. Monarquista convicto e amigo pessoal do imperador Dom Pedro II – chegou a ser par de dança da Princesa Isabel no derradeiro baile da Ilha Fiscal – partiu para o exílio junto com a família imperial com o advento da República, tendo morado em Portugal, França, Angola e Madeira, onde cometeu suicídio. Foi posteriormente homenageado dando nome a vários logradouros brasileiros.

Por hoje é isso! Até o próximo A Semana na História!