A SEMANA NA HISTÓRIA – XXII (12 a 18 de setembro)
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A SEMANA NA HISTÓRIA – XXII (12 a 18 de setembro)

Nesta Semana na História, recordamos os 115 anos do falecimento, ocorrido em 16 de setembro, de uma personalidade que dá nome a várias ruas e foi representada em diversos monumentos espalhados pelo Brasil. Entretanto, muitos passam por esses ...

natacam
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Nesta Semana na História, recordamos os 115 anos do falecimento, ocorrido em 16 de setembro, de uma personalidade que dá nome a várias ruas e foi representada em diversos monumentos espalhados pelo Brasil. Entretanto, muitos passam por esses locais e não fazem sequer ideia do porquê dessas referências. Trata-se do compositor Carlos Gomes. Natural de Campinas, iniciou sua vida artística em uma banda musical formada por seu pai, já demonstrando talento na área. Em sua mocidade, apresentava vários concertos, lecionava piano e canto, dedicando-se ao estudo de óperas, demonstrando preferência por Verdi.

Em 1860, contra a vontade do pai, mudou-se para o Rio de Janeiro. Por intermédio da Condessa de Barral, foi apresentado ao Imperador Dom Pedro II. O “patrono das artes e das ciências” (sobre o qual já falamos neste canal) o encaminhou ao Conservatório de Música. No ano seguinte, apresentou sua primeira ópera, rapidamente conquistando o sucesso na Corte. Com o mecenato do Imperador, viajou para a Itália em 1863, por sugestão da Imperatriz Teresa Cristina, estudando no Conservatório de Milão.

Lá, encontrou uma tradução italiana do romance O Guarani, de José de Alencar, que o inspirou a compor sua ópera mais conhecida, que leva o mesmo nome. Composta em estilo italiano, mas sem deixar de lado as raízes brasileiras de Gomes, foi apresentada pela primeira vez no Teatro Alla Scala, em Milão, em 1870. A ópera logo ganhou grande projeção, sendo apresentada no circuito dos grandes teatros europeus, com o apoio financeiro de André Rebouças (sobre o qual também já falamos neste canal). A abertura marcante é reconhecível até hoje, utilizada na vinheta de abertura do programa de rádio A Voz do Brasil.

Na Europa, escreveu óperas como Fosca (que ele considerava sua melhor obra), Salvador Rosa e Maria Tudor. Em 1888, compôs O Escravo, levada à cena pela primeira vez no ano seguinte no Rio de Janeiro, em homenagem à Princesa Isabel e à Lei Áurea. Dom Pedro II prometeu-lhe o comando do Conservatório de Música, ato malogrado pela Proclamação da República e queda do Imperador. Já doente, recebeu o convite do governador do Pará para dirigir o conservatório do estado, local onde passou os últimos meses de vida. Entre os diversos lugares que receberam o seu nome, podemos mencionar o Teatro Carlos Gomes, de Blumenau (SC), onde se encontra o busto que compõe a ilustração desta postagem.

Por hoje é isso! Até o próximo A Semana na História!