Erros na estratégia do PT, ajuda no crescimento de Bolsonaro

Muitas vezes, as criticas que são feitas a esquerda e suas estratégias, são injustas, mas não se pode negar que o PT tem repetido vários erros de 2018. Um dos principais o atraso no inicio da pré-campanha, a chapa Lula/Alckmin, seria lançada em fevereiro, mudou para março e agora tem data prevista para 30 de abril. A comunicação com o povo precisa melhorar, em especial com a ajuda das novas tecnologias, mas, falar não apenas para os convertidos e sim com aqueles que não gostam do PT ou do Lula, por alguma Fakenews ou por não entender qual é o projeto de país que o Patido dos trabalhoores possui.

Em 2018, mesmo com o Lula preso em abril e toda a articulação entre Dallagnol e Moro para manter o Lula prisão e tirá-lo da corrida eleitoral, a legenda que já venceu 4 pleitos para o executivo nacional no Brasil, foi até as últimas consequências, só lançando o Haddad em setembro daquele ano, cerca de um mês antes votação para o primeiro turno. Naquela Altura o Professor já tinha deixado de participar de alguns debates, pois, ainda contava como vice e os debates eram para os presidenciáveis.

Para complicar ainda mais, no dia 06 de setembro veio a fatídica facada que ajudou a impulsionar cada vez mais o nome de Bolsonaro. Na semana do primeiro turno, o Juiz considerado parcial pelo STF, Sérgio Moro, divulgoiu uma suposta delaçaão premiada de Antônio Palloci, entregando supostos esquemas de corrupção na gestão do PT, isso ajudava diretamente Jair Messias Bolsonaro, as delações foram revistas posteiormemte, todavia não tinha solidez nem provas nas denúncias, no entanto o fato político estava criado.

Após a derrota de 2018, se esperava do PT uma melhora, que não veio na eleição de 2020, onde o partido não elegeu nenhum correligionário em capitais no país, em São Paulo o resultado foi terrível. As mudanças que não aconteceram em 2020, de certame se esperava ocorrer em 2022. Com os atrasos e as falhas de comunicação nas redes, o que estamos vendo é uma redução da distância em Lula e Bolsonaro, que até algumas semanas atrás, ocorria dentro da margem de erro. O problema é que nas últimas pesquisas em relação ao segundo turno em especial a diferença entre Lula e Bolsonaro que já chegou a 22% para o ex-presidente petista, agora estaria em torno de 10%. Isso tem preocupado pessoas que acompanham a política e que esperam uma volta do Lula ao poder. O presidente Bolsonaro tem a máquina pública na mão e as mílicas digitais que espalham fakenews. Jair tem se movimentado para liberar valores do FGTS, subsidiar custos para reduzir o preço do combustível e cogita até a possibilidade de aumentra valores do auxílio Brasil, tudo isso para tentar derrotar Lula que lidera as pesquisas.

As falhas do pré-candidato do PT estão diretamente ligadas a falta de compreensão das redes, frases que trazem polêmicas desnecessárias, como as recente em relação a classe média e seu consumo e ao pedido de cobrança dos políticos em suas residências, que tem servido de munição para a oposição bolsonarista. Nas redes o drama é grande, no canal do Lula basicamente se postam longas entrevistas em rádios do interior do Brasil, que tem um público diferente das redes sociais. Cortes para TikTok, Reels, Shorts e outras redes, praticamente não existem. A impressão que alguns apoiadores começam a ter é que se acredita em uma estratégia que dependeria muito do Bolsonaro. Caso esse seja o intuito é grave e perigoso. Lula precisa ser mais presente na internet, produzindo conteúdo direcionado para as redes sociais que possui perfil o quanto antes, caso contrário acabará por municiar ainda mais os radicais de extrema-direita. Se os erros forem corrigidos logo, ai sim teria uma longa estrada para consolidar uma vitória, seja ela no primeiro ou no segundo turno.