Pesquisas e mais pesquisas: Em qual tipo de pesquisa confiar?
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Pesquisas e mais pesquisas: Em qual tipo de pesquisa confiar?

Nos últimos anos se intensificou ainda mais a quantidade de pesquisas que são feitas para os pleitos eleitorais. Com as novas tecnologias e o crescimento das redes sociais, mentiras se espalham muito rapidamente pela internet e aplicativos, f...

Carlito Neto
4 min
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Crédito: Montagem
Crédito: Montagem

Nos últimos anos se intensificou ainda mais a quantidade de pesquisas que são feitas para os pleitos eleitorais. Com as novas tecnologias e o crescimento das redes sociais, mentiras se espalham muito rapidamente pela internet e aplicativos, falas como: "quem estaria pagando para realização destas pesquisas?", "a globo quer manipular as pesquisas", "quem confia no data folha?". Muitas destas questões já foram ouvidas ou lidas por muitos de vocês, tais dúvidas são levantadas por conta das oscilações que ocorrem entre as pesquisas, não se tem uma única metodologia, o que é até normal, existem pesquisas por telefone, virtuais, face a face, que apesar da busca por uma boa extratificação acaba sempre por mostrar que possuímos estamentos complexos, até mesmo nas pesquisas.

Os questionamentos estão sendo levantados, pela evidente distância entre pesquisas feitas por telefone, muito utilizadas pelo PODERDATA e pesquisas feitas face a face, como as que são feitas pela GENIAL/QUAEST e pela SENSUS. Uma apresenta praticamente um empate técnico, a outra vitória de um dos principais candidatos  no priemrio turno. Apesar de sabermos a muito que pesquisas por telefone acabam por se tornar cesitária, nos moldes da primeira república, já que muitos trabalhadores não atendem telefone durante o horário de trabalho, nem todos tem celulares ou telefone fixo, outro fato é, não se sabe se as pessoas que estão do outro lado da linha tem idade eleitoral, enfim, existem muitas lacunas. Já a pesquisa presencial é o encontro cara a cara, entre o representante do instituto de pesquisa e o eleitor, muitos analistas de dados consideram tal formato como sendo o mais próximo do que seria o resultado eleitoral real.

Crédito: PODERDATA
Crédito: PODERDATA

Depois que a pesquisa do PODERDATA foi divulgada muitos passaram a criticar a efetividade da pesquisa por telefone, afinal a pesquisa feita entre os dias 10 e 12 de abril que ouviu mais de 3000 mil pessoas supostamente em idade eleitoral, nas 27 unidades da federação, o resultado? Entre os dois pré-candidatos em destaque, Lula aparece com 40% da intenções de votos, seguido por Bolsonaro com 35% das intenções de voto, ou seja, a diferença entre o ex-presidente e o atual em tese teria caido para 5%, mas a diferença é a mesma mostrada em novembro de 2021, quando o ex-presidente do PT aparecia com 34% e o Jair Bolsonaro com 29%, todavia, diferença de 5%, entenderam? A pesquisa mantém a mesma diferença entre os candidatos, ao analisar corretamente os dados não se tem tal ascenção do presidente Bolsonaro em relação ao ex-presidente Lula.

Crédito: PODERDATA
Crédito: PODERDATA

Quando o formato da amostragem vai para o face a face, Lula lidera em grande proporção, na última pesquisa inclusive, feita pela SENSUS, venceria a eleição em primeiro turno, com 50,8% dos votos válidos, contra 43,3% da soma dos votos válidos totais dos outros candidatos. A pesquisa SENSUS, foi feita entre os dias 8 e 11 de abril, com cerca de 2 mil entrevistas domiciliares com pessoas a partir de 16 anos, em 108 municípios nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.

Crédito: SENSUS
Crédito: SENSUS

Com diferenças tão grande entre os dados o eleitor fica confuso, se questionando, em qual pesquisa acreditar? A resposta não é tão simples, a pesquisa serve para ajudar a interpretar os cenários, mas até as análises de dados podem ter divergências grandes, normalmente as pesquisas reproduzem de forma muito aproximada o cenário eleitoral, mas com as mudanças ecônomicas e tecnologicas, os critérios da análises acabaram mudando. Hoje quem trabalha com pesquisa política sabe que as informações presenciais tem mais valor qualitativo, algo que difere nas pesquisas por telefone onde o que se acaba tendo é um maior valor quantitativo.

A oponião deste que escreve este artigo, acredita que o ex-presidente Lula hoje tenha entre 42% e 46% nas pesquisas, enquanto Bolsonaro tem entre 27% e 31% das inteções de voto. Comentem abaixo como você acredita que é o cenário hoje? E como acha que será em outubro?