Será que um dia seremos inteiros novamente? |
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Me encontra todas as madrugadas |
Parece até não conseguir me deixar |
Até busquei na música minha fuga, mas... |
Silêncio |
Você não para de me silenciar |
Todavia volto a me perguntar |
Se não te suporto |
Seria eu surdo ou incapaz de me amar? |
Talvez cego, de tanto me olhar |
Talvez mudo, de tanto pensar |
Agora |
Jamais sem paladar |
Até que o amargo da vida vem |
Sorte que nunca foi exigente a boca de um bom cliente de bar |
Tão aberta que já não sabia |
Se era o álcool ou o amor que iria deixar entrar |
Já não importava |
Com isso já não ia lutar |
A companhia era sempre boa |
Pegue sua cerveja |
Só cuidado para não deixar esquentar |
Se o amor estiver por perto |
Você pode se queimar |
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No decorrer da vida, é fácil beber a cerveja quente e viver um amor gelado |
Prefiro, como diria minha mãe |
Depressa! |
Vá se trocar |
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Me pergunto se nessa vida |
Ora coração arteiro |
Te verei partido, porém inteiro |
Fruto do remendo de quem não tem mais a mente como cativeiro |
Destino de quem sente, demasiadamente, o passageiro |
Eterno poeta, de talento falho igual isqueiro |