Definindo o Poder da Escrita
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Definindo o Poder da Escrita

Se você é marketeiro, não se atreva a escrever textos aleatórios. Resuma-se a escrever suas copies para venda. Caso você insista em querer escrever textos e opiniões, faça uma revisão bem detalhada do seu texto.

Edylson Pires
8 min
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Se você é marketeiro, saber definir o poder do texto que você deseja divulgar, pode ser a melhor arma que você terá nas mãos.  Obter a atenção do seu leitor e mante-lo preso ao seu conteúdo, é tarefa fundamental para converter. Conseguir definir critérios que estabelecam exatamente os seus objetivos, pode fazer com que você retenha o seu público, venda mais e obtenha relevância dentro do mundo digital. Caso você insista em querer escrever textos e opiniões, faça uma revisão bem detalhada do seu texto.

Primeiro vamos diferenciar, um texto para copy, é um texto direto, com linguagem de venda, de convencimento, de indução, o escritor de copy, ele quer vender, ou precisa vender, então ele precisa ser objetivo. Um texto opinativo, é apenas a explanação de uma idéia, bem individual, uma opinião emitida não é nada demais do que um dialogo entre amigos, feita de forma escrita. Um texto informativo, restringe-se a informar, nao contém opinião, não contém convencimento, não contém nenhum gatilho de indução.

Copy

Ao escrever uma copy, significa que você precisa fechar seu texto com uma chamada para ação (Call to action), significa que você precisa vender algum produto, você precisa fazer com que o leitor visite seu link, seu site, seu blog, enfim, você tem como objetivo "convencer" o leitor a fazer o que você quer. 

Nesse contexto, você precisa mostrar ao teu leitor que você detectou uma necessidade (dor) do mesmo e você tem a solução para isso, partindo desse pressuposto, significa que a partir desse momento, você vai se tornar o especialista para a pessoa que você atraiu para teu conteúdo/produto. Em resumo, você vendeu a sua idéia de forma eficiente, e, para chegar a esse objetivo, o teu texto precisou ser investigativo (voce detectou a dor), precisou ser explicativo (você definiu o que a dor traz), precisou ser curativo (você definiu o vai/precisa ser feito), precisou ser responsivo (você fez o leitor responder ao CTA).

No processo de criação do seu texto, a sua liberdade ética de convencimento precisa ser impecável, convencer o leitor a gastar seu dinheiro com você ou com seu produto é uma habilidade que não nasce com ninguém, mas que é facilmente treinável, em especial se você tiver boas habilidades sociais, de escrita e de leitura.

O principal fator, e esse é um fator exclusivo dos textos de venda ou de CTA, você precisa quebrar o maior numero de objeções possíveis, e aqui vou fazer uma avaliação especial. Quebrar objeções, é uma característica exclusiva de textos de convencimento, isso quer dizer que, esse fator pode ser usado apenas quando você quer vender algo ou você precisa fazer com que alguém concorde com a tua opinião. No primeiro caso, isto é, quando se trata de vender algo, quebrar objeções é uma, e eu diria, talvez a melhor estratégia para convencer o seu leitor a aderir ao que você está expondo, e se você tiver bons argumentos na sua quebra de objeções, você não perde clicks. 

Quando vamos para um texto opinativo, e você traz quebra de objeções, e eu normalmente encontro essa estratégia logo na abertura dos textos que leio, você perde o principal, a atenção do leitor, o teu texto deixa de ser opinativo para ser autoritário, uma vez que você não está apenas mostrando sua opinião, você está argumentando razões para obrigar o seu leitor a aceitar a sua opinião. Pode parecer dificil de aceitar, mas quando você traz argumentos para fazer o seu leitor aceitar a sua "opinião", a sua opinião deixa de ser opnião e passa a ser apenas um texto de coerção, e um texto de coerção, não necessariamente é opinativo, na grande maioria das vezes esse texto força outras reações, que não necessariamente serão de concordância. 

Alguns dias atrás, lendo um artigo de um escritor que não é focado em escrever opinião ou textos mais leves como informativos, por exemplo, falando de um assunto que eu gosto, que é carros e, de um modo em geral, o texto que se seguiu era interessante, entretanto, minha leitura foi completamente afetada, porque o escritor se preocupou em fazer 6 paragrafos quebrando objeções de porque ele fazia e o porque você deveria fazer também, adicionou 3 ou 4 fotos e escreveu mais 3 ou 4 textos para explicar o prazer dele ao fazer o que fazia. A minha decepção foi que, um texto que não precisava de quebra de objeções, teve 6 paragrafos de quebra de objeção, e apenas 3 ou 4 parágrafos explanativos. Fica fácil de perceber que essa construção está errada, né?

Entenda, o único texto que admite quebra de objeções sem nenhuma restrição, é o texto de vendas ou com qualquer CTA. E você pode inclusive deixar isso mais leve, usando metáforas, sinonimos, antonimos, palavras que deixam X com menos cara de X mas ainda significando X. Em qualquer outra forma de "approach" a quebra de objeções não é necessária, e para ser bem sincero, não tem sentido algum usar.

Opinião

O texto de opinião, acredite, são apenas as "suas palavras", nessa forma de escrita, a unica coisa que importa é a sua exposição de suas idéias, de forma livre e sem pretensões, corretas ou incorretas, são apenas suas opiniões.

Ao redor do mundo, pessoas estão sendo presas por "emitirem suas opiniões". No meu ponto de vista, essa afirmação incorreta, e vou explicar. Quando se emite uma opinião, ela objetivamente explicita o ponto de vista individual, e quando se emite um ponto de vista, colocar uma chamada pra ação, muda completamente o sentido do texto. Então quando, usando o Brasil como referência, eu emito a seguinte opinião "O Supremo é uma vergonha" estou apenas emitindo uma opinião, entretanto, se eu emitir a opinião "O STF é uma vergonha, abaixo o STF", estou fazendo uma afirmação com uma chamada para ação, logo, isso pode ser entendido de diversas formas por quem quer que seja e que esteja em condições de julgar a afirmação feita. E é aí que muitas pessoas estão sendo presas, inclusive no Brasil, por "emitirem suas opiniões". Entenda, emitir opinião não tem nada de errado, emitir opinião com chamada pra ação, muda completamente o contexto do que está sendo emitido e traz responsabilidades. Se você faz uma chamada pra ação, durante a emissão de uma opinião, o escritor deve estar consciente de que o texto pode despertar interesses alheios a sua vontade, e isto pode estar relacionado a uma compreensão bem individualizada de decisões. Daí que ser preso por opiniões, é um completo disparate. Todos os casos em que analisei até o presente momento, foram induzidos por "chamadas pra ação" camufladas de opinião.

O texto de opinião, reflete, normalmente uma idéia, uma discordância, uma explicação, e basicamente é um texto focado em algo previamente divulgado, ve-se muito atualmente, opiniões políticas. Se você observar, na grande maioria das vezes, as opiniões políticas são reativas, a material jornalistico, entrevistas, ações políticas, enfim, na imensa maioria das vezes, a opinião vai ser reativa. E, pode auxiliar outras pessoas, que podem ter interpretado de forma diferente a materia principal, a compreenderem seguindo a explicação de uma "cabeça" diferente.

Informativo

O texto informativo, ele basicamente serve para explicar algo, uma nota tecnica, um texto extra para compreensão de algo que pode ter sido elaborado de forma subjetiva. Regularmente, o texto informativo segue normas bem especificas de elaboração, de acordo com a academia. Cada país tem suas próprias regras para textos informativos, mas de acordo com um consenso, seguem regras bem especificas de elaboração.

Aqui, não é aceitavel a chamada pra ação, não se aplica o convencimento ou indução do individuo no texto informativo. A forma adotada aqui, é orientativa, ou instrutiva, partindo do pressuposto de que você está informando algo, o texto pode sim orientar o individuo nos processos para um cadastro em algum site, por exemplo, pode instruir o individuo sobre qual a sequencia para investir em ações numa corretora por exemplo, então, entende-se que o texto informativo, pode ser também adotado como educativo.

Para hoje é só. Agradeço a sua atenção. Escrever não é difícil. Você não precisa escrever 500 palavras, se voce pode escrever a mesma idéia em 30 palavras. Quando voce extrapola essas regrinhas, você normalmente torna seu texto monótono, corre um risco muito grande de ser redundante, e com alguma certeza, terão contrapontos em oposição com a idéia central dentro do que está se tentando expressar.

Vou pedir que você curta esse texto, compartilhe com seus amigos, contatos. Divulgue entre o pessoal do marketing e também entre os emissores de opinião.

Muito obrigado

Edylson Pires

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