Depois de mais de um ano e meio longe de São Januário, os torcedores voltaram à Colina Histórica na esperança de uma vitória diante do Cruzeiro, pela vigésima-quinta rodada da Série B. Os mesmos erros, porém, impediram a conquista dos três po...
Depois de mais de um ano e meio longe de São Januário, os torcedores voltaram à Colina Histórica na esperança de uma vitória diante do Cruzeiro, pela vigésima-quinta rodada da Série B. Os mesmos erros, porém, impediram a conquista dos três pontos e deixaram o Vasco em situação cada vez mais difícil na competição. | ||
No primeiro tempo, foi o Cruz-maltino quem dominou a maior parte. Sob os pés de Nenê, o melhor em campo, o time da casa abriu o placar. As jogadas com Morato pelo lado direito, o apoio de Léo Matos e a marcação pressão foram os trunfos do técnico Fernando Diniz para ir ao intervalo com vantagem. | ||
Já no segundo tempo, a situação se inverteu. Os torcedores presentes em São Januário viram um Vasco acuado, sem válvulas de escape pelas pontas e um Cruzeiro mais forte ofensivamente, a partir da saída do centroavante Marcelo Moreno. Ao contrário da primeira etapa, a equipe mandante sofria com as investidas dos mineiros. | ||
A partir dos trinta minutos da segunda etapa, o Vasco começou a pagar um preço caro por um amadorismo de saltar aos olhos de quem disputa futebol de rua. Por um erro de comunicação entre o banco de reservas e o meia Nenê, o técnico Fernando Diniz sacou o atleta para a entrada de Bruno Gomes. Minutos antes, o também meio-campista Morato havia sido substituído por Gabriel Pec. Para o torcedor que não se recorda, foram as mesmas mexidas feitas no empate diante do CRB, na última quinta-feira (16), no qual o cruz-maltino vencia até os últimos minutos. | ||
Apesar da equipe ter evoluído sob o comando de Diniz, os erros de avaliação do treinador, mesmo com poucas opções no banco de reservas, foram fundamentais para o desperdício de mais dois pontos. Logo em seguida, o Cruz-maltino ampliou o placar, com Daniel Amorim, mas o gol foi anulado. | ||
Quem estava assistindo de casa, não foi avisado de que o tento vascaíno tinha sido cancelado por interferência do VAR. Nos minutos finais, já nos acréscimos, o Cruzeiro empatou a partida em um cruzamento de escanteio. Para o torcedor mais fiel do Vasco, um balde de água fria. Mais um gol de bola parada, mais dois pontos jogados diretamente no lixo e a esperança de acesso à primeira divisão cada vez mais diante. Os mesmos erros se repetiram. A mesma teimosia persistiu. E o Cruz-maltino se vê longe de uma reviravolta na segunda divisão... | ||
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Os preços exorbitantes no ingresso e no exame de RT-PCR, para a detecção do novo coronavírus, impediram os torcedores de prestigiarem o retorno à São Januário. De mil ingressos disponibilizados pela diretoria do Vasco, apenas 390 foram comercializados. O tíquete inteiro custava 250 reais, além do exame ter o valor de 140 reais. | ||
Muitos torcedores que foram ao jogo contra o Cruzeiro, ficaram mais de duas horas no último sábado (18), em São Januário, para o exame de RT-PCR. Algumas pessoas informaram que havia filas para o exame, uma vez que o único laboratório credenciado para a coleta do antígeno liberou somente dois postos em toda a cidade. | ||
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Outro ponto de crítica da torcida cruzmaltina foi em função da escolha de um único laboratório credenciado para realizar os exames. No Twitter, alguns perfis criticaram a decisão da diretoria e fizeram questionamentos sobre a possibilidade de conflito de interesses, uma vez que o Vice-Presidente Médico do clube, Rafael Cobo, compõe o quadro de médicos do laboratório Vilella Pedras. | ||
Em nota, o Vasco da Gama explicou que o Vice-Presidente Médico trabalha na clínica Vilella Pedras, como em outros locais, e presta serviços, sem ter qualquer cargo de diretoria ou sociedade. O clube informou ainda que teve apenas 48 horas para apresentar um laboratório que atendesse o quantitativo do evento-teste, e que concentrasse os resultados. Assim, a clínica escolhida apresentou melhor acordo comercial com o clube. |