Moda no Brasil

Quando Olavo Dias era mais jovem, não tinha muitos meios de comunicação para expressar sua paixão pela moda. Crescendo pobre na cidade rural profundamente conservadora de Uberaba, em Minas Gerais, ele idolatrava divas pop como Beyoncé, Björk e Rihanna. Quando ele tinha 12 anos, Lady Gaga despertou seu interesse por designers, e ele se viu talvez se tornando um estilista para artistas. Mas essas estrelas dos EUA só podiam inspirá-lo até certo ponto; o mundo da celebridade e da arte parecia tão distante.

“Imaginei que acessar esse universo fosse algo realmente impossível, apesar do meu privilégio [como pessoa branca], pelas barreiras que surgem por ser LGBTQ+ no Brasil”, diz. Nos últimos anos, o Brasil registrou números recordes e seu presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, endossa 

No entanto, houve e há artistas queer e trans ocupando espaço na cultura, especialmente na indústria da música, de maneiras sem precedentes. E Dias estava e está bem no centro dessa explosão cultural, tendo frequentado os mesmos clubes e eventualmente se tornado amigo de desbravadoras como Pabllo Vittar, que hoje é uma das drag queens mais famosas do mundo. “Testemunhar esse boom de perto teve um impacto muito forte [em mim]”, continua ele. “Ver mais pessoas LGBTQ trabalhando e sendo reconhecidas em nível global é muito gratificante.”

Mas Dias não apenas assistiu a esse boom acontecer; ele tem ajudado a dar vida a ele como estilista de alguns dos artistas mais icônicos do Brasil, incluindo Luìsa Sonza, Urias, Duda Beat e seu amigo, Vittar. Xtra recentemente conversou com Dias para discutir seu início de carreira como estilista, alguns de seus looks mais icônicos até hoje e como a moda pode ser uma ferramenta para derrotar a retórica regressiva que ameaça as culturas brasileiras.

A moda feminina proporciona diversos prazeres em nosso país. É importante entender as seguintes categorias de moda: 

alfaiataria

macacão

body

E outras categorias de roupas femininas confortáveis