As cinco razões da emoção (Parte III)
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As cinco razões da emoção (Parte III)

Seguimos mais um dia com a nossa série sobre as Big Fives, as cinco dimensões básicas da personalidade humana. Nos episódios anteriores, comentamos sobre o quão sociável você é a partir do seu nível de extroversão e o quanto disciplinado, foc...

Danilo Reis
5 min
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Seguimos mais um dia com a nossa série sobre as Big Fives, as cinco dimensões básicas da personalidade humana. Nos episódios anteriores, comentamos sobre o quão sociável você é a partir do seu nível de extroversão e o quanto disciplinado, focado e organizado você será à medida em que seu nível de conscienciosidade for mais elevado. Cada uma dessas personalidades que herdamos de nossos pais e moldamos a cada dia em que vivemos e nos conectamos ao meio e às pessoas em nosso entorno são grandes responsáveis por quem nos tornaremos no futuro. Elas definem nosso perfil, nossas emoções e, por consequência, acabam determinando nossas ações (ou a ausência de ações em alguns momentos) que impactarão diretamente no resultado que teremos em nossos relacionamentos pessoais, no trabalho e na vida como um todo. No Day One de hoje, falaremos sobre outra característica que é fundamental para que você possa alcançar o sucesso profissional em sua vida. Se a extroversão te ajudará a ascender no ciclo social e a conscienciosidade o tornará um profissional imbatível, hoje falaremos da personalidade responsável pela criatividade, imaginação, visão e consequentemente por nos tornarmos mais resolutivos.

ABERTURA

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O que Steve Jobs, Walt Disney, Leonardo da Vinci, Thomas Edison, J. R. R. Tolkien e Julio Verne têm em comum? Sem sombra de dúvidas, as personalidades que acabei de citar poderiam ter todos os tipos de defeitos, mas temos que concordar que eram pessoas extremamente criativas. A abertura (ou abertura a novas experiências) é configurada pelo interesse (em alguns casos, necessidade) por novas experiências emocionais, pela aventura, por novidades, ideias incomuns, pelo alto uso da imaginação e pelo elevado grau de curiosidade. A abertura é a característica que te faz não ter medo da mudança, de correr riscos, de conhecer mais, estudar mais, entender como as coisas funcionam e aprender algo novo. É a busca incessante pela inovação. Imagine que você está em um restaurante em uma cidade diferente. Você olha para o cardápio e uma das opções é iscas de carne do cérebro de texugo do mel ao molho de ervas do sul da Índia acompanhada de um risoto etiopês. A outra opção é aquele bom e velho espaguete à carbonara que não tem erro e, inclusive, é o seu prato favorito. Qual prato você pediria? Se você é uma pessoa com um grau de abertura acima da média como o meu (lá ele), você iria no texuguinho sem nem pestanejar. Outra forma de analisar o seu grau de abertura a novas experiências é analisar o quanto você gosta de praticar novas modalidades de esporte ou prefere ficar na sua pelada do domingão. O quanto você tem interesse em viajar para lugares novos e diferentes ou se você tem o mesmo sonho padrão de conhecer a Disney. Pessoas com alto grau de abertura tendem a ser mais criativas, mais resolutivas (principalmente quando surgem problemas nunca antes enfrentados), com alto nível de curiosidade intelectual, apreciação da filosofia, prazer em desafios e quebra-cabeças, tem interesse em explorar e avaliar seus próprios valores sociais, políticos e religiosos e forte valorização da beleza, poesia, arte e música. Já o oposto, tendem a ser pessoas mais conservadoras nas decisões, pessoas que tendem a se manter em sua zona de conforto. Tem medo de desafios e de tudo que é novo e diferente. São as pessoas que preferem a rotina tradicional e são bastante previsíveis. Tem dificuldades em criar, inovar e ficam muito confortáveis em manter as coisas como estão. Preferem o bom e velho espaguete à carbonara ao invés de largar o emprego como auditor fiscal e empreender em Singapura.

O meu grau mais elevado de abertura (lá ele de novo) unido à minha baixa conscienciosidade tendem a me fazer uma pessoa que tem muita dificuldade em manter uma rotina fixa. Enjoo muito facilmente de alguma atividade física que pratico e vira e mexe já estou em uma nova modalidade, querendo aprender mais sobre. Tenho muitas ideias boas para colocar em prática, mas acabo procrastinando bastante e, algo que poderia ser feito em horas, acabo levando alguns dias. A minha baixa extroversão acaba sendo aliada de meus momentos criativos. As horas em que estou sozinho, consigo pensar melhor, raciocinar de forma mais criativa. Não é à toa que meus trabalhos individuais sempre eram muito melhores do que os que eu fazia em grupo no colégio, mesmo quando eu tomava a iniciativa e organizava a apresentação. É claro que todos os exemplos que trago aqui são bem sintéticos, até porque, cada uma das cinco características possui seis facetas, as quais não quis mergulhar aqui pois acabaríamos tendo um livro e não um newsletter (fica o dever de casa para vocês atiçarem a sua abertura – lá ele forte aqui – e pesquisarem sobre cada uma dessas facetas) e que acabam por tornar tudo isso muito mais complexo.

Conhecendo mais sobre cada uma de nossas personalidades, nos faz colocar luz em algo obscuro, o qual não tínhamos o menor conhecimento, e entender porque somos de determinada forma. Isso tem me ajudado bastante a identificar o motivo de minhas ações e como posso controlar melhor tais impulsos e ter uma vida mais produtiva, mais tranquila e saudável emocionalmente. Tudo está conectado. Cada característica impulsiona ou ameniza um fator de outra e quando misturamos todos esses ingredientes, temos a nossa personalidade. Algumas mais ativas, outras mais acomodadas. Algumas mais sociáveis outras mais introspectivas. Aceitar quem somos é o primeiro passo para nos tornarmos quem queremos ser. O segundo, é estar aberto a mudanças. Portanto, trate de começar a exercitar a sua abertura a novas experiências, busque se conhecer melhor e trabalhar a sua mente para o seu sucesso.

Uma semana MEGA produtiva a todos! Vamos pra cima!