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Sua presença já é tão comum que deixou de ser estranha. Às vezes incomoda, ás vezes não. Mas sei que ele está lá, me esperando. |
Sempre em busca de tentar preenchê-lo, com pessoas, sons, sentidos, emoções. Mas no fim do dia, quando fico só, lá está ele! |
Então ele me abraça e somos só nós dois. De novo aquela sensação de estar só, no meio da multidão. Me pergunto o que há de errado comigo, o que me falta, porque sempre sinto isso. Mas não há uma resposta. |
Então como uma fuga, ligo a TV, busco filmes, séries, livros, jogos, entretenimento. Qualquer coisa que me faça esquecer que ele está ali. Não quero ter que encará-lo, não quero ter que me encarar. |
Eu fujo, fujo de mim, fujo dos meus pensamentos. Sempre adiando aquela conversa, sempre adiando... Enquanto isso o vazio só cresce, parece que vai me engolir. Mas eu não estava lutando contra ele? Como ele ficou maior? Como ele ficou mais forte? |
Pensei que se eu o ignorasse, ele apenas sumiria. |
Mas quando me silencio vejo que ele não se moveu um milímetro se quer. |