Criação e Design para quem está começando!
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Criação e Design para quem está começando!

Tudo começou para mim na infância. Logo cedo, meu primo mais velho (Robert) demonstrou ter um talento para ilustração e composição de projeto gráfico. Aquilo me fez pensar que de fato minha vocação seria seguir na carreira criativa, já que ac...

Victor Mendes
3 min
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Tudo começou para mim na infância. Logo cedo, meu primo mais velho (Robert) demonstrou ter um talento para ilustração e composição de projeto gráfico. Aquilo me fez pensar que de fato minha vocação seria seguir na carreira criativa, já que achava fantástico o que ele fazia e como ensinava bem cada tipo de técnica. Dali pra frente, o momento mais emblemático foi perceber o quão caótica é nossa mente e como é difícil organizar as ideias de forma lógica e aplicá-las.

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Com o passar dos anos isso foi se perdendo, tanto a criação quanto a prática. Comecei a trabalhar ainda no ensino médio numa empresa de reformas, e só conseguia dedicar meu tempo aos estudos e ao emprego. O primeiro passo após sair da escola foi mudar de carreira, tentando me encaixar no trilho da criação, independente de qual área e qual forma. Foi aí que apareceu uma amiga da minha mãe que estava montando um time de criação dentro do Consórcio Linha 6, do metrô de São Paulo, e precisava de um ajudante de produção gráfica. Eu topei, mesmo não fazendo ideia do que era aquilo. Dali pra frente, precisava voltar na infância e lidar com o caos em minha mente, saber organizar tudo de novo e ainda sob pressão de ter que desempenhar isso bem no trabalho,  aprendendo o mais rápido possível.

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O segundo passo na minha vida foi a empresa quebrar kkkkkkk. Após isso, minha líder na época me indicou para uma agência de publicidade, já que todo mundo ficaria sem ter onde trabalhar a partir dali. Desde a agência True, tudo mudou. O ambiente é caótico e a experiência é necessária. O design, como dito, é uma coisa caótica e necessita ser experimental. Muitos cursos nos dão diretrizes de como tecnicamente devemos operar certa ferramenta, e na real o senso crítico é o que conta, assim como ter referências históricas e ao longo do tempo passar essa cultura, não só para os clientes mas para a próxima geração de criativos.

Um livro que sintetiza muito bem esse pensamento é o "Roube como um Artista", o qual nos diz que perdemos o contato com o mundo real, e não sabemos de nada a não ser o que se passa na tela de nossos celulares e computadores. Nos afastamos da humanidade, e isso gera uma pobreza criativa, pois nossos olhares ficam restritos àquilo, e nos faz perder o tato para as coisas. Muita gente não sabe as possibilidades de textura dos papéis, por exemplo, sendo que isso qualifica muito o resultado de um projeto. Saber os anseios de um povo, cultura e sacar qual experiência que aquela pessoa quer é fundamental.

Por fim, saber onde está e para onde quer ir é essencial. Além disso, conhecer o seu lugar no mundo e ter contato com sua cultura é muito importante, então desenvolva seu senso crítico, leia bastante, visite museus, centros históricos da sua cidade, aprenda a organizar o caos em sua cabeça e depois passe isso pro papel ou pro software. O que importa é o processo e não o resultado, que é apenas uma consequência de toda essa maluquice criativa. Abraços!

Victor Mendes - Instagram: @vhenrique1_