Ego instas- a nobreza dos dissimulados*
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Ego instas- a nobreza dos dissimulados*

*Texto escrito originalmente no dia 17 de maio de 2021.

Matheus Henrique
2 min
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*Texto escrito originalmente no dia 17 de maio de 2021.

Não é novidade que as redes sociais são o meio pelo qual os mais variados - e indecentes- comportamentos humanos ganham protagonismo. O lugar onde todos se sentem livres para ser o que não são em seu cotidiano.

Também não é de espantar que as pessoas busquem se agarrar a causas que as façam se sentir mais humanas. Ainda assim, a pandemia extrapola essas noções a um padrão bizarro de desfaçatez.

Os discursos pré-fabricados de quem está, supostamente, revoltado com aglomerações e pesaroso pelas vidas constituem a mais bela arte do cinismo. Todos são boas almas que estão em casa há mais de ano e necessitam demonstrar o quão bondosos são ao perseguir, patrulhar e humilhar os párias que buscam alguma forma de lazer. 

Afinal de contas, as virtuosas divindades não postam nada de festinhas em suas redes desde março/2020. E fora de lá não há vida, certo? Não, não está certo. É precisamente o contrário. Ninguém vive em rede social. Ninguém é em rede social. Ninguém se importa em rede social. Lá é tudo confete e brilhantina.

O mundo que você tenta salvar em 280 caracteres, ou menos, não é o mesmo no qual você desperdiça a sua vida sendo um personagem mal feito de si mesmo. Faça uma análise interna, você não dá a mínima. Eu sei que, provavelmente, você acredita se importar. Mas não. É mentira. E você próprio acreditou na farsa criada pelo seu ego, sedento pela aceitação do outro, do grupo... do seu “eu” ideal.

Mas melhor mesmo é aceitar a realidade. Acredite. A sua imperfeição é capaz de te tornar mais humano que a fantasia de herói.

Reprodução.
Reprodução.