As caras, as falas, os modos
As caras, as falas, os modos | ||
Tão rudes, tão vagas, sem poros | ||
Não há nada que inspire esse povo | ||
Sorrio, até choro | ||
Mas não me comovo | ||
Há gente maldosa que nunca se cala | ||
Essa gente sabida que não sabe o que fala | ||
Jamais pude ver igual crueldade | ||
Cazuza diria “Senhor, piedade” | ||
São seres imunes a qualquer galhardia | ||
Se isso é ser grande, pequeno eu seria | ||
O clichê me permito, mas jamais me permitiria | ||
Ser mais um a pisar a lua em plena luz do dia | ||
Vossa arrogância não é nenhuma surpresa | ||
Não há latim que os traga alguma beleza | ||
Peçam e esperem por toda a jornada | ||
Data vênia, doutores | ||
A profissão é nobre | ||
Vocês não são nada. | ||
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