Crônica: Tentando entender o Erro Josh Rosen
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Crônica: Tentando entender o Erro Josh Rosen

Poucos jogadores exemplificam tanto a incerteza do processo de Draft como Josh Rosen. Não escondo de ninguém que ele era meu quarterback preferido naquele ano. Às vezes a gente acerta, como com Trubisky, às vezes a gente erra, como com Rosen....

Antony Curti
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Poucos jogadores exemplificam tanto a incerteza do processo de Draft como Josh Rosen. Não escondo de ninguém que ele era meu quarterback preferido naquele ano. Às vezes a gente acerta, como com Trubisky, às vezes a gente erra, como com Rosen. 

O que me deixa espantado é a questão do "não podemos controlar tudo". Rosen tinha ferramentas muito boas. Mostrou resiliência numa das maiores viradas da história do College Football, com UCLA contra Texas A&M. Mas faltava alguma coisa. 

Como se o destino não estivesse reservando aquilo para ele. Ao contrário de muitos prospectos que chegam no Draft, Rosen era de família abastada e muito foi questionado sobre sua ética profissional e se realmente queria ser jogador de futebol americano. Para muitos, ser profissional era o único caminho de ganhar a vida depois de jogar no college. Para Rosen, era um dos possíveis. 

Um elemento importante ao tentar entender o erro que aconteceu é o cenário em que Rosen foi colocado. Veja: não estou tentando passar pano nem justificar por si, como se Josh não tivesse "culpa" em não vingar. Ocorre que a situação foi sem precedentes. Rosen caiu em Arizona no ano em que a equipe foi a pior da liga. Depois, foi chutado por outro quarterback de primeira rodada, Kyler Murray. Aquilo lhe deu um golpe do qual ele não se recuperaria. 

Ainda houve a oportunidade em Miami, onde ele sofreria de novo com elenco fraco. Mas não vou tratá-lo como pobre coitado. Bons quarterbacks escondem os problemas de times ruins. Josh simplesmente não foi capaz de fazê-lo. Sementes boas não germinam em solos ruins. Ele era uma semente boa, mas frágil. Quebrou mentalmente. Nunca mais foi o mesmo sequer daqueles anos de UCLA. 

Hoje, veio mais um corte. Natural que o viesse. Para adquirir o CB Devontae Harris (via Adam Schefter), os 49ers tiveram que cortar o quarterback. San Francisco era o quarto time desde o Draft 2018. Pode ser o último. 

Uma pena que tudo aconteceu da forma que aconteceu. Via em Rosen um cara com teto de Matt Ryan. Hoje, nem piso de Josh Rosen de 2018 ele tem. 

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