Por onde os judeus iam eles levavam consigo sua culinária e seus costumes, porém em determinadas regiões seus costumes tinham que se adaptar junto também com sua culinária, essa adaptação tinha que...
Por onde os judeus iam eles levavam consigo sua culinária e seus costumes, porém em determinadas regiões seus costumes tinham que se adaptar junto também com sua culinária, essa adaptação tinha que respeitar os seus princípios judaicos do seu livro sagrado a Torá. Esses novos hábitos alimentares adquiridos por meio da adaptação a novos lugares, tiveram que se adaptar às leis da Kashrut. De acordo com as leis da alimentação judaica (Kashrut), todo alimento apto e apropriado para consumo é considerado kasher. O termo kasher significa apto, idôneo, e é usado para designar as comidas devidamente preparadas para o consumo dos judeus, e também objetos e pessoas. |
A culinária judaica reflete a história, hábitos e costumes dos judeus. Sua culinária que se adaptou às necessidades de seu povo no decorrer da história. Quando os romanos expulsaram os judeus da Palestina, no século I d.C., estes últimos se dispersaram por muitos lugares do mundo e tiveram que se adaptar às diferentes formas de vida da diáspora. Neste sentido, eles adquiriram novos hábitos alimentares e passaram a utilizar os ingredientes que estavam disponíveis. Os seus pratos incorporaram vários temperos, ervas e especiarias nativas, que eram cultivadas em função do solo, da temperatura, do clima e dos hábitos das diversas regiões. |
No Nordeste a sua adaptação culinária possibilitou o surgimento de novas preparações culinárias como a carne de sol, para retirada dos resíduos de sangue; o beiju em substituição do matzá, oferecido no Pessach e o tcholent, que influenciou a feijoada. Em decorrência da fundamentação religiosa, cultural, econômica e política, a culinária judaica no Nordeste brasileiro, incorporou os ingredientes locais, se adaptou e influenciou gerações posteriores de descendentes e não descendentes. |