Palavras, magias e serpentes é um compilado de duas performances e uma entrevista feita pelo lendário autor de quadrinhos Alan Moore, que é conhecido por obras como "V de Vingança" e "Watchmen".
Palavras, magias e serpentes é um compilado de duas performances e uma entrevista feita pelo lendário autor de quadrinhos Alan Moore, que é conhecido por obras como "V de Vingança" e "Watchmen". Que em 18 novembro de 1993, no seu aniversário de quarenta anos, se autointitulou mago. O quadrinho é desenhado por Eddie Campbell grande desenhista e amigo de Alan Moore, que já trabalharam juntos em outra obra chamada “Do Inferno”. Campbell gostou tanto das performances feitas por Alan Moore que decidiu registrá-las em quadrinhos, publicando em 2016, essa obra que apresenta uma série de histórias que exploram a magia e o ocultismo em suas várias formas. | ||
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O quadrinho é dividido em três partes distintas, cada uma explorando um aspecto diferente da magia. A primeira parte foi sua primeira performasse feita no ano de 1995 intitulada de “A Membrana Fetal”. Nela ele faz uma desconstrução de si mesmo desde de sua vida adulta até ele como um feto dentro da barriga de sua mãe, ele usa a placenta e o cordão umbilical como símbolos que guiam sua narrativa, símbolos esses que foram encontrados após a morte de sua mãe enquanto ele mexia nos seus pertences, Moore usa da morte de sua mãe como pretexto para abordar a vida terrena e as relações que construímos com os lugares. | ||
A segunda parte do quadrinho é sua segunda performasse apresentada em 1999. Intitulada de “Serpentes e Escadas”. A performasse é dívida em cinco atos onde Moore fala da psicogeografia, que é a conexão da memória com os lugares pelo qual passamos. | ||
I Ato – Portão das Lagrimas, ele procura conceituar o que é magia e chaga na conclusão que a magia é tudo, que magia é (tentar) compreender o universo. | ||
II Ato – Estrelas e Medalha, Moore fala um pouco sobre a simbologia da mulher e da serpente, que uma simbologia bastante presente na mitologia desde do mito bíblico do paraíso com Adão e Eva até a mitologia nórdica com a Jörmungandr. | ||
III Ato – Bagdá, aqui ele fala sobre essa cidade fértil da imaginação que ele chama de Bagdá, lugar onde tudo pode acontecer, onde tudo se dar, lugar dos artistas e sonhadores e que deve ser explorada e desbravada. | ||
IV Ato – Arte, uma das partes mais interessante, pois aqui ele aborda o tema da arte sendo um dos elementos mais importante da magia ou até mesmo a própria magia. Para Moore a arte é tudo e arte é magia e magia é arte, logo tudo é magia. | ||
V Ato – Syon, é a cidade da história, cidade do destino, destino esse que somos nós que fazemos, aqui Alan Moore aborda tema força de vontade e de como podemos usar esse poder para mudar a realidade em que vivemos e transformá-la em algo melhor. | ||
E por fim a terceira parte do quadrinho é uma longa e detalhada entrevista em que Moore e Campbell conversam sobre o percurso de Moore pela magia, sua relação com o Deus Serpente, suas performances mágicas, misticismo e imaginação e, claro, histórias em quadrinhos. | ||
Uma das coisas mais interessantes sobre "Palavras, Magias e Serpentes" é a forma como Alan Moore aborda o tema da magia. Em vez de simplesmente retratá-la como algo sobrenatural e místico, ele a apresenta como algo que está profundamente enraizado na natureza humana. Moore argumenta que a magia é uma forma de comunicação, uma maneira de interagir com o mundo ao nosso redor e criar a realidade à nossa vontade. | ||
Além disso, Moore também aborda a magia como algo que tem tanto o potencial para o bem quanto para o mal. Ele argumenta que a magia é uma faca de dois gumes, e que pode ser usada para curar ou ferir, criar ou destruir. Essa abordagem mais complexa da magia é uma das coisas que tornam "Palavras, Magias e Serpentes" tão fascinante. | ||
Obras Citadas no texto: | ||
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