Contos infantis - Segredo das Fadas
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Contos infantis - Segredo das Fadas

Danilo Reis
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Ouvi dizer…

Que lobos em pele de cordeiro são metaforas, mas Pão de mel preferia acreditar que a pele do cordeiro era apenas mais quente. De certa forma ela não estava errada, não existe nada aconchegante que estar em uma posição onde as pessoas não vão ficar te julgando por atos de seus companheiros que estão no topo da cadeia alimentar de muitas regiões e se o lobo só quisesse brincar com as ovelhas?

Todo esse papo de pastoreio nunca fez muito a cabeça de Pão de mel, mas as fadas, ahh as fadas. Seres celestes, quase divinos, com asas de borboleta. Cada uma possuía um nome, algumas famosas por sua beleza outras com habitações suntuosas em castelos de cristal. Esses seres são a representação do elemento ar e protetoras da natureza. 

Em sua mente fadas eram sempre boas e puras, sua natureza era translucida, não existia mal. Algumas lendas diziam de fadas faziam favores aos humanos. Em geral esses humanos estavam sempre em alguma situação banal como a falta de transporte e o que vestir em um baile burguês. Nem todas faziam favores sem algo em troca, porém exigiam coisas muito estranhas como dentes em troca de dinheiro.

Pão de mel gostava muito de seu vestido azul, ao bater do sol ele reluzia fazendo com que de forma muito sutil pudesse ser visto um arco iris, era como se fosse feito de asas de borboletas. Ela havia lido em um dos livros que dançar e tocar flauta atrairia aqueles belos seres para perto, ao longo de muito tempo praticou e praticou o toque a esse instrumento e como manter o ritmo mesmo com o balançar de seu corpo. 

Havia chegado a hora, ela estava com seu vestido preferido, descalça para sentir a natureza e seus cabelos revoavam enquanto tocava sua flauta. Assim, Pão de mel atraia pequenas luzes a sua volta, enquanto caminhava e dançava por um caminho da floresta. O tempo passava e mais pontos de luz dançavam ao su redor. Cada um daqueles cintilantes aos poucos iam tomando forma e sua invocação acontecia de forma prevista. Pouco a pouco elas tomavam formas humanas, nuas, belas e com um par de asas que parecia ser o acessório perfeito para constrastar. 

A peregrinação continuava, até que em um momento elas passaram por 3 galhos que se conectavam em forma de pirâmide. No topo, onde os galhos se conectavam havia um pequeno sino. Pão de mel passa pelos galhos e adentra a pirâmide, sem parar de dançar ela continua até que passa novamente entre os galhos, mas as fadas não podiam mais fazer o mesmo teriam de permanecer por lá enquanto Pão de mel sentava e observava em busca de seus segredos.

“Este texto faz parte do projeto “um ensaio sobre a magia” um mundo ficcional onde a magia se tornou ciência. Afinal existe algo mais mágico que pessoas capazes de transformar minerais e petróleo em um veículo?”