Oi! Estou aqui hoje falando de uma posição de privilégios. Privilégio de ter meu emprego mantido, renda, saúde, família e tudo por hora, muito que bom, graças a Deus! Infelizmente, isso é um privilégio gigantesco, que nem 90% da população em ...
Oi! Estou aqui hoje falando de uma posição de privilégios. Privilégio de ter meu emprego mantido, renda, saúde, família e tudo por hora, muito que bom, graças a Deus! Infelizmente, isso é um privilégio gigantesco, que nem 90% da população em nosso país estão vivendo nesse momento. Está tudo uma loucura, mas vou me ater apenas a alguns relatos pessoais.Pandemia começou, e os números negativos (ainda) não eram tão expressivos. O medo sim, batia a porta, mas o que muita gente fez, foi repetir: “Quando tudo isso acabar, o que você vai ter aprendido de novo? Que habilidade nova vai levar?” Você também ouviu/leu muito isso? Fala sério, né?! Até parece que foi/é/seria nossa única oportunidade de aprendizado da vida! Estamos aprendendo o tempo todo, em diversos ciclos diferentes, esse é apenas mais um, e que trouxe juntos muitas dificuldades, logo, aprendizados! (abre parêntese: tudo bem se você encontrou nos cursos, lives, etc, um subterfúgio pra não ver tanta notícia ruim, etc.. cada um usa o artifício que lhe cabe melhor).Talvez você que compartilhe um pouco dos meus privilégios, de poder trabalhar de casa, sentado à frente de uma tela, tenha, como eu, ficado no mínimo 12 horas por dia na frente da tal telinha, com “trocentas” notificações diferentes, gritando a todo momento. Além disso, essa pressão desenfreada de todos os lados, chamando para o consumo de conteúdo, que na minha opinião, foi mais uma oportunidade que criadores de conteúdo viram, para entrar. Que em partes, deve ter dado certo, mas pra mim, digo que gerou uma certa repulsa às redes sociais, sem exceção. Dei uma afastada geral. Parece que ouvi mais amigos comentarem que não aguentavam mais reuniões do Skype, Teams, Meets, Zoom, etc…Comecei a conviver mais comigo mesmo, minha esposa, família, mesmo que por chamada de voz/vídeo, quando não estava trabalhando. Olhei um pouco mais pra dentro. Coloquei um desejo que tinha há anos em prática, fazer terapia. E MEO! Que investimento! Vale cada centavo! E senti isso desde a primeira sessão. Escolhi o profissional por indicação, e não teve erro. Todo ser humano precisa e deveria ter direito e acesso a isso!Passou um tempo, consegui fazer outro investimento incrível, compramos (eu e a esposa) bicicletas, e começamos a fazer o esporte juntos. Esse é um dos melhores! A gente sai na rua, respira ar puro, não aglomera, toma sol, se exercita, desestressa, poutz… lava a alma! Faz bem demais! Super recomendo!Um pouquinho mais a frente, ela chegou dizendo: “Vamos comprar uma balança?” E nossos pensamentos estavam meio que sincronizados! Topei na hora, não aguentava mais conviver com minha gordura - falta de saúde - adquirida ao longo de boa parte da pandemia, e não apenas. Resultado em números sobre esse ponto? 12 quilos perdidos em 2 meses! Pois junto do esporte, veio essa vontade de pesar-se diariamente, de se alimentar melhor e mais saudável, então trocamos o pão por fruta, arroz/massa em excesso por legumes assados, açúcar pelo xilitol, enfim…Se você é um pouquinho mais próximo a mim, sabe o quanto sou “viciado” em café (ERA). Tomava em média 6 xícaras de café por dia, o que já foram 10! Mas há um tempo eu já lutava comigo mesmo, sabendo que isso não fazia bem, que estava descontrolado. Bem, junto com a nossa reeducação alimentar, que por hora, fizemos sem apoio de um(a) nutricionista, iniciei uma redução das minhas doses de café diárias, até chegar hoje em 1 xícara pequena, apenas pela manhã. E hoje, adquiri um café descafeinado, pois a partir de amanhã, substituirei essa dose única diária, pela opção descafeinado. Quem me conhece também, sabe que eu não tenho demais vícios, e não curto tê-los. Curto ser livre, então achei que esse seria o único, e não queria mais sustentá-lo. Pra mim é uma vitória.Saiba, de resto, tudo que temos vivido, me deixa angustiado, com medo, e bate às vezes aquela "down" ou ansiedade, mas como minha esposa sempre me diz: “anormal seria você não sentir isso, mesmo não estando tudo bem, tá tudo bem.” Se você não têm esses privilégios, se têm passado por duros momentos, eu de verdade, sinto MUITO mesmo por isso! | ||