Conselhos que eu gostaria de ter recebido no início da carreira

E aí, DEV!

Se você chegou até aqui através do meu perfil no Instagram (@dev.fullstack), já conhece um pouco sobre a minha trajetória na área. Mas, para quem não me conhece ainda, esse é um breve resumo:

Trabalho com web há mais de 10 anos e, atualmente, com foco total em JavaScript.

Como já deu pra notar pelo nome do perfil, sou DEV Fullstack, ou seja, trabalho tanto no back-end quanto no front-end.

Criei o @dev.fullstack para ajudar outros(as) DEVs a terem sucesso na área e fico muito feliz em dizer que constantemente recebo mensagens de agradecimento de muita gente!

O ponto alto do meu Instagram são as famosas Consultorias Grátis que faço nos stories. Respondo perguntas dos(as) DEVs várias vezes por semana e inclusive salvo algumas — as melhores — em um highlight. São perguntas sobre carreira, programação, universidade, produtividade e até mesmo sobre a vida em geral.

Mas agora chega de falar sobre mim e vamos ao que interessa.

Esse texto é uma versão revisada e extendida de um dos posts de maior sucesso no meu Instagram.

Eu comecei minha vida profissional lá atrás, em 2008, quando consegui um estágio para trabalhar com desenvolvimento web.

Apesar de já estar no último ano da facultade (que, aliás, só concluí em 2009 pois reprovei), não tinha experiência alguma na área.

Foi um período de muito aprendizado e fundamental para que eu chegasse onde estou hoje.

Mas nem tudo é perfeito e, na época, se eu tivesse recebido alguns dos conselhos que vou te dar abaixo, certamente teria evitado algumas pedras que tive no meio do caminho, teria encurtado alguns períodos turbulentos e "chegado lá" um pouco mais cedo.

Espero que eles façam isso por você.

1. Aprenda Inglês

Saber inglês é obrigatório para trabalhar com programação? Não, não é. Mas, por experiência própria, recomendo que você estude inglês na mesma proporção que estuda JavaScript.

Alguns dos benefícios de saber inglês são:

• Você terá muito mais facilidade para ler documentações.
  Nem todas as linguagens, frameworks, pacotes e tudo mais que nós usamos no dia-a-dia têm documentação traduzida para o português. E, convenhamos, depender do Google Translate pra tudo nem sempre é uma boa alternativa.
  
  
• Será muito mais fácil encontrar soluções para os seus bugs.
  Sim, eu sei que existem muitos sites, fóruns e comunidades em português, mas é inegável que a maior parte do conteúdo sobre programação disponível na internet está em inglês. Então, saber o idioma pode te ajudar a resolver aquele bug muito mais rápido.
  
  
• Você não se limitará a oportunidades de trabalho no Brasil.
  Uma das maiores vantagens, sem dúvida alguma!
  Hoje, trabalhar remotamente para uma empresa estrangeira é o sonho de muitos(as) DEVs. Ainda mais com a cotação atual do dólar, acima dos R$5,50.
  Eu trabalho para uma empresa dos EUA e, apesar do time de TI estar todo no Brasil e nos comunicarmos em português, qualquer interação com outros setores da empresa é feita em inglês. Se eu não soubesse o idioma, não teria conseguido essa oportunidade que mudou a minha vida.

2. Não se limite geograficamente

Ao procurar emprego, você não precisa se limitar às empresas da região onde mora e, com isso, ficar preso a baixos salários e pouca evolução profissional.

Antes de conseguir meu emprego atual, eu morava e trabalhava em uma cidade do interior do Paraná. Meu maior salário por lá nunca chegou a R$2.500.

Hoje, trabalhando de forma remota, recebo muito mais do que isso e tive a oportunidade de aprender uma infinidade de coisas que nunca tinha ouvido falar.

Tenho certeza que jamais teria essa evolução — técnica e financeira — se tivesse continuado a trabalhar somente em empresas locais.

Então, DEV, não se limite! Hoje, em 2021, há uma infinidade de empresas nacionais que trabalham de forma remota.

Além disso, há várias empresas do exterior que contratam DEVs do Brasil e do mundo para trabalhar remotamente também. Algumas, inclusive, dão todo o suporte necessário para uma mudança de país, caso seja do seu interesse.

3. Reconheça e aprenda a lidar com a Síndrome do Impostor

É bastante comum que em algum momento da nossa carreira tenhamos aquele sentimento de que não somos tão bons assim, que somos uma fraude e que a qualquer hora alguém mais vai notar isso e seremos descobertos.

Isso é a síndrome do impostor.

Mesmo com mais de 10 anos de carreira, às vezes ainda me pego tendo esse tipo de pensamento.

É muito importante que a gente consiga reconhecer a síndrome para que possamos lidar com ela da melhor maneira possível.

4. Cuide da sua saúde física e mental

Por último, mas extremamente importante, cuide-se!

Cuide da sua saúde física. Pratique exercícios regularmente, tenha uma boa alimentação, uma boa postura ao sentar, uma boa noite de sono.

Nós passamos muitas horas do dia sentados diante de um computador e, no longo prazo, isso não é bom para o nosso corpo. O problema fica pior ainda se somado a uma vida de sedentarismo.

Eu, que já passei dos 30, posso dizer com propriedade que, com o passar dos anos, o corpo sente, a disposição não é a mesma de anos atrás, não dá pra levar o mesmo ritmo de quando tinha 20.

Mas, com exercícios, alimentação e sono regulados, tudo vai bem.

Cuide da sua saúde mental. Muitas vezes ela é deixada de lado, mas eu nem consigo expressar aqui o quanto é importante cuidar da mente.

Tenha hobbies, leia, saia para caminhar, enfim, saia um pouco da frente da tela, tome um ar, veja outras pessoas, converse sobre outros assuntos. Tudo isso ajuda a cuidar da mente.

Além disso, uma prática que se mostrou muito eficaz pra mim é a meditação. Procure por algum aplicativo de meditação guiada e experimente, tenho certeza que vai gostar. Meditando diariamente, em pouco tempo você sentirá os benefícios.

É isso!

Espero que tenha gostado e que esses conselhos te ajudem de alguma forma.

Um abraço e até a próxima.

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