Sport e Inter
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Sport e Inter

Às vezes é difícil entender o motivo de pararmos na frente da televisão para assistir um jogo de futebol. Eu fiquei pensando ontem como o torcedor do Sport se sentia ao ver a calamidade que é o seu time em campo. O Inter não foi diferente, ma...

Leonardo Guedes e amigos
3 min
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Às vezes é difícil entender o motivo de pararmos na frente da televisão para assistir um jogo de futebol. Eu fiquei pensando ontem como o torcedor do Sport se sentia ao ver a calamidade que é o seu time em campo. O Inter não foi diferente, mas ganhou, e aí fica um sentimento positivo. Mas que jogo horrível. 

Antes da partida o Sport tinha o pior ataque do campeonato e a segunda melhor defesa, por isso, se eu fosse apostar, seria em um 0x0. É calor no Recife e o campo não ajuda. O Inter joga sempre envergonhado fora de casa.

Só que aí fazemos um golzinho milagroso antes dos cinco minutos do primeiro tempo. Mudou-se então todo o panorama do confronto. O Sport, que não é time de atacar, começou a atacar. O Inter, que quando se defende é obrigado a ficar com a bola mais do que gosta, começou a ficar nervoso. Ou seja, os dois times fazendo coisas que não são habituados a fazer. Que jogo horrível. 

O Sport teve duas ou três chances de empatar. O Inter teve duas chances de ampliar; Guerrero errou uma na cara que quem quer renovar contrato não pode errar. No resto, muito balão, muita disputa, muitos passes errados e aquela sensação de que era melhor não ter parado duas semanas para treinar. 

Pontos positivos: Yuri e Bruno Méndez tiveram desempenhos melhores que o resto. Não muito. Daniel salvou uma grande chance do Sport e está definitivamente firmado como titular. Cuesta e Saravia erraram bastante. Foram os piores do time.

Nota de rodapé: Eu não gosto de colocar situações específicas de jogo como fator para descrever jogador ou desempenho, mas dessa vez vou pedir licença. Faltava um pouco mais de 1 minuto para acabar a partida, era falta no meio campo em favor do Inter, que algum jogador bateu, a bola voltou no pé do Moisés, que decidiu simplesmente chutar de novo a gol, sem direção, sem força, sem nada. Parece bobagem. Ele deveria estar exausto. Mas esse é um exemplo da falta de competitividade do atleta. Veja: não estou falando de qualidade. Qualidade é dinheiro, então o clube pobre/falido/endividado precisa de jogadores medianos — e ruins também. O Brasileirão é um campeonato longo e com adversários distantes. Eu quero aqui apenas mostrar porque em determinadas ocasiões, um time toma um gol aos 50 do segundo tempo. Sabe por quê? Porque os atletas não tem a gana da vitória. Eles aceitariam empatar. Já tem o discurso pronto para a imprensa, direção e treinador. O espírito do "1x1", do "vou me livrar da bola", do "dane-se", do "é normal perder fora de casa", estava nos pés do jogador quando deu aquele chute vadio do meio-campo com seu time ganhando a alguns instantes de acabar o jogo. Se o Inter quiser ser campeão de algo, Moisés não pode ser titular.