A CARA DO FUTEBOL DO BOTAFOGO QUE NÃO AGRADA

A cara do capitão Marçal após receber o troféu da Taça Rio diz tudo sobre o que o Botafogo apresentou até agora, com pouco mais de um ano de Luís Castro no comando da equipe, observamos uma involução que passa pelo meio-campo pouco criativo e apagões que comprometem resultados, até em jogos contra times menos expressivos.

Sobre isso o brilhante José Carlos Araújo disse:

“A dívida é grande do investidor com a sua torcida. O que foi prometido não foi cumprido até agora. O Botafogo da Segunda Divisão, quando foi campeão na Série B, era um time melhor do que o Botafogo que se está vendo agora”, disse Garotinho, ao “Fora do Jogo – Podcast”.

Lancemos um contraponto de uma SAF que comprou um departamento de futebol na UTI, literalmente, e vem reestruturando o clube de dentro para fora melhorando a infraestrutura do CT Lonier, um dos maiores do Brasil, e melhorando o Engenhão, que hoje conta com vestiários reformados e um lindo gramado sintético, sendo este último a ser estreado pelo time.

A equipe de Jonh Textor trabalha e vem cumprindo com os aportes financeiros prometidos. Os reforços estrelados do futebol não vieram e nem devem vir de imediato enquanto uma estrutura sólida não for completamente implantada dentro do clube. É um processo a ser feito de anos, assim como Palmeiras e Flamengo fizeram.

Sabemos que o brasileiro quer resultados no futebol e todos da imprensa são assim, mas Luís Castro não vai sair agora  por mais que se peça a cabeça dele nos jogos. O Botafogo vive uma transformação de dentro para fora e isso leva tempo, mas enquanto estamos nesse tempo, a equipe precisa dar respostas em campo de que pode disputar bem uma Copa do Brasil, uma Copa Sul-Americana e um Brasileirão com o mínimo de vacilos. Isso que não vem acontecendo neste começo de temporada, mesmo com as vitórias, o torcedor não vê um futebol que convence, apenas um que vence e com sufocos.

Reclamar e protestar coloca pressão sim, mas o tempo de colher os frutos do que se está plantando agora ainda devem demorar alguns anos e o torcedor sabe disso, porém só quer um time com padrão de jogo, variações táticas e regularidade, algo que não se enxerga no Botafogo com pouco mais de um ano de Luís Castro.