Eu nasci bem depois de Pelé, ou simplesmente Edson, pendurar as chuteiras. Fui entender o que era futebol efetivamente em 1994, com o tetra do Brasil, e em 1995, com o título de campeão brasileiro do Botafogo, porém meu pai fazia questão de f...
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Eu nasci bem depois de Pelé, ou simplesmente Edson, pendurar as chuteiras. Fui entender o que era futebol efetivamente em 1994, com o tetra do Brasil, e em 1995, com o título de campeão brasileiro do Botafogo, porém meu pai fazia questão de falar durante toda a minha infância sobre os jogos memoráveis entre o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha no Maraca, ou na Vila Belmiro, jogos que, segundo meu pai, “paravam o Brasil”. | ||
Ávido em querer que testemunhasse tudo o que jovem assistiu, meu pai se apressou em arrumar fitas, aquelas famosas (e velhas) VHS, para me mostrar o que Pelé havia feito em campo nas copas do mundo e de como deu ao Brasil três estrelas. | ||
De fato são lances que jamais esquecerei e que, dificilmente, apagarei da memória. O lençol na final de 1958, os poucos lances da copa de 1962 por ter se machucado e, para mim, a maior atuação do melhor de todos os tempos na copa de 1970, com lances emblemáticos que JAMAIS podem ser esquecidos ou apagados. | ||
Mesmo sem ver o rei jogar, meu pai teve a sabedoria de me mostrar um pouco de tudo que Pelé fez com a bola, de como ele influenciou e impactou o mundo dentro das quatro linhas. Fez da nossa amarelinha objeto de temor dos adversários e fez o mundo conhecer aquele todo poderoso Santos Futebol Clube. | ||
Pelé deixa um trono e um legado que é impossível de ser superado ou igualado por qualquer jogador do passado ou da atualidade. Praticamente tudo o que se vê de lances e dribles no futebol moderno o nosso rei já havia feito antes, sem redes sociais, baixa qualidade nas transmissões dos jogos, chuteiras e bolas antigas e gramados de baixa qualidade. Mesmo com todas essas adversidades, nada impediu que a FIFA lhe desse o prêmio de atleta do século XX. | ||
Muitos feitos, muitas alegrias, muitos títulos. O Brasil perde um rei do futebol, deixa seus súditos órfãos, mas o legado e sua história jamais serão apagados, mas lembrados por várias gerações até o final dos tempos. PELÉ É ETERNO! |