PASSO NÚMERO 13
PASSO NÚMERO 13 |
EM DIREÇÃO À RIQUEZA: |
O SEXTO SENTIDO |
Abra a porta do Templo da Sabedoria. Caminhos gloriosos de aventura |
criadora acenam na estrada da riqueza. |
O DÉCIMO TERCEIRO PRINCÍPIO é conhecido como o sexto sentido, |
pelo qual a Inteligência Infinita pode e irá se comunicar, voluntariamente, sem |
esforço algum por parte do indivíduo, ou exigências em relação a ele. |
Esse princípio é o ápice da filosofia. Só pode ser assimilado, compreendido |
e aplicado depois de dominados os outros doze princípios. |
Sexto sentido é a porção do subconsciente a que nos referimos como |
imaginação criadora. Foi também chamada de “aparelho receptor”, através do |
qual ideias, planos e pensamentos passam na mente. Esses lampejos se |
denominam, às vezes, de pressentimentos ou inspirações. |
O sexto sentido desafia qualquer descrição! Não se pode descrevê-lo a |
quem não tenha dominado os outros princípios desta filosofia, porque a pessoa |
não teria nem os conhecimentos, nem a experiência com os quais se pudesse |
comparar o sexto sentido. A compreensão do sexto sentido só vem pela |
meditação, através do desenvolvimento mental interno. |
Dominados os princípios dados neste livro, estará preparado a aceitar como |
verdadeira a afirmação que, de outro modo, lhe pareceria incrível, ou seja: |
Com o auxílio do sexto sentido, você será avisado de perigos iminentes a |
tempo de evitá-los e notificado de oportunidades a tempo de aproveitá-las. |
Com o desenvolvimento do sexto sentido, vem ao seu auxílio e |
obedecendo-lhe as ordens, o “anjo da guarda” que lhe abrirá, sempre, a porta do |
templo da sabedoria. |
A Grande Causa Primeira |
O autor não acredita nem advoga a existência de “milagres”, por ter |
suficientes conhecimentos da natureza para compreender que essa nunca se |
afasta das leis estabelecidas. Algumas dessas leis são tão incompreensíveis que |
produzem o que parecem ser “milagres”. O sexto sentido se aproxima mais de |
milagres do que qualquer outra coisa que jamais tenha experimentado. |
O autor sabe que existe um poder ou uma Causa Primeira, ou uma |
Inteligência, que penetra em cada átomo de matéria e se apossa de cada unidade |
de energia perceptível ao homem; que essa Inteligência Infinita converte a |
bolota em carvalho, faz a água correr montanha abaixo, de acordo com a lei da |
gravidade, faz a noite seguir o dia e o inverno ao verão, cada qual mantendo |
lugar e relações adequadas com o outro. Essa Inteligência pode, através dos |
princípios dessa filosofia, ser induzida a auxiliar na transmutação de desejos em |
forma concreta ou material. O autor tem tal conhecimento através de |
experiências feitas – e de tê-lo experimentado. |
Passo a passo, pelos capítulos anteriores, você foi levado a isso, ao último |
princípio. Se você já dominou os princípios precedentes, está preparado agora a |
aceitar, sem ceticismo, as estupendas declarações feitas aqui. Se ainda não |
domina os demais princípios, deve fazê-lo, antes de poder determinar, |
definitivamente, se as declarações feitas neste capítulo são fato ou ficção. |
Quando me achava na idade de “adorar heróis”, vi-me imitando aqueles a |
quem mais admirava. Descobri, então, que o elemento fé, que usava para imitar |
meus ídolos, dava-me grande capacidade de fazê-lo com sucesso. |
Você Pode Empregar “Conselheiros Invisíveis” |
Nunca consegui perder, por completo, o hábito de adorar heróis. Ensinoume a experiência que a melhor coisa, depois de ser realmente grande, era emular |
os grandes, em sentimentos e ação, tanto quanto possível. |
Muito antes de ter escrito uma linha sequer para publicar ou tentado fazer |
um discurso em público, tinha o hábito de remodelar meu caráter, tentando |
imitar os nove homens cujas vidas e obras mais me tinham impressionado. Esses |
nove são: Emerson, Paine, Edison, Darwin, Lincoln, Burbank, Napoleão, Ford e |
Carnegie. Todas as noites, durante longos anos, mantive reuniões de conselho |
imaginárias, com esse grupo ao qual chamava de meus “conselheiros |
invisíveis”. |
Eis o processo usado: antes de adormecer, à noite, fechava os olhos e via, |
em imaginação, o grupo de homens sentados comigo, em volta da mesa de |
conselho. Não só eu tinha a oportunidade de me sentar entre os que considerava |
grandes, como ainda dominava o grupo, servindo de presidente. |
Meu propósito, ao dar livre curso à imaginação, nesses encontros noturnos, |
era bem definido. Era remodelar meu caráter de modo a que representasse um |
composto dos caracteres de meus conselheiros imaginários. Percebendo, como o |
fiz cedo na vida, que teria de vencer as desvantagens de ter nascido num |
ambiente de ignorância e superstição, impus-me, resolutamente, a tarefa de |
renascer, voluntariamente, pelo método acima descrito. |
A Época da Auto-Sugestão |
Sabia, é claro, que todos os homens se tinham tornado o que eram por causa |
dos seus pensamentos e desejos dominantes. Sabia que todo o desejo |
profundamente implantado tem o efeito de fazer com que se procure expressão |
externa, para transmutar o desejo em realidade. Sabia que a auto-sugestão é fator |
poderoso na formação do caráter, sendo, na verdade, o único princípio pelo qual |
o caráter se forma. |
Com tais conhecimentos dos princípios do funcionamento mental, sentiame razoavelmente bem armado, com o equipamento necessário à reestruturação |
de meu caráter. Nas reuniões imaginárias, pedia aos membros de meu gabinete |
os conhecimentos que esperava de cada um, dirigindo-me a eles em palavras |
audíveis. Assim: |
“Sr. Emerson, desejo adquirir seu maravilhoso conhecimento da natureza, |
que tanto distinguiu sua vida. Peço-lhe que impressione meu subconsciente com |
quaisquer qualidades que possuía e que o capacitavam a entender e a adaptar-se |
as leis da natureza. |
“Sr. Burbank, peço-lhe que me transmita os conhecimentos que lhe |
possibilitaram harmonizar de tal modo as leis da natureza, que o cacto perdeu os |
espinhos e se tornou comestível. Permita-me acesso aos conhecimentos que |
fizeram nascer duas folhas de grama, onde só uma nascia antes. |
“Napoleão, desejo adquirir, por emulação, sua maravilhosa capacidade de |
inspirar os homens, despertando-os para um espírito de ação maior e mais |
determinado; desejo adquirir também o espírito da fé duradoura, que lhe |
possibilitou transformar a derrota em vitória e a vencer obstáculos vertiginosos. |
“Sr. Paine, desejo adquirir sua liberdade de pensamento e a coragem e |
clareza de expressar as convicções que tanto o distinguiram! |
“Sr. Darwin, desejo adquirir sua maravilhosa paciência e capacidade de |
estudar causa e efeito sem preconceitos, o que tão bem exemplificou no campo |
das ciências naturais. |
“Sr. Lincoln, desejo incluir no meu caráter o agudo senso de justiça, o |
espírito incansável, o senso de humor, a compreensão humana e a tolerância, que |
eram suas características distintas. |
“Sr. Carnegie, desejo adquirir conhecimentos profundos dos princípios de |
esforço organizado, que usou, com tanta eficiência, na formação de uma grande |
empresa industrial. |
“Sr. Ford, desejo adquirir seu espírito de persistência, a determinação, o |
equilíbrio e a autoconfiança que lhe possibilitaram dominar a pobreza e |
organizar, unificar e simplificar o esforço humano, de modo que eu possa ajudar |
outros a seguir suas pegadas. |
“Sr. Edison, desejo adquirir seu maravilhoso espírito de fé, com o qual |
revelou tantos segredos da natureza, espírito de incessante labuta, com o qual |
tantas vezes arrancou vitória da derrota.” |
O “Gabinete” Imaginário |
Meu método de me dirigir aos membros do gabinete imaginário variaria, de |
acordo com os traços de caráter que eu, no momento, mais me interessaria em |
adquirir. Estudei-lhes as vidas com meticuloso cuidado. Após alguns meses |
desse processo noturno, fiquei assombrado de descobrir que as figuras |
imaginárias se tinham tornado aparentemente reais. |
Cada um dos nove homens desenvolveu características individuais, que me |
surpreenderam. Por exemplo, Lincoln desenvolveu o hábito de se atrasar |
sempre, dando, então, uma volta com solene aparato. Sempre trazia uma |
expressão séria. Raramente o via sorrir. |
Com os outros não se dava o mesmo. Burbank e Paine frequentemente |
trocavam ditos espirituosos, que pareciam, às vezes, chocar aos demais |
membros do gabinete. Certa vez, Burbank se atrasou. Ao chegar, estava excitado |
e entusiasmado, explicando que se retardara devido a uma experiência que |
estava fazendo e pela qual esperava conseguir produzir maçãs em qualquer tipo |
de árvore. Paine repreendeu-o, lembrando-lhe que fora com a maçã que |
começaram todos os aborrecimentos entre homem e mulher. Darwin ria, com |
vontade, sugerindo que Paine tomasse cuidado com pequenas serpentes, quando |
fosse à floresta, apanhar maçãs, pois elas tinham o hábito de crescer, tornandose serpentes grandes. Emerson observou: “Nem serpentes, nem maçãs”, e |
Napoleão comentou: “Nem maçãs, nem Estado!” |
As reuniões se tornaram tão reais que fiquei com medo das consequências e |
interrompi-as por muitos meses. As experiências eram tão esquisitas, que eu |
temia, continuando-as, perder de vista o fato de que eram puramente |
experiências imaginárias. |
Essa é a primeira vez que tive a coragem de mencioná-las. Até agora, nada |
falei sobre o assunto, por saber de experiência própria que seria mal |
interpretado, se descrevesse minhas experiências incomuns. Tomei coragem |
agora de expressá-las em letra de forma, porque estou menos interessado no que |
“possam dizer” atualmente, do que estive em anos passados. |
Para que não me entendam mal, quero declarar aqui, com ênfase, que ainda |
encaro as reuniões de gabinete como puramente imaginárias; sinto-me, porém, |
com direito a sugerir que, conquanto os membros do gabinete fossem totalmente |
fictícios e as reuniões só existissem em minha imaginação, levaram-me a |
gloriosos caminhos de aventura, estimularam a apreciação da verdadeira |
grandeza, encorajaram a iniciativa criadora e animaram a expressão do |
pensamento honesto. |
Como Inspirar o Sexto Sentido |
Em determinado ponto da estrutura celular do cérebro se acha localizado o |
órgão que recebe vibrações de pensamento, comumente chamadas de |
“pressentimentos”. Até agora, a ciência ainda não descobriu onde está localizado |
esse órgão do sexto sentido, mas isso não tem importância. O fato permanece de |
que seres humanos recebem conhecimentos precisos por fontes que não os |
sentidos físicos. Tais conhecimentos, geralmente, são recebidos quando a mente |
está sob a influência de estímulos extraordinários. Qualquer emergência que |
desperte emoções e faça o coração bater mais rapidamente que o normal pode e, |
geralmente o faz, por o sexto sentido em ação. Quem quer que já tenha tido um |
quase-acidente, ao dirigir, sabe que em tais ocasiões o sexto sentido |
frequentemente vem em nosso socorro e ajuda, em frações de segundos, a evitar |
um acidente. |
Esses fatos são mencionados preliminarmente a uma declaração que farei |
agora, ou seja, que em meus encontros com os “Conselheiros Invisíveis” é que |
minha mente fica mais receptiva a ideias, pensamentos e conhecimentos, que me |
chegam pelo sexto sentido. |
Em inúmeras ocasiões, quando me defrontei com emergências, algumas tão |
graves que minha vida corria perigo, fui milagrosamente guiado nessas |
dificuldades pela influência dos “Conselheiros Invisíveis”. |
Meu propósito original, fazendo reuniões com seres imaginários, era |
apenas o de impressionar o subconsciente, pelo princípio da auto-sugestão, com |
certas características que desejava adquirir. Em anos mais recentes, minhas |
experiências tomaram rumos totalmente diversos. Procuro agora os conselheiros |
imaginários com todos os problemas difíceis que me confrontam e a meus |
clientes. Os resultados, muitas vezes, são espantosos, embora eu não dependa |
inteiramente desse tipo de conselho. |
Você Possuirá um Grande Poder Novo |
O sexto sentido não pode ser tirado e colocado à vontade. A capacidade de |
usar esse grande poder vem aos poucos, pela aplicação dos outros princípios |
expostos nesse livro. |
Não importa quem você seja ou quais seus propósitos ao ler esse livro, não |
poderá aproveitá-lo sem compreender o princípio de que tratamos nesse |
capítulo. Isso é especialmente verdade se seu principal propósito é o da |
acumulação de dinheiro ou outras coisas materiais. |
Incluímos o capítulo sobre o sexto sentido porque esse livro foi projetado |
com o objetivo de apresentar uma filosofia completa, pela qual os indivíduos |
possam se orientar sem erros, atingindo o que querem na vida. O ponto de |
partida de toda realização é o desejo. O ponto final é o tipo de conhecimento que |
leva à compreensão – compreensão de si mesmo, compreensão dos outros, |
compreensão das leis da natureza, reconhecimento e compreensão da felicidade. |
Esse tipo de compreensão só chega em sua íntegra havendo familiaridade e |
uso do princípio do sexto sentido. |
Tendo lido o capítulo, você deve ter observado que, enquanto o lia, foi |
elevado a um alto nível de estímulo mental. Esplêndido! Volte daqui a um mês, |
leia-o novamente e observe que sua mente se elevará ainda mais no plano dos |
estímulos. Repita a experiência de tempos a tempos, não se importando quanto |
ou quão pouco aprende de cada vez e logo se verá de posse do poder que lhe |
possibilitará livrar-se do desânimo, dominar o medo, superar a procrastinação e |
usar livremente a imaginação. Terá, então, sentido o toque daquele “algo” |
desconhecido, que é o espírito que impele todo pensador, líder, artista, músico, |
escritor e estadista verdadeiramente grandes. Estará, então, pronto a transmutar |
seus desejos em seu equivalente físico ou financeiro, com a mesma facilidade |
com que se deita e desiste ao primeiro sinal de oposição. |
PONTOS A FIXAR: |
Inspirações e “pressentimentos” não mais passam por você; agora o |
inundam de dinamismo, através da Imaginação Criadora – seu Sexto Sentido. |
O autor escolheu Henry Ford e outros homens de sucesso para se tornarem |
seus “conselheiros invisíveis”. Você pode alcançar seus objetivos, do mesmo |
modo que ele, com o mesmo método assombroso. |
Você está em contato, agora, com o “algo” desconhecido que foi uma |
constante dos grandes homens de todos os tempos. Ainda opera aparentes |
milagres nas artes e ciências e nos negócios de todas as espécies. |
Se seu propósito principal é o de acumular dinheiro ou qualquer outra coisa |
material, esse capítulo é especialmente importante para orientá-lo. |
A escada do sucesso nunca está repleta no topo. |