PASSO NÚMERO 5 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: IMAGINAÇÃO
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PASSO NÚMERO 5 EM DIREÇÃO À RIQUEZA: IMAGINAÇÃO

PASSO NÚMERO 5

Anderson Santos
18 min
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PASSO NÚMERO 5

EM DIREÇÃO À RIQUEZA:

IMAGINAÇÃO

Todas as oportunidades de que você

precisa na vida, estão esperando em sua

imaginação. Imaginação é a oficina da mente,

capaz de transformar energia mental em

realização e riqueza!

IMAGINAÇÃO É LITERALMENTE a oficina em que se moldam os planos

criados pelo homem. Impulso e desejo recebem molde, forma e ação, através do

auxílio da faculdade imaginativa da mente.

Diz-se que o homem pode criar tudo o que imagina.

Com o auxílio de sua faculdade imaginativa, o homem descobriu e dominou

mais forças da natureza nos últimos cinqüenta anos do que durante toda a história da

raça humana anterior a essa época. Conquistou o ar tão completamente que os

pássaros são pobres competidores para ele. Analisou e pesou o sol a uma distância

de milhões de quilômetros e determinou, com o auxílio da imaginação, os elementos

em que consiste. Aumentou a velocidade da locomoção a ponto de poder viajar agora

mais rápido que o som.

A única limitação do homem, dentro da razão, está no desenvolvimento e uso

que faz da imaginação. Ainda não atingiu o ápice do desenvolvimento no uso da

faculdade imaginativa. Apenas descobriu que possui imaginação e começou a usá-la

de maneira muito elementar.

Sintética e Criadora

A faculdade imaginativa funciona de duas maneiras. Uma é conhecida como

―imaginação sintética‖ e a outra como ―imaginação criadora‖.

Imaginação sintética: Através dessa faculdade, pode-se arrumar velhos

conceitos, idéias ou planos em novas combinações. Essa faculdade nada cria. Apenas

trabalha com o material da experiência, educação, e observação, com que é

alimentada. É a faculdade mais usada pelo inventor, com exceção do ―gênio‖, que

força a imaginação criadora, quando não pode resolver um problema pela imaginação

sintética.

Imaginação criadora: Pela faculdade da imaginação criadora, a mente finita

do homem tem comunicação direta com a Inteligência Infinita. É a faculdade pela qual

se recebem ―pressentimentos‖ e ―inspirações‖. É através dela que todas as idéias

novas ou básicas são transmitidas ao homem. É através dela também que um

indivíduo pode ―sincronizar‖ ou comunicar-se com os subconscientes de outros.

A imaginação criadora trabalha automaticamente da maneira descrita nas

páginas subseqüentes. Essa faculdade só funciona quando o consciente trabalha num

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ritmo excessivamente rápido, como por exemplo, quando o consciente é estimulado

pela emoção de um forte desejo.

A faculdade criadora se torna mais alerta na proporção em que é desenvolvida

pelo uso.

Grandes líderes de negócios, indústria, finanças, grandes artistas, músicos,

poetas e escritores tornaram-se grandes porque desenvolveram a faculdade da

imaginação criadora.

Tanto as faculdades da imaginação sintética como a criadora tornam-se mais

alertas com o uso, do mesmo modo que qualquer músculo ou órgão do corpo se

desenvolve através do uso.

O desejo é apenas um pensamento, um impulso. É nebuloso e efêmero. É

abstrato e sem valor, enquanto não se transformar em seu equivalente físico.

Enquanto a imaginação sintética é a usada com mais freqüência, no processo de

transformar o impulso do desejo em dinheiro, não se esqueça do fato de que você

poderá enfrentar circunstâncias e situações que exigem também o uso da imaginação

criadora.

Estimule a Imaginação

Sua faculdade imaginativa pode ter-se enfraquecido pela inação. Pode ser

revivida e alertada pelo uso. Essa faculdade não morre, embora se torne entorpecida

por falta de uso.

Centralize sua atenção, por enquanto, no desenvolvimento da imaginação

sintética, porque esta é a faculdade que você usará com mais freqüência no processo

de converter desejo em dinheiro.

A transformação do impulso intangível, do desejo, em realidade tangível de

dinheiro, exige o uso de um plano, ou planos. Esses planos têm de ser formados com

o auxílio da imaginação e, principalmente, com a faculdade sintética.

Leia o livro todo, depois volte a este capítulo e comece, imediatamente, a por

sua imaginação a trabalhar na formação de um plano, ou planos, para a transformação

do desejo em dinheiro. Instruções pormenorizadas para a elaboração de planos foram

dadas em quase todos os capítulos. Siga as que mais se adaptam às suas

necessidades e escreva o plano, se já não o fez. No momento de completar isso, você

terá dado, definitivamente, forma concreta ao desejo intangível. Leia a sentença

anterior mais uma vez. Leia-a em voz alta, bem devagar, e, ao fazê-lo, lembre-se de

que, ao escrever a declaração do seu desejo e o plano para sua realização, você terá

dado o primeiro de uma série de passos que lhe possibilitarão converter o pensamento

em seu equivalente físico.

A Natureza Conta-nos o Segredo da Fortuna

A terra em que você vive, você e todas as coisas materiais, são o resultado de

uma transformação evolutiva, através de qual pedacinhos microscópicos de matéria

foram organizados e arranjados em ordem.

Além disso – e essa declaração é de importância tremenda – a terra, cada uma

das bilhões de células individuais do seu corpo, cada átomo de matéria, começaram

como forma intangível de energia.

Desejo é impulso de pensamento! Impulsos de pensamento são formas de

energia. Quando você começa com o impulso de pensamento, o desejo de acumular

dinheiro, está chamando a seu serviço o mesmo ―material‖ que a natureza usou ao

criar a terra e todas as formas materiais do universo, inclusive o corpo e cérebro em

que funcionam os impulsos de pensamento.

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Você pode acumular uma fortuna com o auxílio de leis imutáveis. Antes, porém,

é preciso familiarizar-se com essas leis e aprender a usá-las. Pela repetição e pela

abordagem desses princípios, sob todos os ângulos concebíveis, o autor espera poder

revelar-lhe o segredo pelo qual se acumularam todas as grandes fortunas. Por

estranho e paradoxal que pareça, o ―segredo‖ não é segredo. A própria natureza o

exibe na terra em que vivemos, nas estrelas, nos planetas, suspensos dentro do nosso

círculo de visão, nos elementos acima e em volta de nós, em cada folha de grama e

em cada forma de vida, dentro do nosso panorama.

Os princípios que se seguem abrir-lhe-ão o caminho para compreender a

imaginação. Assimile o que compreende, ao ler esta filosofia pela primeira vez; depois,

ao relê-la e estudá-la, descobrirá que algo aconteceu para esclarecê-la e dar-lhe uma

compreensão maior do todo. Acima de tudo, não hesite no estudo desses princípios

enquanto não tiver lido o livro pelo menos três vezes, pois aí não quererá parar.

Idéias se Transformam em Fortunas

Idéias são o ponto de partida de todas as fortunas. Idéias são produtos da

imaginação. Examinemos algumas idéias conhecidas, que produziram vastas fortunas,

com a esperança de que esses exemplos tragam informações definidas, concernentes

ao método pelo qual a imaginação pode ser usada na acumulação de riquezas.

Faltava Um Ingrediente

Há cinqüenta anos, um velho médico do campo foi à cidade, amarrou o cavalo,

entrou silenciosamente numa farmácia e começou a ―regatear‖ com o jovem caixeiro.

Por mais de uma hora, por trás do balcão de remédios, o velho médico e o

caixeiro conversaram em voz baixa. Depois, o médico foi embora. Foi até o carrinho e

trouxe um tacho grande e fora de moda e uma grande pá de madeira (usada para

mexer o conteúdo do tacho) e depositou-os no fundo da loja.

O caixeiro inspecionou o tacho, enfiou a mão no bolso, tirou um punhado de

notas e entregou-as ao médico. O punhado de notas continha exatamente quinhentos

dólares – toda a economia do caixeiro!

O médico estendeu-lhe um pedacinho de papel, em que se achava uma

fórmula secreta. As palavras nesse pedacinho de papel valiam o resgate de um rei!

Mas não para o médico! Aquelas palavras mágicas eram necessárias para fazer o

tacho ferver, mas nem o médico, nem o jovem caixeiro sabiam que fortunas fabulosas

estavam destinadas a sair do tacho.

O velho médico ficou contente de vender o conjunto por quinhentos dólares. O

caixeiro estava se arriscando bastante ao colocar as economias de toda a vida num

simples pedaço de papel e num tacho antigo! Nunca sonhou que esse investimento

começaria a inundar o tacho de ouro, que um dia ultrapassaria a milagrosa façanha da

lâmpada de Aladim.

O que o caixeiro comprou, na realidade, foi uma idéia!

O velho tacho, a velha pá de madeira e a mensagem secreta num pedaço de

papel foram acidentais. O estranho caso do tacho começou a ter lugar depois que o

novo dono misturou às instruções secretas, um ingrediente do qual o velho médico

nada sabia.

Veja se descobre o que o jovem caixeiro acrescentou à mensagem secreta e

que fez o velho tacho ficar inundado de ouro. Eis uma história de fatos mais estranhos

que a ficção, fatos que começaram em forma de idéia.

Vejamos as vastas fortunas em ouro que a idéia produziu. Rendeu e ainda

rende vastas fortunas a homens e mulheres do mundo inteiro, que distribuem o

conteúdo do tacho a milhões de pessoas.

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O velho tacho é agora um dos maiores consumidores de açúcar do mundo,

dando, assim, emprego a milhares de homens e mulheres que trabalham no cultivo da

cana e no refinamento e venda do açúcar.

O velho tacho consome, anualmente, milhões de garrafas de vidro, fornecendo

emprego a grande número de operários.

O velho tacho emprega um exército de funcionários, taquígrafos, copiadores,

peritos em propaganda, em toda a nação. Trouxe fama e fortuna e dezenas de artistas

que criaram quadros magníficos, descrevendo o produto.

O velho tacho converteu uma pequena cidade sulina na capital comercial do

sul, onde agora beneficia, direta ou indiretamente, todos os negócios e praticamente

todos os residentes da cidade.

A influência desta idéia beneficia agora todas as cidades civilizadas do mundo,

inundando de ouro a todos que o tocam.

O ouro do tacho construiu e mantém uma das universidades mais importantes

do sul, onde milhares de jovens recebem a instrução essencial ao sucesso.

Se o produto daquele velho tacho pudesse falar, contaria histórias

emocionantes de romances, em todas as línguas. Romances de amor, romances de

negócios, romances de profissionais, homens e mulheres, a quem estimula

diariamente.

O autor conhece, com certeza, pelo menos um desses romances, pois

desempenhou um papel nele e tudo começou não longe do próprio lugar em que o

caixeiro comprou o velho tacho. Foi nesse lugar que a autor conheceu sua esposa e

foi ela a primeira a lhe contar sobre o tacho encantado. Foi o produto daquele tacho

que bebiam, quando ele lhe pediu que o aceitasse ―nos momentos felizes e nos

infelizes‖.

Seja você quem for, viva onde viver, seja qual for sua ocupação, lembre-se,

apenas, no futuro, todas às vezes que vir às palavras Coca-Cola, que seu grande

império de riquezas e influência nasceu de uma única idéia e que o misterioso

ingrediente que o caixeiro, Asa Candler, misturou à fórmula secreta, era –

imaginação!

Pare e pense nisso um momento.

Lembre-se também que os passos em direção à riqueza, descritos neste livro,

foram os meios pelos quais a influência da Coca-Cola se estendeu a todas as cidades,

aldeias e encruzilhadas do mundo e que qualquer idéia que você possa criar, tão

sensata e meritória como a Coca-Cola, terá a possibilidade de duplicar o recorde

desse matador de sede universal.

Uma Semana para Ganhar um Milhão de Dólares

Essa história prova a verdade do velho ditado: ―Onde há vontade, há um

caminho.‖ Foi-me contada pelo querido educador e clérigo, o falecido Frank W.

Gunsaulus, que começou a carreira de pregador na região dos matadouros de

Chicago.

Enquanto o Dr. Gunsaulus cursava o college, observou muitos defeitos em

nosso sistema educacional, defeitos que acreditava poder corrigir se fosse diretor de

um colégio.

Resolveu organizar um novo college, em que aplicaria suas idéias, sem ser

tolhido por métodos ortodoxos de educação.

Precisava de um milhão de dólares para realizar o projeto! Onde poderia ele

obter tão grande soma de dinheiro? Essa era a pergunta que absorvia os

pensamentos do jovem e ambicioso pregador.

Contudo, parecia não fazer progresso nenhum.

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Todas as noites levava esse pensamento para o leito. Acordava com ele, pela

manhã. Levava-o consigo a toda parte. Revirava-o na cabeça, até que se tornou, para

ele, obsessão consumidora.

Sendo filósofo, além de pregador, o Dr. Gunsaulus reconhecia, como todos os

que vencem na vida, que a definição de propósitos era o ponto de partida, do qual

se deve começar. Reconhecia, também, que propósitos definidos exigem animação,

vida e poder, quando sustentados por um desejo ardente de traduzir esses propósitos

em seus equivalentes materiais.

Sabia todas essas grandes verdades, mas não sabia onde ou como obter o

milhão de dólares. O procedimento natural teria sido desistir e fugir, dizendo: ―Bem,

minha idéia é boa, mas nada posso fazer com ela, porque jamais terei o necessário

milhão de dólares.‖ É exatamente isso o que faria a maior parte das pessoas, mas não

foi o que ele fez. O que disse e fez é tão importante que eu vou apresentá-lo agora e

deixar que fale por si:

―Uma tarde de sábado, estava eu sentado no meu quarto, pensando nos meios

e modos de arranjar o dinheiro para realizar meus planos. Fazia já dois anos que

pensava, mas nada fizera a não ser pensar!

―Decidi, então, naquele momento, que obteria o milhão de dólares numa

semana. Como? Não me incomodava. A coisa mais importante fora a decisão de

obter o dinheiro, num prazo específico, e quero dizer-lhe que, no momento em que

cheguei a decisão definida de conseguir o dinheiro, num prazo determinado, estranha

sensação de segurança se apossou de mim, como nunca experimentara antes. Algo

dentro de mim parecia dizer: ‗Por que não chegou a essa decisão há muito tempo? O

dinheiro estava à sua espera o tempo todo!‘

―As coisas começaram a acontecer depressa. Telefonei aos jornais e anunciei

que pregaria um sermão, na manhã seguinte, intitulado: ‗O que eu faria se tivesse um

milhão de dólares.‘

―Comecei a trabalhar no sermão, imediatamente, mas devo dizer-lhe, com

franqueza, que a tarefa não era difícil, porque eu já estava preparando o sermão há

quase dois anos.

―Muito antes da meia-noite terminei de escrever o sermão. Fui deitar e dormi

com uma sensação de confiança, pois já me via de posse do milhão de dólares.

―Na manha seguinte, levantei-me cedo, li o sermão, depois me ajoelhei e pedi

que meu sermão chegasse à atenção de alguém que pudesse fornecer o dinheiro

necessário.

―Enquanto orava, senti novamente a sensação de segurança de que o dinheiro

viria. Em minha excitação, saí sem o sermão e só descobri o esquecimento no

momento de chegar ao púlpito, pronto para lê-lo.

―Era tarde demais para voltar e trazer as notas. E que benção não ter podido

fazê-lo! Ao invés, meu próprio subconsciente forneceu o material necessário. Quando

me levantei para começar o sermão, fechei os olhos e falei de todo o coração e com

toda a alma, dos meus sonhos. Não só falei ao auditório, como imagino também ter

falado a Deus. Disse o que faria com um milhão de dólares, se a soma me viesse ter

às mãos. Descrevi o plano que tinha em mente, para a organização de uma grande

instituição educacional, onde os jovens aprendessem a fazer coisas práticas e, ao

mesmo tempo, desenvolvessem a mente.

―Quando terminei e me sentei, um homem se ergueu, devagar, do assento em

que se achava: numa das três últimas fileiras e caminhou em direção ao púlpito. Fiquei

curioso de saber o que faria. Chegou ao púlpito estendeu a mão e disse: ‗Reverando,

gostei do seu sermão. Acredito que possa fazer tudo o que disse que faria, se tivesse

um milhão de dólares. Para provar que creio no senhor e em seu sermão, se vier ao

meu escritório amanhã, de manhã, eu lhe darei um milhão de dólares. Meu nome é

Philip D. Armour:‘ ‖

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O jovem Gunsaulus foi ao escritório de Armour, e recebeu o milhão de dólares.

Com o dinheiro, fundou o ―Instituto Tecnológico Armour‖, conhecido agora como

―Instituto Tecnológico de Illinois‖.

O milhão de dólares necessário veio como resultado de uma idéia. No fundo da

idéia estava o desejo que o jovem Gunsaulus cultivara durante quase dois anos.

Observe este fato importante – ele recebeu o dinheiro trinta e seis horas após

ter chegado a uma decisão final, em sua mente, no sentido de consegui-lo, e se

resolvido por um plano definido para isso!

Nada havia de novo ou excepcional em Gunsaulus ter pensado vagamente no

milhão de dólares e em sua esperança, semanal, de obtê-los. Outros antes dele e

muitos desde então tiveram pensamentos similares. Mas havia algo de excepcional e

diferente na decisão que alcançou naquele sábado memorável, quando pôs a

incerteza para trás e disse, com determinação: “Obterei o dinheiro numa semana!‖

Além disso, o princípio pelo qual o Dr. Gunsaulus conseguiu seu milhão de

dólares ainda vive! Está ao seu alcance! Essa lei universal é tão exeqüível hoje como

o era quando o jovem pregador fez usa dela, com tanto sucesso.

Propósito Definido Mais Planos Definidos

Observe que Asa Candler e o Dr. Frank Gunsaulus tinham uma característica

comum. Ambos conheciam a assombrosa verdade de que idéias podem ser

transformadas em dinheiro pelo poder do propósito definido mais planos

definidos.

Se você é dos que acreditam que trabalho árduo e honestidade bastam para

trazer riquezas, despreze o pensamento! Não é verdade! Riquezas, quando vêm em

grandes quantidades, nunca são o resultado apenas de trabalho árduo! A riqueza vem,

se é que vem, em resposta a exigências definidas, baseadas na aplicação de

princípios definidos e não por acaso ou sorte.

Falando de modo geral, idéia é um impulso de pensamento que impele a ação

por um apelo à imaginação. Todos os bons vendedores sabem que idéias podem ser

vendidas onde não se pode vender mercadorias. Balconistas comuns não o sabem –

por isso é que são ―comuns‖.

Um editor de livros de baixo preço fez uma descoberta de bastante valor para

editores. Descobriu que muita gente compra títulos e não o conteúdo dos livros. Pela

simples mudança de título dos livros que não ―vendiam‖, as vendas desses livros

subiam, num pulo, de mais de um milhão de exemplares. Não se mudava, de modo

algum, o conteúdo do livro. Apenas se arrancava a capa, que trazia o titulo invendável,

substituindo-a por uma nova, com titulo de valor para a ―bilheteria‖.

Isso, por simples que pareça, era uma idéia! Era imaginação.

Não há preço padrão para idéias. O criador de idéias faz o próprio preço e, se

for esperto, alcança-o.

A história de praticamente quase todas as grandes fortunas começa no dia em

que um criador de idéias e um vendedor de idéias se reuniram e trabalharam em

harmonia. Carnegie cercou-se de homens que sabiam fazer tudo o que ele sabia,

homens que criavam idéias, homens que punham idéias em ação e fez-se, assim

como a outros, fabulosamente rico.

Milhões de pessoas atravessam a vida esperando ―oportunidades‖ favoráveis.

Talvez uma oportunidade favorável possa trazer outra, mas o plano mais seguro é não

depender da sorte. Foi uma ―chance‖ favorável que me deu a maior oportunidade de

minha vida – mas – vinte e cinco anos de esforço decidido tiveram de ser

dedicados àquela oportunidade, antes que se tornasse uma realidade.

A chance consistiu em minha sorte de conhecer e ganhar a cooperação de

Andrew Carnegie. Nessa ocasião, ele plantou-me na mente a idéia de organizar os

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princípios da realização numa filosofia do sucesso. Milhares de pessoas aproveitaram

as descobertas feitas em vinte e cinco anos de pesquisa e inúmeras fortunas foram

acumuladas com a aplicação da filosofia. O começo foi simples. Foi uma idéia que

qualquer um podia ter desenvolvido.

A oportunidade favorável chegou através de Carnegie, mas o que dizer da

determinação, do propósito definido, do desejo de alcançar o objetivo e do esforço

persistente de vinte e cinco anos? Não era um desejo comum o que sobreviveu a

desapontamentos, desânimos, derrotas temporárias, críticas e o constante lembrete

de ―perda de tempo‖. Era um desejo ardente! Uma obsessão!

Quando a idéia foi plantada pela primeira vez em minha mente, por Carnegie,

ela foi estimulada, cultivada e tentada a permanecer viva. Aos poucos, a idéia se

tornou um gigante em termo de poder próprio e me estimulou, cultivou e dirigiu. Idéias

são assim. Primeiro você dá vida, ação e orientação a idéias, depois elas tomam o

poder nas mãos e varrem toda a oposição.

Idéias são forças intangíveis, mas têm mais poder que os cérebros físicos que

as originam. Têm o poder de continuar vivendo, depois que o cérebro gerador voltou

ao pó.

PONTOS A FIXAR:

Você pode usar a imaginação sintética e a imaginação criadora, e, com prática,

fazê-las trabalhar irresistivelmente juntas.

Imaginação é o ingrediente que falta em muitos fracassos, o catalisador de

muitos sucessos. Asa Candler não inventou a fórmula da Coca-Cola, forneceu a

imaginação, que transformou a fórmula numa fortuna.

Dinheiro ilimitado o aguarda se você o deseja em quantias definidas, com um

propósito definido, apoiado pela imaginação. Esse princípio garantiu um milhão de

dólares a um clérigo que apenas o pediu.

Muitas fortunas esperam ser feitas com uma simples idéia. Veja como você

pode ganhar milhares ou milhões, mesmo sem um plano original – encontrando uma

nova combinação.

Até o instrumento mais fino necessita do homem que saiba usá-lo.