PASSO NÚMERO 7
PASSO NÚMERO 7 |
EM DIREÇÃO À RIQUEZA: |
DECISÃO |
Você verá como cristalizar a opinião em decisão e levar tal decisão |
adiante. Compreenderá como e quando mudar uma decisão, para maiores |
benefícios e lucros. |
ANÁLISE DE MAIS de vinte e cinco mil homens e mulheres, que |
experimentaram fracasso, revelou o fato de que a falta de decisão estava |
próximo do topo da lista das trinta e uma causas principais de fracasso. |
Procrastinação, o oposto da decisão, é inimigo comum, que praticamente |
todo homem tem de vencer. |
Você terá oportunidade de testar sua capacidade de chegar a decisões |
rápidas e definidas, ao terminar a leitura deste livro e estiver pronto a começar |
pondo em ação os princípios que ele descreve. |
Análise de várias centenas de pessoas que acumularam fortunas bem acima |
do marco de um milhão de dólares, revelou o fato de que todos eles tinham o |
hábito de chegar as decisões rapidamente, de mudar essas decisões devagar, se e |
quando eram mudadas. As pessoas que não conseguem acumular dinheiro, sem |
exceção, têm o hábito de chegar às decisões vagarosamente, mudando-as com |
rapidez e frequência. |
Uma das mais notáveis qualidades de Henry Ford era o hábito de chegar às |
decisões rápida e definitivamente, mudando-as devagar. Essa qualidade era tão |
pronunciada em Ford, que lhe deu a fama de ser obstinado. Foi essa qualidade |
que o induziu a continuar a produção do seu famoso modelo T (o carro mais feio |
do mundo), quando todos os conselheiros e muitos compradores lhe |
recomendavam que o mudasse. |
Talvez Ford tivesse demorado demais em mudá-lo, mas o outro lado da |
história é que a firmeza e a decisão trouxeram-lhe vasta fortuna, antes que a |
mudança de modelo se tornasse necessária. Poucas dúvidas restam de que o |
hábito de decisão definida de Ford assumia as proporções de obstinação, mas |
essa qualidade e preferível à vagarosidade em chegar às decisões e rapidez em |
mudá-las. |
Opinião: Artigo Barato |
A maioria das pessoas que não conseguem acumular dinheiro suficiente |
para suas necessidades, são geralmente influenciadas, com facilidade, pelas |
opiniões dos outros. Permitem aos jornais e aos vizinhos mexeriqueiros que |
pensem por eles. Opiniões são os artigos mais baratos na terra. Todos têm um |
conjunto de opiniões pronto a soltar em quem quer que as aceite. Se você se |
deixar influenciar por opiniões, ao chegar às decisões, não terá êxito em |
nenhuma empresa, muito menos na de transformar o desejo em dinheiro. |
Se você for influenciado pela opinião dos outros, não terá desejo próprio. |
Não traia suas intenções, ao começar a por em prática os princípios aqui |
descritos, chegando a decisões próprias e seguindo-as. Não as confie a |
ninguém, exceto aos membros do seu grupo de “Mente Superior”, e esteja |
seguro, na seleção desse grupo, de que escolheu apenas os que estão em |
completa simpatia e harmonia com seus propósitos. |
Amigos íntimos e parentes, embora sem o querer, prejudicam muitas vezes, |
por suas “opiniões” e às vezes, através do ridículo, com intenção de se |
mostrarem humorísticos. Milhares de homens e mulheres trazem consigo, a vida |
inteira, complexos de inferioridade, porque alguma pessoa bem intencionada, |
mas ignorante, destruiu-lhes a confiança através de “opiniões” ou do ridículo. |
Você possui cérebro e mente próprios. Use-os e chegue a suas próprias |
decisões. Se precisar de fatos ou dados de outras pessoas, para possibilitar-lhe |
tais decisões, como provavelmente lhe acontecem muitas vezes, adquira os fatos |
ou garanta as informações de que precisa, sem alarde, e sem revelar seus |
propósitos. |
É uma das características das pessoas que têm apenas conhecimentos |
superficiais ou aparência de conhecimento, tentar dar a impressão de que têm |
conhecimentos vastos. Tais pessoas geralmente falam demais, e ouvem pouco. |
Conserve os olhos e ouvidos bem abertos – e a boca fechada, se quiser adquirir o |
hábito da decisão imediata. Os que falam demais, fazem pouco mais do que isso. |
Se você falar mais do que escuta, não se priva de muitas oportunidades de |
acumular conhecimentos úteis, como ainda revela seus planos e propósitos a |
pessoas que terão imenso prazer em derrotá-lo, porque o invejam. |
Lembre-se, também, cada vez que abrir a boca na presença de alguém que |
tem vastos conhecimentos você exibe seu estoque de conhecimentos ou a falta |
deles! A sabedoria verdadeira se percebe, geralmente, pela modéstia e pelo |
silencio. |
Não se esqueça do fato de que todas as pessoas com as quais você convive, |
estão, como você, procurando a oportunidade de acumular dinheiro. Se você |
falar livremente demais sobre seus planos, pode ficar surpreso ao descobrir que |
alguém já passou à sua frente, usando os planos que você revelou tão tolamente. |
Que uma de suas primeiras decisões seja a de conservar a boca fechada e |
olhos e ouvidos abertos. |
Como lembrete para seguir esse conselho, será útil copiar o seguinte |
epigrama, em letras grandes, colocando-o onde possa vê-lo diariamente: “Diga |
ao mundo o que pretende fazer, mas mostre-o primeiro.” |
É o equivalente ao dito: “Ações e não palavras são o que mais conta”. |
História Feita de Decisões |
O valor das decisões depende da coragem exigida para tomá-las. As |
grandes decisões, que foram os fundamentos da civilização, foram alcançadas à |
custa de grandes riscos, que muitas vezes significavam possibilidade de morrer. |
A decisão de Lincoln, de lançar sua famosa Proclamação da Emancipação, |
que deu liberdade ao povo de cor dos Estados Unidos, foi tomada com plena |
compreensão de que o ato poria contra ele milhares de amigos e seguidores. |
A decisão de Sócrates de tomar o copo de veneno, preferindo-o a transigir |
em sua crença pessoal, foi decisão corajosa. Fez o tempo avançar mil anos e deu, |
aos que ainda não eram nascidos, direito à liberdade de pensamento e de palavra. |
A decisão do General Robert E. Lee, quando rompeu com a União e abraçou |
a causa do Sul, foi decisão corajosa, pois sabia que Lhe poderia custar a própria |
vida e que certamente custaria muitas vidas humanas. |
Um Incidente em Boston |
A maior de todas as decisões, no que concerne a qualquer cidadão |
americano, foi tomada em Filadélfia, no dia 4 de julho de 1776, quando |
cinquenta e seis homens assinaram um documento, que sabiam traria liberdade |
aos americanos ou então mandaria os cinquenta e seis à forca! |
Você já ouviu falar desse famoso documento, mas pode não ter extraído |
dele a grande lição de realização pessoal que tão abertamente ensina. |
Todos nós nos lembramos da data dessa momentosa decisão, mas poucos |
compreendem a coragem que exigiu. Lembramo-nos de nossa história como nos |
foi ensinada; das datas e nomes dos homens que lutaram; de Valey Forge e de |
Yorktown; lembramo-nos de George Washington e Lord Cornwallis. Mas pouco |
sabemos das forças reais por trás desses nomes, datas e lugares. Sabemos menos |
ainda do poder intangível que nos assegurou a liberdade, muito antes dos |
exércitos de Washington alcançarem Yorktown. |
Chega a ser quase uma tragédia que os historiadores não se referissem, em |
absoluto, ao poder irresistível que deu origem e liberdade a nação destinada a |
erigir novos padrões de independência para todos os povos da terra. Digo que é |
tragédia, porque se trata do mesmo poder que deve ser usado por todo o |
individuo que supera as dificuldades da vida e força-a a pagar o tributo exigido. |
Passemos em revista, rapidamente, os acontecimentos que deram origem a |
esse poder. A história começa com um incidente em Boston, a 5 de março de |
1770. Soldados britânicos patrulhavam as ruas, ameaçando abertamente os |
cidadãos com sua presença. Os colonos ressentiam-se com os homens armados |
marchando em meio deles. Começaram a mostrar, abertamente, seu |
ressentimento, atirando pedras e epítetos aos soldados que marchavam, até que o |
comandante deu ordens de: “Calar baionetas ... Avançar!” |
A batalha começara. Terminou com a morte e ferimentos de muitos. O |
incidente causou tal ressentimento que a Assembléia Provincial (formada de |
eminentes colonos), marcou uma sessão com o propósito de tomar ação |
decisiva. Dois dos membros da Assembléia eram John Hancock e Samuel |
Adams. Falaram com coragem e declararam que era preciso dar um passo que |
expulsasse todos os soldados britânicos de Boston. |
Lembre-se disso: uma decisão, nas mentes de dois homens, pode ser |
chamada, com propriedade, de começo da liberdade, que agora, nós, nos Estados |
Unidos, gozamos. Lembre-se também que a decisão dos dois homens exigiu fé e |
coragem, porque era perigosa. |
Antes que a Assembléia fosse suspensa, Samuel Adams foi incumbido de |
visitar o governador da província, Hutchinson, e exigir a retirada das tropas |
inglesas. |
A exigência foi satisfeita, as tropas removidas de Boston, mas o incidente |
não terminou aí. Causara uma situação destinada a mudar todo o rumo da |
civilização. |
Mentes Começam a Trabalhar em Conjunto |
Richard Henry Lee tornou-se fator importante nessa história, porque ele e |
Samuel Adams se correspondiam com frequência, compartilhando livremente |
seus temores e esperanças, referentes ao bem-estar do povo de suas províncias. |
Dessa correspondência, Adams concebeu a ideia de que uma troca de cartas |
entre as treze colônias poderia auxiliar a concretização da coordenação dos |
esforços, tão necessários à solução dos seus problemas. Dois anos após o |
conflito com os soldados em Boston (março de 1772), Adams apresentou a ideia |
à Assembléia, em forma de moção, sugerindo que se estabelecesse uma |
Comissão de Correspondência entre as colônias, “com o propósito de |
cooperação amistosa para a melhoria das colônias da América Britânica.” |
Era o início da organização do vasto poder destinado a dar liberdade a você |
e a mim. O grupo de “Mente Superior” fora organizado. Consistia de Adams, |
Lee e Hancock. |
A Comissão de Correspondência foi organizada. Os cidadãos da colônia |
conduziam uma luta desorganizada contra os soldados britânicos, através de |
incidentes semelhantes ao distúrbio de Boston, mas nada de bom foi realizado. |
As mágoas individuais não se consolidaram sob a chefia de um grupo de “Mente |
Superior”. Nenhum grupo de indivíduos pusera corações, mentes, almas e corpos |
em uníssono, numa decisão final de por fim as dificuldades com os ingleses, de |
uma vez por todas, até que Adams, Lee e Hancock se reuniram. |
Enquanto isso, os ingleses não descansavam. Estavam, também, planejando |
e formando um grupo de “Mente Superior”, por sua conta, com a vantagem de |
contar, à retaguarda, com dinheiro e soldadesca organizada. |
Decisão Instantânea Muda a História |
A Coroa Britânica designou Gage para substituir Hutchinson, como |
governador de Massachusetts. Um dos primeiros atos do novo governador foi |
mandar um mensageiro visitar Samuel Adams, com o propósito de tentar |
paralisar sua oposição – pelo medo. |
Para melhor entendermos o espírito do que se passou, reproduziremos a |
conversação entre o Coronel Fenton (o mensageiro mandado por Gage) e |
Adams: |
Coronel Fenton: “Fui autorizado pelo Governador Gage, para assegurar-lhe, |
Sr. Adams, que o governador tem o poder de conferir-lhe os benefícios que lhe |
forem satisfatórios (tentativa de conquistar Adams com promessas de suborno), |
com a condição de que cesse a oposição às medidas governamentais. O |
governador lhe aconselha que não incorra no desagrado de Sua Majestade. Sua |
conduta o torna sujeito às penalidades do Ato de Henrique VII, pelo qual as |
pessoas podem ser enviadas à Inglaterra para julgamento por traição, ou |
cumplicidade em traição, a critério do governador da província. Mas, se mudar o |
curso de sua política, não só receberá grandes vantagens pessoais, como também |
fará as pazes com o Rei.” |
Samuel Adams podia escolher entre duas decisões. Ou cessaria a oposição, |
recebendo suborno pessoal, ou continuaria, correndo o risco de ser enforcado! |
Chegara o tempo, claramente, em que Adams era forçado a chegar a uma |
decisão instantânea, decisão que poderia custar-lhe a vida. Insistiu em receber a |
palavra de honra do Coronel Fenton de que transmitiria ao governador a |
resposta, exatamente como lhe fosse dada. |
A resposta de Adam: “Pode, então, dizer ao Governador Gage que acredito |
há muito ter feito as pazes com o Rei dos Reis. Nenhuma consideração de ordem |
pessoal poderá induzir-me a abandonar a causa justa do meu país. E diga ao |
Governador Gage, que o conselho de Samuel Adams é que não mais insulte os |
sentimentos de um povo exasperado.” |
Quando Gage recebeu a resposta de Adams, ficou furioso e lançou a |
seguinte proclamação: “Faço constar, aqui, em nome de Sua Majestade, o |
oferecimento e a promessa de seu mais gracioso perdão, a todas as pessoas que |
depuserem as armas e voltarem às tarefas de súditos pacíficos, excetuando, |
apenas, do perdão, a Samuel Adams e a John Hancock, cujas ofensas são de |
natureza por demais criminosa, para admitir considerações outras que não as de |
punição condigna.” |
Como se diria em gíria moderna, Adams e Hancock “estavam fritos”! A |
ameaça do governador irado forçou os dois homens a outra decisão, igualmente |
perigosa. Convocaram, apressadamente, uma reunião secreta, de seus mais leais |
seguidores. Durante a reunião, Adams trancou a porta, pôs a chave no bolso, |
informando a todos os presentes que se tornava imperativa a organização de um |
congresso de colonos e que ninguém sairia da reunião enquanto não se chegasse |
à decisão quanto ao congresso. |
Seguiu-se grande excitação. Alguns ponderavam as consequências |
possíveis de tal radicalismo. Outros expressavam graves dúvidas quanta à |
sabedoria de uma decisão tão definida, desafiando a Coroa. Fechados naquela |
sala havia dois homens imunes ao medo, cegos à possibilidade de fracasso: |
Hancock e Adams. Por influência de tais mentes, os outros foram induzidos a |
concordar que, através da Comissão de Correspondência, far-se-iam |
preparativos para uma reunião do Primeiro Congresso Continental, a ser |
realizado em Filadélfia, no dia 5 de setembro de 1774. |
Lembre-se dessa data. É mais importante que 4 de julho de 1776. Se não |
tivesse havido a decisão de realizar o Congresso Continental não teria havido |
assinatura da Declaração da Independência. |
Antes da primeira reunião do novo Congresso, outro líder, numa parte |
diferente do país, estava profundamente envolvido na edição de uma “Visão |
Sumária dos Direitos da América Britânica”. Era Thomas Jefferson, da |
província de Virginia, cujas relações com Lorde Dunmore (representante da |
Coroa na Virginia), estavam tão tensas quanto as de Hancock e Adams com o |
governador deles. |
Pouco depois da publicação de seu famoso Sumário dos direitos, Jefferson |
foi informado de que estaria sujeito a acusação de alta traição, contra o governo |
de Sua Majestade. Inspirado pela ameaça, um dos colegas de Jefferson, Patrick |
Henry emitiu sua opinião corajosamente, concluindo os comentários com a |
sentença que se tornaria clássica, para sempre: “Se isso for traição, aproveite-a |
ao máximo.” |
Eram homens assim que, sem poder, sem autoridade, sem força militar, |
sem dinheiro, se reuniram, em consideração solene ao destino das colônias, |
começando com a inauguração do Primeiro Congresso Continental e |
continuando, intercaladamente, por dois anos – até que, a 7 de junho de 1776, |
Richard Henry Lee se ergueu, e, dirigindo-se à Mesa e à Assembléia assombrada |
propôs a seguinte moção: |
“Senhores, proponho esta moção: os Estados Unidos são e, por direito |
deveriam ser, Estados livres e independentes que sejam desligados de toda a |
sujeição à Coroa Britânica; e que toda a conexão política entre eles e GrãBretanha está e deveria ser, totalmente dissolvida.” |
Thomas Jef erson Lê em Voz Alta |
A surpreendente moção de Lee foi fervorosamente discutida e a tal ponto, |
que esse acabou por perder a paciência. Afinal, após vários dias de discussão, |
novamente pediu a palavra. E declarou em voz firme e clara: “Sr. Presidente, já |
discutimos esse assunto durante vários dias. É o único rumo que podemos seguir. |
Por que, então, demorar tanto? Por que deliberar ainda? Que esse dia feliz faça |
nascer uma República Americana. Que ela se erga, não para devastar e |
conquistar, mas para restabelecer o reino da paz e da lei.” |
Antes de sua moção ser finalmente votada, Lee foi chamado de volta à |
Virginia, por motivo de doença séria na família; mas, antes de partir, colocou a |
causa nas mãos do amigo, Thomas Jefferson, que prometeu lutar até alcançar |
oposição favorável. Logo depois, o Presidente do Congresso (Hancock) nomeou |
Jefferson presidente de uma comissão para redigir a Declaração da |
Independência. |
A comissão trabalhou longa e arduamente, num documento que |
significaria, quando aceito pelo Congresso, que todo homem que o assinasse |
estaria assinando sua própria sentença de morte, caso as colônias perdessem a |
luta com a Grã-Bretanha, o que parecia certo de acontecer. |
O documento foi redigido e, a 28 de junho, o esboço original foi lido |
perante o Congresso. Durante vários dias foi discutido, alterado e melhorado. A |
4 de julho de 1776, Jefferson, diante da Assembléia, leu, sem medo, a mais |
momentosa decisão jamais colocada no papel: |
“Quando, no decurso de acontecimentos humanos tornar-se necessário a um |
povo dissolver os laços políticos que o uniam a outro, e a assumir, entre os |
poderes da terra, a posição independente e igual, a que, pelas leis naturais e pelo |
Deus da natureza, têm direito, respeito decente às opiniões da humanidade exige |
que sejam declaradas as causas que o impelem à separação ...” |
Quando Jefferson terminou, o documento foi votado, aceito, e assinado por |
cinquenta e seis homens, cada um arriscando a própria vida na decisão de |
escrever seu nome. Por essa decisão veio à existência uma nação destinada a |
trazer à humanidade, para sempre, o privilégio de tomar decisões. |
Analise os acontecimentos que levaram à Declaração da Independência e |
convença-se de que essa nação, que agora mantém posição de respeito e poder |
destacados entre todas as nações do mundo, nasceu de uma decisão criada por |
um grupo de “Mente Superior”, que consistia de cinquenta e seis homens. Note |
bem o fato de que foi a decisão deles que assegurou o sucesso dos exércitos de |
Washington, porque o espírito dessa decisão estava no coração de cada soldado |
que com ele combateu e serviu de poder espiritual, que não reconhece o |
fracasso. |
Note também (com grande beneficio pessoal), que o poder que deu à nação |
sua liberdade é o mesmo poder que deve ser usado por todo individuo que se |
torna autodeterminado. Esse poder é constituído dos princípios descritos neste |
livro. Não será difícil detectar, na história da Declaração da Independência, pelo |
menos seis princípios: desejo, decisão, fé, persistência, o grupo da “Mente |
Superior” e planejamento organizado. |
O Poder da Mente Resoluta |
Nessa filosofia será encontrada a sugestão de que o pensamento, apoiado |
pelo desejo forte, tem tendência a transformar-se em seu equivalente físico. |
Pode-se encontrar esta estória e na da organização da “United States Steel |
Corporation”, uma descrição perfeita do método pelo qual o pensamento passa |
por essa assombrosa transformação. |
Na busca ao segredo do método, não procure um milagre, pois não o |
encontrará. Só encontrará as eternas leis da natureza. Essas estão ao alcance de |
qualquer pessoa que tem fé e coragem para usá-las. Podem servir para trazer |
liberdade à nação ou para acumular riquezas. |
Os que chegam rápida e definitivamente as decisões sabem o que querem e, |
geralmente, o obtém. Líderes, em qualquer época da vida, decidem com rapidez |
e firmeza. Eis a principal razão de serem líderes. O mundo tem por hábito dar |
lugar ao homem cujas palavras e ações demonstram que sabe para onde vai. |
A indecisão é um hábito que geralmente começa na juventude. Torna-se |
permanente à medida que a juventude avança pela escola primária, secundária e |
até mesmo superior, sem definição de propósitos. |
O hábito da indecisão acompanha o estudante na profissão que escolhe – se, |
na verdade, chega a escolher a profissão. Geralmente, o jovem recém saído da |
escola aceita qualquer emprego que possa ser encontrado. Agarra o primeiro que |
aparece, porque já caiu no hábito da indecisão. Noventa e oito entre cem pessoas |
que hoje trabalham ganhando salários, estão nos cargos atuais porque lhes faltou |
decisão firme para planejar posição definida e os conhecimentos de como |
escolher o empregador. |
Firmeza de decisão sempre requer coragem, às vezes grande coragem. Os |
cinquenta e seis homens que assinaram a Declaração da Independência |
arriscaram as vidas na decisão de assinarem aquele documento. A pessoa que |
toma uma decisão firme para procurar um determinado emprego e fazer com |
que a vida lhe pague o preço que exige, não arrisca a vida em tal decisão; arrisca |
sua liberdade econômica. Independência financeira, riquezas, negócios |
vantajosos e cargos profissionais não estão ao alcance da pessoa que deixa ou se |
recusa a esperar, planejar e exigir essas coisas. A pessoa que deseja riquezas |
com o mesmo espírito com que Samuel Adams desejou a liberdade para as |
colônias, acumulará fortuna com certeza. |
PONTOS A FIXAR: |
Falta de decisão é a principal causa do fracasso. Todos têm opinião, mas no |
fim é a sua opinião que move o seu mundo. Vimos como uma decisão tomada |
em Filadélfia, em 1776, atua para a sua força e confiança atuais. |
A mente resoluta harmoniza-se com tremendo poder especial. A indecisão |
começa, frequentemente, na mocidade; vimos como evitá-la e ajudar outros a |
evitá-la. |
Analise esses acontecimentos, que levaram a grandes decisões e estará |
dando a si mesmo uma orientação vitalícia para ação decidida e efetiva, em |
qualquer tempo de sua vida. |
O grande desejo de liberdade traz liberdade; grande desejo de riqueza traz |
riqueza. |
Todo homem poderoso se mantém dentro de seu próprio poder |