Uma crise existencial embriagada em palavras
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Uma crise existencial embriagada em palavras

Palavras embriagadas de um Poeta que vislumbra um mundo de fantasias

donDiego
1 min
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Cada vez que o vento sopra

Sinto o gosto amargo das minhas derrotas

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Finjo controlar-me diante de um mundo que pareço não pertencer

Deslocado, entretido, entediado...

Me perco num mar de palavras e emaranhadas que parecem não me pertencer

Sei, cognitivamente, que minha vida pertence a Deus

Mas porque a raiva e o pecado querem me consumir?

Luto com um diabo que não aprovo nem acredito

Penso nos lábios que ascendem meu fogo que irradiam paixão

Desinibido de interesses pareço vaguear num esfera alternativa a maioria das pessoas

Faço planos exuberantes e não tenho persistência ou sei lá a habilidade que me falta para completá-los

Por que sou o que sou sem nem ao menos saber ser eu mesmo?

Luto contra minha carne que deseja saborear a paixão volúpia de dedilhar pelas coxas de minha amada

Devo ser sóbrio num mundo onde todos que se dizem sóbrios não vivem o brio nem o rubor da paixão da vida?

Que dirá Deus quando encontrá-lo, face a face?

Cobrará ele os dons que me deu e eu simplesmente deixei-me embriagar por eles?

Talvez sejam só palavras, talvez desalentos...

Mas quem ao menos poderá ousar responder tais perguntas?