Palavras embriagadas de um Poeta que vislumbra um mundo de fantasias
Cada vez que o vento sopra | ||
Sinto o gosto amargo das minhas derrotas | ||
Finjo controlar-me diante de um mundo que pareço não pertencer | ||
Deslocado, entretido, entediado... | ||
Me perco num mar de palavras e emaranhadas que parecem não me pertencer | ||
Sei, cognitivamente, que minha vida pertence a Deus | ||
Mas porque a raiva e o pecado querem me consumir? | ||
Luto com um diabo que não aprovo nem acredito | ||
Penso nos lábios que ascendem meu fogo que irradiam paixão | ||
Desinibido de interesses pareço vaguear num esfera alternativa a maioria das pessoas | ||
Faço planos exuberantes e não tenho persistência ou sei lá a habilidade que me falta para completá-los | ||
Por que sou o que sou sem nem ao menos saber ser eu mesmo? | ||
Luto contra minha carne que deseja saborear a paixão volúpia de dedilhar pelas coxas de minha amada | ||
Devo ser sóbrio num mundo onde todos que se dizem sóbrios não vivem o brio nem o rubor da paixão da vida? | ||
Que dirá Deus quando encontrá-lo, face a face? | ||
Cobrará ele os dons que me deu e eu simplesmente deixei-me embriagar por eles? | ||
Talvez sejam só palavras, talvez desalentos... | ||
Mas quem ao menos poderá ousar responder tais perguntas? |