Eu escolhi depois de assistir a realidade na ficção #1

Estava em um plantao, no trabalho,  daqueles que enfrentava a cada 15 dias. Um amigo que dividia aquela noite comigo me chamou pro lanche. Deixarmos umas rotinas executando e fomos pro refeitório,  onde ficamos uns bons minutos, comendo um sanduíche de uma famosa hamburgueria. Durante esse tempo ele comentou sobre um filme que, segundo ele, estava na boca do povo. Ele se referia ao filme Tropa de Elite. Naquele ano, ou alguns anos antes, cresceu um movimento muito forte de compartilhamento de conteúdo de streaming pela Internet.  E em vários sites e aplicativos peer to peer, era de certa forma, fácil conseguir determinado conteúdo para assistir sem pagar nada por isso. Ali no plantão,  onde ficamos horas olhando para aquele monte de luzes piscando, enquanto as rotinas eram executadas, optamos por buscar o Tropa de Elite em um desses hosts e assistir para passar o tempo. Aquelas cenas e acontecimentos narrados pelo Vagner Moura, foi prendendo nossa atenção e a cada novo esculacho sofrido por um marginal,  nos soava como um gol em uma partida de nosso time do coração.  E assim foi, as falcatruas aparecendo, gente importante envolvida e o tom do enredo era combater o crime. E melhor, torturando o criminoso da forma que fosse possível, quando não condenando-o a morte. E assim fomos até o final daquele filme o qual nos preencheu de certa esperança,  de que a qualquer momento,  poderia surgir um super herói para nós defender de todas as tiranias. No decorrer daquele mês,  é nos meses subsequentes,  não se falava de outro assunto, se não o filme do Padilha.

De certa forma aquele sentimento que nasceu ao assistirmos aquele filme, nunca mais morreu. Depois conversando com outras pessoas, notava que não era apenas com a gente, todos pareciam ter a mesma sensação. 

Aí, um bom tempo depois,  vem o segundo filme... já te conto no próximo texto.