Uma Pequena Retrospectiva

Hoje é dia 31 de dezembro de 2022 e, após um fim de ano bem movimentado, achei que seria interessante fazer uma pequena retrospectiva do que foi esse ano pra mim, assim como seus pontos altos e baixos. Escrevo em uma manhã - quase tarde - de sábado e, aproveitando o silencio desse dia, preferi escrever sem música.

De maneira geral, eu sempre enxerguei os anos que ficavam para trás com bons olhos, talvez porque minha vida sempre foi muito boa ou pelo fato de eu ser muito otimista. E posso confirmar que essa percepção não mudou, estou feliz e contente com o ano que passou.

O ano de 2022 começa comigo não muito animado para voltar a ter aulas presenciais na faculdade. Em primeiro lugar porque eu não sou o maior fã do meu curso ou da academia. Em segundo lugar, eu não queria voltar a gastar horas por dia no transito nem centenas de reais com gasolina. E por último, eu estava confortável demais vivendo sozinho no meu quarto a maior parte do tempo.

E digamos que eu não imaginei que estava exagerando no meu “isolamento social” até que meus problemas de interação interpessoal começaram a voltar na faculdade. Eu, como um grande introvertido sempre tive que me forçar a ser melhor socialmente, conversar com as pessoas, falar em público. Então, quando parei de ter a maior parte dessas interações, eu passei a falar com menos desenvoltura e ficar muito nervoso para falar para qualquer plateia maior. Após notar isso, continuei praticando essas interações e consegui recuperar as “habilidades”. Mas aprendi que não posso abandonar por completo essas relações desconfortáveis.

Voltando ao assunto da faculdade, realmente não foi muito melhor do que eu pensei. Porém a parte de variar a rotina e voltar a ter mais contato com o mundo me fez bem.

Por volta de março, os NFTs estavam em alta e, como eu não estava fazendo nada mesmo, resolvi tentar surfar nessa onda. Eu achava essa ideia de comprar arte digital uma coisa muito ridícula (e continuo achando), por isso, achei que seria interessante criar uma coleção de NFTs de bonecos de palitinho, totalmente idiota e simples, e vender como se tivesse uma grande ideia por trás. Depois posso contar mais detalhes dessa experiência, mas ela terminou quando o mercado de criptos afundou junto com o de NFTs. Mais um fracasso pra conta (esse eu já esperava).

Ao longo do ano fui tentando encontrar ideias de negócios que eu realmente gostasse e pudesse fazer dinheiro. E quando já tinha algumas reunidas e estava quase pronto para começar, eu resolvi criar esse blog, que por enquanto não fez muito sucesso. No entanto, acredito no que escrevo e acho que fiz muito bem em iniciar essa empreitada.

Em torno de um mês depois de criar o Duck Life, comecei com dois projetos, o Clube do CD e a loja de produtos de humor. O Clube do CD teve um início lento, contudo, tudo está ajustado para eu continuar postando nas redes sócias no ano que vem e espero ver um crescimento significativo. Com a loja de produtos de humor, fomos capazes de realizar duas coisas importantes. A primeira delas foi conseguir crescer a página de memes para quase 3000 seguidores e ter mais de 5 milhões de visualizações no instagram. E, com isso, aprendi a importância da consistência e da paciência. A segunda das realizações foi o lançamento da loja, com mais de 77 produtos, sendo que uns 50 são criação própria. Inclusive, o site da loja foi finalizado ontem. Apesar de ter demorado mais do que esperava, para quem tinha outras coisas para fazer paralelamente e nunca tinha criado um e-commerce, penso que o resultado foi bastante satisfatório. Agora é hora de investir no marketing e fazer essa loja explodir em 2023.

Um ponto negativo de 2022 foi eu não ter conseguido ler tanto como gostaria ou como nos anos anteriores, mas isso também mostra que eu estava mais ocupado, fazendo mais coisas. Pelo menos, os livros que eu consegui ler valeram a pena.

Já um ponto positivo foi o meu amadurecimento. Não sei exatamente se teve algo em particular que motivou isso, mas hoje eu estou muito mais centrado, tranquilo e sereno do que um ano atrás. Durante esse ano passei a me conhecer melhor, entender como funciono, do que gosto, do que não gosto, das minhas limitações, o que me faz bem e o que não faz. E o mais importante foi que eu aprendi que fazer e pensar coisas boas faz muito mais bem do que eu imaginava.

Claro que esse ano poderia ter sido melhor, meus negócios poderiam ter emplacado, eu poderia estar ganhando dinheiro, eu poderia ter lido mais, poderia ter malhado mais, poderia ter viajado mais, poderia ter encontrado a mulher da minha vida, e por aí vai. Mas não é assim que eu vejo a vida. A vida não é sobre o que eu poderia ter feito, mas sobre o que eu fiz, sobre o que eu aprendi e sobre o que eu vou fazer amanhã. E amanhã é um novo dia, um novo ano. Vamos vivê-lo da melhor forma possível.