Chegou o natal, e ai? Fez o que? Se perguntou isso igual a Simone? Vem refletir com a gente nessa news e não seja tão duro com você mesmo nessa reflexão de fim de ano.
Por Ronaldo Raposo. | ||
Eu amo música. Na verdade, eu vivo disso: escuto 24/7. Mas, se tem um tipo que não me agrada, são as músicas de Natal. Seja pelo apelo dramático ou pelo estilo repetitivo, o que mais me dá agonia é o tom inquisitivo. A maior parte delas fala sobre as conquistas do ano e sobre o que esperamos alcançar pela frente. A Simone, por exemplo, cantora brasileira super tradicional da época, já chega com a faca no nosso pescoço: "então é Natal! E aí, o que você fez???" | ||
E é aí que bate a bad. Você realmente acha que eu não reparei que é Natal, Simone? E se eu não tiver feito nada? Qual o problema nisso, Si? Era isso que você queria? A essa altura do campeonato, é assim que eu tô de saúde. Ok, dramas a parte, final de ano tem a energia de revisitar o que passou, refletir sobre nossas ações e idealizar os planos do futuro. Mas que mania chata que as pessoas têm de querer ficar fazendo balanço de conquista! | ||
| ||
Seja no Instagram ou no LinkedIn, pulam retrospectivas dos anos de cada pessoa. Isso não é um problema, afinal, todos têm o direito de comemorar cada segundo de vida. Mas é irrefutável afirmar o sentimento de comparação que isso traz para a gente. Além de lidarmos com todas as demandas que o final do ano gera, com aquele restinho de gás que guardamos para a data, conviver com esse tipo de informação faz bater em muitos o famigerado Complexo de Inferioridade. | ||
Diferentemente das outras épocas do ano, em que reagimos de maneira mais enérgica e esperançosa, em dezembro as pessoas costumam ficar mais recolhidas e pensativas, com o humor conturbado. No ano passado, o período WebMD publicou o trabalho da doutora Jennifer Casarella, a qual constatou que nesse período muitos profissionais são acometidos com a chamada Holiday Depression, um quadro de estresse profundo em que não conseguimos lidar muito bem com ciclos não fechados ou metas não alcançadas. | ||
É aquilo: todo mundo já se sentiu inferior alguma vez na vida. Eu, competitivo que sou, fico desestabilizado quando não consigo aprovação em uma oportunidade que estava aplicando ou quando não consigo finalizar minha lista de tarefas da semana -- imagina esse balanço agora em contraste com um ano todo? Me bate uma sensação de incapacidade absurda, além do sentimento de frustração incomparável -- e olha que eu tenho uma autoestima muito alta! | ||
| ||
Eu tenho alguns mantras e exercícios que eu busco praticar constantemente quando me bate essas sensações e, sobretudo nesse período, são fundamentais. Assim, compartilho com vocês alguns deles: | ||
| ||
Seu primo entrou em Harvard com 15 anos? Sua vizinha ganhou o título de cidadã emérita da sua cidade? Sua amiga do pré-vest conheceu 57 países esse ano? Aquela conhecida da padaria virou a CEO mais jovem do mundo? Problema deles <3 O mero fato de estarmos aqui ao final desse ano truculento é mais que um motivo de comemoração. E bora de comer ceia em paz! | ||
| ||
👤 COMO CRESCER SEM ESQUECER? | ||
Essa foi a provocação que deu origem ao projeto Como crescer?, de 2019. O guia foi idealizado pelo criador de conteúdo Spartakus Santiago, e contou com a participação de 10 influenciadores digitais. | ||
A página possui um conteúdo mega relevante com relação à saúde mental dos criadores de conteúdo, desde youtubers a podcasters e roteiristas. Além do perfil no instagram, o material foi reunido em um site. Ao todo, são 15 vídeos de pouco mais de um minuto em que cada influenciador participante da iniciativa explica as questões do guia. Se tiver de bob, dá um confere! | ||
📚 RONALDICAS | ||
Don't be so hard on yourself. Essa é minha confort music para todas as horas. Lançada em 2015 pela magnífica Jess Glynne, mais que uma canção, é um hino para comunidade ansiosa. Adiciona ela na sua playlist para ontem! | ||
🏞️ O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA... | ||
|