Mas eu ainda tô processando 2021…
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Mas eu ainda tô processando 2021…

2022 está ai! E começou com tudo! Enquanto processamos a volta gradual ao trabalho, fizemos uma revisão de temas de 2021 que só devem aumentar de importância em 2022.

Echoa | The Creator's Land
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Por Ronaldo Raposo.

Janeiro chegou!

Chutando o balde, metendo 15 dias em 2 horas, sacudindo a gente da cama logo pela manhã (assim como o Gugu fazia com os famosos, rs -- referência para os millenials de plantão). E nossa mente trabalhando a mil: tanta coisa aconteceu ano passado que é difícil processar.

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Mas o ano passado é passado e 2022 promete! Por isso, para ajudar nesse processo pós-ressaca informacional, a gente quer te situar sobre os tópicos do mercado de creators e de tecnologia que despontaram como grandes estrelas em 2021 -- e que estão rendendo pano pra manga até hoje. Claro, nenhum deles nasceu dia 1º de janeiro de 2021; eles já estavam aí há um tempo, sendo construídos e maturados. Mas, é irrefutável dizer: 2021 foi o ano em que eles brilharam!

Tá, mas quem são eles? Pega teu chá (se estiver lendo de noite) ou seu café (se abriu de manhã) que eu vou te apresentar 4 estrelinhas!

🌟 Web3

Se você não ouviu esse termo em algum momento do ano passado, bem vind@ de volta! Como estava a vida em Marte? Pois bem, a Web3 (ou Web 3.0) unir a descentralização da criação de conteúdos gerados por usuários ao registro e domínio disso tudo. Basicamente, é usar da tecnologia atual para permitir que a criação siga livre e fluida, mas que nenhum terceiro tire proveito disso. E isso é uma baita simplificação da coisa toda!

Para isso, muitos outros termos surgiram e  ganharam espaço nesses debates. Atire a primeira pedra quem nunca jogou no Google "Blockchain o que é", hm? Sobretudo para os interessados em criptomoedas, o Blockchain disparou enquanto um recurso que permite a descentralização das finanças e a segurança das operações. Trazendo essa lógica para a produção de conteúdo, bingo! Temos o melhor dos dois mundos.

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🌟 NFTs

Certamente, um assunto que pegou todo mundo no ano passado foi sobre as maneiras de aumentar a autonomia dos criadores com relação a suas próprias criações. Como assegurar que minha arte não vá parar em um blog sem os devidos créditos? Discutir direitos reprográficos é antigo. Agora, a forma como podemos encará-los é bem nova. Nessa linha, vem nossa estrelinha de 2021: os tokens não fungíveis (ou NFTs, pros chegados.

Primeiro, lembramos que, no Brasil, um bem fungível é aquele que pode ser substituído por outro da mesma espécie, qualidade e quantidade (e quem diz isso não sou eu, e sim o Código Civil Brasileiro). Por extensão, o NFT trata de um item exclusivo, único, insubstituível. Nessa linha, ele pode ser físico (como um Monnet que a gente compra ali no Louvre) ou digital, como aquela arte gráfica maneiríssima ou mesmo um tweet da Lady Gaga falando "Brazil, I'm devastated". E não para por aí: games, músicas, memes… Tudo pode ser um NFT.

O NFT, portanto, permitiu uma super inovação: tudo, absolutamente tudo (e quando eu digo tudo, é tudo mesmo) tornou-se comercializável. Isso permite que criadores de conteúdo elevem sua geração de receita, aumentem o contato com seu público e diversifique a forma como vende seus produtos. Além disso, o sistema lógico por trás do NFT traz a segurança de que aquele item foi criado por você, e mais ninguém. Alguém quer comprar meu desenho que fiz no paint? Vai valer milhões em alguns anos, acreditem!

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🌟 DAOs

A ideia não é descentralizar e dar autonomia? Então as Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs) chegaram no momento certo. Tema quentíssimo no mundo de criptoativos, esse tipo de organização possui regras de utilização específicas, as quais são definidas e monitoradas por meio do (pasmem, olha ele de novo), Blockchain. Mas o que isso quer dizer para gente, meros creators?

Muitos consideram as DAOs as bases fundacionais da Web3, uma vez que se tratam de uma estrutura única que auxilia no crescimento da Economia Criativa. Com as DAOs, você consegue colocar seu tempo e talento à disposição, com flexibilidade e ganhos garantidos por um sistema seguro de governança digital permitido por meio do Blockchain. É uma nova forma de criar! ~sensação de friozinho na barriga em anexo~.

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🌟 Metaverso

É, Zuckerberg atingiu a gente em cheio: o metaverso tá aí. O que era uma realidade apenas nos quadrinhos da Marvel e um desejo antigo do Webworld, foi catalisado com a pandemia e, em pouco tempo, lançado ao mundo. Se já éramos seres digitais e conectados, a pandemia veio e disse "vocês não viram nada". Em pouco tempo, a vida de muitos aqui concentrou-se em um único dispositivo: os notebooks ou computadores, por meio dos quais trabalhamos, conversamos, interagimos, nos divertimos… Enfim, o meio pelo qual vivemos.

Basicamente, o metaverso consiste na ideia de replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, que lança mão da realidade virtual e aumentada para quebrar com esse (literalmente) enquadramento 2D dos computadores. Em um dos maiores rebrandings já vistos na história (senão o maior), o Facebook deixou de ser Facebook para se tornar a Meta, empresa que vai expandir um conjunto de experiências digitais imersivas que envolvem realidade virtual. Parece doido, né? Mas a ideia pegou: na esteira do Fac… da Meta, veio Nike, Ralph Lauren, Fortnite, Gucci… Todo mundo junto criando seu próprio mundinho.

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É pessoal, Cazuza já dizia: o tempo não para! Muita coisa acontecendo na Creatorsfera, o que permite uma multiplicidade absurda de possibilidades. Esperamos que esse curto panorama sirva para saltá-los aos olhos que o agora é o agora, e que é tempo de levar nossa produção de conteúdo para outro patamar. Vamos juntos nessa!

👤  EM 10 ANOS, TODOS NÓS SEREMOS CREATORS!

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Certamente muitos aqui a conhecem e, se este não é o seu caso, fica tranquilo que seu momento chegou. Li Jin é um dos principais nomes quando pensamos em Creators Economy -- ou, como ela mesma criou, The Passion Economy. Investidora assídua da Web3 e da Ownership Economy, É dela a frase acima: para Jin, todos nós seremos creators dentro de 10 anos. A verdade é que todos somos -- e alguns perceberam isso antes que outros.

Li também é escritora e redatora (hi, twin!), mantendo uma Newsletter na qual discorre sobre esses temas abordados aqui. Mas, não me abandone! A concorrência é amiga, rs.

📚  RONALDICAS

Tem muuuuito conteúdo bom sobre os assuntos abordados aqui porque, claro, como eu disse, eles rendem demais. Mas, em vez de recomendar extensas bibliografias, vou deixá-los com este podcast: The Internet 3.0.

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Apresentado por Zach Valenti, Ryan Shea e Muneeb Ali, cofundadores da Blockstack, o podcast conta histórias de vários exploradores digitais que se aventuram nessas novas tecnologias e tendências. Tem muita história de sucesso, mas também de fracasso. Assim, o "The Internet 3.0" traz um panorama interessante sobre o que esperar do futuro.

🏞️  O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA...

  • Balencigapyeezy. Uma grande (e surpreendente) inovação para o mercado da moda: a Yeezy, marca do Kanye West famosa pelos sapatos e estilo irreverente, juntou a marca de luxo Balenciaga à loja de departamento Gap para uma coleção de colaboração tripla. Em um mundo de collabs, ver algo assim chama atenção, já que rompe muito com o conceito exclusivista do fashion de luxo, tornando-o acessível. Curioso pra ver o que virá!
  • Esse rato... A Disney há um tempo utiliza de muuuita tecnologia para criar experiências incríveis nos seus parques. Por isso, esse levante de real e virtual é uma oportunidade e tanto para que elevem a experiência num outro nível. De fato, a empresa tem grandes planos nesse sentido, tendo inclusive patenteado um dispositivo de realidade aumentada que não utiliza óculos ou fones. Mas como, gente? #atento
  • “Ajuda, Luciano!” versão NFT. A verba tá curta, e todo mundo sabe disso. Os candidatos americanos à disputa eleitoral, a fim de aumentar a verba para o financiamento de suas campanhas, estão vendendo NFTs. Um exemplo e tanto da aplicação cotidiana dessas tecnologias que falamos aqui. Será que decola?