O Paradoxo da Coca-Cola
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O Paradoxo da Coca-Cola

Já parou pra pensar no valor que as coisas possuem em diferentes lugares em que são expostas? O mesmo pode estar acontecendo com suas criações! Vem refletir com a gente

Echoa | The Creator's Land12/02/2021
7 min
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Se tem uma coisa que eu tenho sentido falta, é andar de avião. Sempre amei a sensação de voar, de ver as paisagens cada vez menores, até enxergar aquelas aquele algodão doce de nuvem. Mas, se tem uma coisa que eu não sinto falta, são aeroportos. Poucas foram as vezes que eu dei sorte de um voo não atrasar. Já mudaram meu voo para 12 horas à frente, e precisei gastar muita energia para conseguir um voucher de hospedagem.

Uma coisa muito doida de aeroportos são os preços. Enquanto na zona de embarque o free shop é tudo de bom, a zona imediatamente anterior a ele é um boom inflacionário. O que custa 5 reais se transforma em 20 com uma facilidade surpreendente. E, o pior: na maioria das vezes, a gente paga. Não pela falta de opção, mas porque a gente sabe que naquele ambiente, de aeroporto, os preços são assim. Então, meio que apenas aceitamos isso.

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E tá tudo bem. Quer dizer, não é tudo tão bem assim, mas, na maioria das vezes, a gente se preparou tanto para estar ali, naquele momento pré-embarque, que isso vira apenas um detalhe. E, de fato, não vamos ao aeroporto à toa, como quem vai ao shopping; vamos lá para embarcar nas férias, visitar alguém ou fazer aquela aguardada viagem de negócios. Vamos lá porque desejamos estar lá e, por isso, aceitamos as condições que o ambiente nós expõe.

Um exemplo que sempre me espanta é a Coca-Cola. Para mim, Coca-Cola é tipo um pretinho básico: vai com tudo. Desde momentos de descontração até momentos de espera (como o caso dos aeroportos), uma coca geladinha é tudo. E, antes que você se pergunte, infelizmente, essa News não tá sendo patrocinada por eles. Mas caso queiram, rs, tamo aí (você também, @pepsi). Como bom consumidor de Coca-Cola, eu sei o quanto ela vale. Em aeroportos, o preço chega a triplicar. Mas, é aquilo: o conteúdo dela faz seu preço valer.

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Isso me pôs a pensar sobre como encaramos o valor do nosso próprio trabalho. Afinal, o Paradoxo da Coca-Cola traz bons insights para gente com relação a isso: em determinados lugares, uma latinha chega a custar 3 reais, ao passo que, em ambientes como aeroportos, ela custa 10. E, acredite, ela tem público em ambos os ambientes.

Assim como a Coca-Cola, que varia de preço de acordo com o ambiente, será que nós, creators, entendemos com completude o valor do nosso trabalho? E isso passa não somente por entender custos, mas por compreender para qual público estamos falando e se, de fato, ele é o ideal para o tipo de conteúdo que produzimos. Às vezes, você pode não estar olhando pro lugar certo. Acredite, nós somos incríveis e devemos valorizar o nosso trabalho, o que passa por saber pra quem queremos falar

Logo, pensando tanto nessa questão do nicho e também na própria precificação dos nossos serviços, proponho que você faça uma autoanálise sobre sua forma de trabalho. E eu tenho algumas questões para ajudar a conduzir esse processo. Dá uma olhada:

  1. O valor do meu trabalho é justo? Se, por vezes, você entra nessa noia, talvez tenha chegado a hora de colocar na ponta do lápis os custos de produção, o tempo que você gasta com isso e o quanto de retorno que você tem. Essa conta precisa fechar, e com margem de sobra (o famoso lucro). Além disso, cabe ver se o seu trabalho está sendo valorizado pela ponta final — às vezes cobramos preços inferiores por pura insegurança, de modo que é necessário reavaliar também sua relação com seus clientes.
  2. E como que eu quantifico o meu tempo de trabalho? Ótima pergunta, porque é difícil mesmo. Na euforia de fechar um job, a gente acha que é o Flash e que vai conseguir entregar tudo com perfeição dentro de 12 horas (e com o budget de 5 reais, rs). Pois, não é bem assim. Nessas horas, lembre-se de uma coisa: o trabalho que você entrega significa o seu próprio nome em jogo. Então, é melhor sobrar tempo do que faltar. Uma vez que você faz um trabalho por um valor abaixo do justo, isso pode se espalhar pelo mercado e acabar te complicando.
  3. Mas como é que os outros fazem? Esse ponto é excelente, e tem nome: benchmarking. Assim, dá uma olhada no modo de precificação de outros creators que concorrem na mesma área que você. Se você tem amigos que trabalham com isso, melhor ainda! Não tenha vergonha de perguntar a eles. Olhar para concorrência não é competir, mas nivelar o mercado que você mesmo tá inserido. É essencial achar um modelo de negócio pro seu job, e isso passa por entender as múltiplas condições de cobrança e descontos, por exemplo.
  4. E se meu trabalho não for tão bom assim para cobrar esse valor? Se você não acredita no seu talento e no valor que você agrega ao seu produto ou serviço, a gente retorna à primeira questão: pode ser que seja a hora de fazer um bom trabalho de autoconhecimento, que te ajude a clarear seus pensamentos. E, acredite, isso é muito normal: para a grande maioria que quer viver disso, esse começo não é nem um pouco fácil. E para aqueles que estão nessa há um tempo, a insegurança bate mesmo.
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Se tem muito refrigerante sem marca se achando Coca-Cola, por que você também não vai acreditar no valor do seu trabalho? Na maioria das vezes, trata-se de uma escolha: lembra que a própria Coca-Cola vale quase o preço de custo em determinados locais, sendo muito mais valorizada em outros. Assim, cabe você a entender o ambiente que melhor valoriza o seu trabalho, e ser justo consigo mesmo para melhor precificá-lo!

👤  DINHEIRO NA MÃO NÃO PRECISA SER VENDAVAL!

Já que estamos falando hoje sobre custos, preços e lucros, nada mais justo que introduzir uma das mais responsáveis no quesito dinheiro: Nath Finanças.

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Reconhecida internacionalmente pela revista norte-americana Fortune como uma das 50 maiores líderes do mundo em 2020, Nathalia toca seu projeto no Youtube mostrando como que educação financeira é importante independentemente da classe social. Além de assuntos gerais sobre mercado financeiro, Nath entende que criar conteúdo passa por locais de incerteza, como a própria precificação do serviço. Por isso, cabe dar uma olhadinha nos perfis da administradora nas redes sociais -- sempre tem uma dica valiosa em se tratando do assunto (como essa live aqui)!

📚  RONALDICAS

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Se você, assim como eu, é daqueles que produz, administra, precifica e cobra, bom, chegou a hora de conhecer a Contabilizei. A plataforma é uma gestora online de contabilidade, que te auxilia tanto a manter as finanças em dia quanto a administrar as obrigações contábeis que você enquanto PJ pode ter. Essas questões são sempre meio chatinhas e, por isso, toda ajuda é pouco. Assim, se você tiver enfrentando isso agora, cabe dar uma conferida!

🏞️  O QUE MAIS ROLA NA CREATORSFERA...

  • Até nós seus sonhos. Quando eu falo que os anúncios estão entrando até nós nossos sonhos, eu não tô brincando: anunciantes têm estudado cada vez mais as tecnologias do sono para criar anúncios que penetrem nosso inconsciente e que trabalhem durante nosso descanso. Dormir tá cada dia mais difícil...
  • Shows virtuais são reais. O Facebook anunciou que pagará até US$ 50 mil para artistas e celebridades se apresentarem na plataforma, por meio de uma ferramenta nova com finalidade parecida a do Clubhouse. Tentando desbancar os concorrentes, Zuck?
  • Ao Metaverso e além! Mais uma empresa aderiu a trend: a Disney. A empresa, que já possui um universo infinito que extrapola os limites das telinhas, agora quer investir realmente na criação de um Metaverso. Torcendo aqui para que criem uma Hogwarts em realidade aumentada, rs.
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