Me digam se isso faz sentido: na eleição presidencial, o candidato consegue eleger quase todos os seus apoiadores pelo país, mas é derrotado em âmbito nacional. Não tem lógica, não é? Seria como se um técnico de futebol ganhasse praticamente ...
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Me digam se isso faz sentido: na eleição presidencial, o candidato consegue eleger quase todos os seus apoiadores pelo país, mas é derrotado em âmbito nacional. Não tem lógica, não é? Seria como se um técnico de futebol ganhasse praticamente todos os títulos possíveis e mesmo assim fosse demitido. | ||
Claro que o cenário era bem óbvio: Bolsonaro dificilmente venceria no nordeste, já que lá se vota com a barriga, mas levaria no sul e centro-oeste. No norte, perdeu por 4 a 3 (ganhou no Acre, Roraima e Rondônia, perdeu no Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins) e no sudeste, estranhamente, só não levou em Minas Gerais, mesmo tendo (re)elegido o governador em primeiro turno e feito o deputado federal mais votado. Novamente Minas Gerais foi o fiel da balança, assim como em 2014. E novamente com indícios estranhos. O Amazonas, meu estado, também me causa estranheza. Vivemos reclamando que os políticos aqui são sempre os mesmos, há mais de 20 anos, mas reelegemos Omar Aziz pro senado, só porque o concorrente era o Coronel Menezes, ex-superintendente da SUFRAMA, apoiado por Bolsonaro, e levamos Eduardo Braga para o segundo turno contra o atual governador Wilson Lima, que também não merece a reeleição, mas é melhor que o atual senador e ex-ministro emedebista. Vai entender. | ||
Mas os maiores derrotados dessa eleição, com certeza, foram os institutos de pesquisa, ou melhor, as "lojinhas de porcentagem", como diz o jornalista Augusto Nunes. Passaram tão perto de acertar quanto o São Paulo de ganhar a Copa Sul-americana. Depois que se percebeu que o plano deles era divulgar pesquisas compradas para manipular a opinião pública, com ajuda da velha imprensa e assim eleger quem eles queriam, você deixa de acreditar neles. Basta observar. A intenção era levar no primeiro turno, manipulando algoritmo (ver imagem abaixo) e forçando abstenção (filas longas e problemas na biometria.) Mas eles podiam ter sido menos óbvios de tentarem no Brasil a mesma coisa que fizeram nos Estados Unidos. | ||
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Já dizia o Capitão Nascimento: o sistema é foda, parceiro. 2018 ainda dói. Bem que o Ciro Gomes avisou. | ||
O que nos resta agora é buscar a virada. Pelo bem do país. |