Carnaval de novo, máscaras de sempre.
0
1

Carnaval de novo, máscaras de sempre.

Carnavalizando as vontades de ser observando. Há muito eu ando cansada, opero em espera do que nem sei se chega. Ando sentindo calor como quem vive de tédio. Será que há remédio?

Vânia Ribeiro
1 min
0
1
Não sambo no carnaval, mas na vida.
Não sambo no carnaval, mas na vida.

Carnavalizando as vontades de ser observando. Há muito eu ando cansada, opero em espera do que nem sei se chega. Ando sentindo calor como quem vive de tédio. Será que há remédio?

Resolvi olhar as estrelas esperando chuva. Talvez o arco-íris me inunda, mas enquanto isso, não espero nada. Há um bloco passando lá fora e o que cantam não me convence: se eu visto a fantasia, seria eu? O mau humor ainda me vence?

Dançam, rodopiam e aceito. As voltas da vida também me deixam tonta, se lançam um sorriso eu vejo afronta, mas incentivo à cantar como hino, desse lugar de destino sei que está resolvido: eu não sambo, mas a batida ainda me invade como parte do roteiro.

Ainda tenho as máscaras de outros carnavais. Incrível como se mantêm atuais, assim como o que sinto. Na passarela da vida como na passarela do samba, há muito barulho por nada.