Better Call Sir Ferguson

Essa é a primeira vez que meu personagem da semana é um Cavaleiro da Coroa Britânica. Sir Alexander Chapman Ferguson, Commander of the Most Excellent Order of the British Empire, ou seja, Comendador da Excelentíssima Ordem do Império Britânico.

Alex Ferguson é o treinador mais vitorioso da história do futebol, brocando 50 títulos em em pouco menos 40 anos de carreira. Se fosse preciso, para explicar porque Ferguson é considerado uma lenda do Manchester United, bastaria citar que quando ele assumiu o comando da equipe em 1986, o Manchester tinha 7 títulos de campeão inglês contra 16 títulos do Liverpool, o então maior campeão da história. Em 2013, quando Lord Commander se aposentou, o Manchester United já contava com 20 títulos contra 18 do Liverpool. Um desempenho assustador.

Essa semana, mesmo aposentado, Sir Ferguson foi essencial na transferência de Cristiano Ronaldo para o Manchester United. A volta pra casa de El Bicho depois de 12 anos ganhando tudo que podia mundo a fora, só foi possível depois de uma participação pontual de Ferguson.

Ao que consta, Cristiano Ronaldo estava muito interessado e pronto para assinar com o Manchester City e viver uma experiência nova sob o comando de Guardiola no lado azul da cidade. Porém, Ferguson intercedeu, falou alguns minutos com o Robozão e isso foi o suficiente para que o City abandonasse a negociação. Horas depois, o anúncio da contratação pelos Red Devils estava sacramentado.

É quase desnecessário dizer que essa é uma das transferências mais importantes do futebol mundial. Daqui há 40 ou 50 anos, os cronistas ainda estarão falando sobre a volta de Cristiano Ronaldo ao Teatro dos Sonhos, haja o que houver daqui para frente.

É certo que não há nada que ocorra na vida pessoal e profissional de Cristiano Ronaldo que não paute imediatamente a imprensa mundial. E em se tratando de uma transferência para a Premier League, é possível dizer sem medo nenhum de errar que a chegada de Cristiano ao United, acabou ofuscando um pouco a chegada de Messi em Paris.

Arrisco dizer, ainda, que não se via transferências dessa magnitude desde que Ronaldo, o Fenômeno, deixou o Barcelona e assinou com a Internalionale de Milão em 1997, considerando que Messi e Cristiano já contam com idade avançada e R9 foi para a Itália em seu mais luminoso e incomparável auge.

Graças a Sir Ferguson, o meu pesonagem da semana, poderemos ver CR7 mais uma vez com a camisa do Manchester United, o que é muito legal. Mesmo assim, confesso que gostaria mais de vê-lo jogar no Manchester City de Pep Guardiola, pois além de parecer uma equipe mais consolidada e mais competitiva atualmente (capaz de fazer frente ao PSG de Messe e Neymar), seria um grande desafio também para Pep, o grande pensador do jogo coletivo, contar com Cristiano, um jogador que às vezes faz o futebol parecer um esporte individual.