Com certa frequência, manifestam-se discos ao qual estão sob um arcabouço ruidoso, sobretudo, um tanto estridente e atonal. À primeira vista, essa segmentação, cujo o corpo fonético monofônico seja suscetível ao cacofonismo, emanando uma i...
Com certa frequência, manifestam-se discos ao qual estão sob um arcabouço ruidoso, sobretudo, um tanto estridente e atonal. À primeira vista, essa segmentação, cujo o corpo fonético monofônico seja suscetível ao cacofonismo, emanando uma impenetrabilidade e densidade que intrinsecamente pode advogar, portanto, uma experiência catártica. “Public Castration Is a Good Idea”, isto é, tal disco demostra-se numa fácil audição essa denúncia crua com a entrega, a força, a vitalidade alcançada em sua conjuntura. | ||
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Nesse sentido, é viável submergir à percepção deleuziana ontológica na qual acopla-se à prática do ‘Corpo sem Órgãos’ na perfomance do disco; ou seja, o esqueleto perfomático no qual o disco esteja debruçado pode evidentemente se interligar por uma representação sonora desse processo de desejo intensivo. Em contra-senso, o disco se opõe no que diz respeito ao desejo d’sua entidade, isto é – ele não mostra uma mutação, no entanto é metamorfo e anômalo; visto que objetivamente seu desejo é tornar-se intenso por, acima de tudo, tecer uma movimentação de fluxos transgressores sob uma roupagem propícia a produções de intensidades. O disco quer alimentar intensidades, acima de tudo. | ||
“um corpo sem órgãos [. . .] está continuamente desmantelando o organismo, fazendo com que partículas significantes ou intensidades puras passem ou circulem”. – Mil Platôs, Deleuze e Guattari. | ||
A obra também, contudo, inaugura um minimalismo sonífero no seu ecossistema e na primeira instância de sua musicalidade, a sonoridade cumpre com precisão uma alusão àquelas fábricas industriais européias cuja há baques e estrondos frios que engendram com excelência tal reverência. Nota-se à figura de Gira que entra num transe em sua performance mórbida, homogênea em termo heterogêneo, e que você extraí o desejo transumano de ódio e raiva avassalador vindo do vocal dele direcionado à sua pessoa. Gira incorpora uma entidade desterritorializante que aparenta querer uma espécie de transcendência com seu ‘Eu’. | ||
O disco, isto é, pode reivindicar como produção de intensidade: ou seja, uma prática musical fluida, letrada, de perfomance crônica por iterações abrasivas-raivosas para a culminância duma repulsa ao ser. | ||
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