Crítica - "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro"
0
0

Crítica - "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro"

Nada apagará a fraca volta do super-herói aracnídeo, quando começou a recontar a sua história em filme que não acrescentou nada, que veio apenas para nos mostrar o 'mais do mesmo' da franquia, e feito de forma decepcionante. Marc Webb tinha a...

FÁBIO LINS
4 min
0
0

Nada apagará a fraca volta do super-herói aracnídeo, quando começou a recontar a sua história em filme que não acrescentou nada, que veio apenas para nos mostrar o 'mais do mesmo' da franquia, e feito de forma decepcionante. Marc Webb tinha a difícil missão de 'rebootar' a trama, em um filme com um protagonista desconhecido, e os erros do primeiro filme não foram (todos) repetidos no segundo filme.

Email image

E nisso porque o longa se descolou da última trilogia e seguiu um caminho próprio, ousado e até mesmo inovador. 'O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro' veio para dar continuidade ao cotidiano do aracnídeo, além de colocar obstáculos bem maiores para serem superados.

Acompanhamos o surgimento de três vilões, e como é de praxe, vieram de 'amizades' de Peter Parker. Claro que aquele típico clichê de tentar persuadir o inimigo com o sentimento foi usado, mas dessa vez não funcionou. Os vilões, os bons, é parte importante dos filmes de super-heróis, pois os problemas cotidianos da humanidade são facilmente resolvidos por eles, e o segundo filme dirigido por Marc Webb soube valorizar essa parte.

Electro, vilão que dá erroneamente sobrenome ao filme (usado apenas no Brasil), foi um bom vilão mas não foi o principal. Trouxe grandes problemas e destruição para a cidade de Nova York, foi detido com alguma dificuldade, mas foi apenas o prato de entrada para o jantar do Homem Aranha. Criado a partir de uma pessoa simples, humilhada, vivida pelo ator Jamie Foxx, 'Electro' passou demonstrando super-poderes que serviram de entretenimento para o público, mas ineficaz para derrubar o Homem Aranha, pois foi usado atabalhoadamente e sem grandes propósitos.

Porém Parker teve muita dificuldade para detê-lo, e teve que 'aceitar' a ajuda de seu amor, a linda Gwen Stacy, que teve que relembrar as aulas de física para ajudar o Homem Aranha a derrotar Electro.

Mas a grande batalha ainda estava por vir, após a criação de Green Goblin, um mostro criado a partir de seu amigo Harry Osborn, que estava a beira da morte. Usando um motivo fútil de vingança, a batalha foi dolorosa, difícil e que terminou mal para o Homem Aranha. Venceu a batalha, mas não a guerra, e pra piorar, teve uma grande perda: Gwen Stacey, a jovem que entrou na luta com Parker, não conseguiu ser salva pelo aracnídeo.

O filme ousou com a morte, mas pecou em anunciá-la previamente. O roteiro deixou claro que ela iria morrer, após o anúncio que Parker se mudaria com ela para a Inglaterra. Isso nunca iria acontecer, e a partir desse momento a sua morte estava decretada.

Outro momento baixo do filme foram as excessivas tentativas dar humor à trama. Claro, isso é praxe na história da franquia, mas dessa vez não foi bem feita. Poucos momentos tiveram alguma graça, e a grande maioria não teve graça alguma, e a reação da plateia no cinema prova a minha colocação.

A super-produção, mais uma vez, foi o ponto alto do filme, típicos dos filmes da Marvel, principalmente, claro, nas batalhas, porém os ângulos de câmera e a fotografia são dignos de destaque. Dessa vez o 3D ajudou a super-produção, e as mais de duas horas usando o incômodo óculos valeram a pena. Em praticamente todos os momentos do filme, a super-produção poder ser acompanhada, ilustrando muito bem o voo e as batalhas do Aranha.

E como esperado, o filme deixa um gancho para os filmes que virão pela frente, pois o vilão Green Goblin não foi totalmente derrotado e voltou a aprontar, tirando o Homem Aranha de seu luto. A faceta pode e vai dar grandes momentos no próximo longa, fazendo que o adjetivo 'Espetacular' seja mais uma vez bem usando quando se trata dos filmes do Homem Aranha.