Os 4 cavaleiros do "Fla"pocalipse
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Os 4 cavaleiros do "Fla"pocalipse

Reprodução de texto de Marcelo Cordeiro.

Fernando Escobar
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O texto a seguir foi escrito pelo meu primo Marcelo Antônio, jornalista, conceituado, flamenguista raiz, o responsável por eu ter-me tornado rubro-negro em 1974. É um daqueles textos que a gente lê e  pensa "por que eu não escrevi isso?". Tomo apenas a liberdade de fazer um disclamer no lugar dele: as conjecturas que ele faz e eu apoio integralmente não são outra coisa que o desabafo de um torcedor apaixonado, sofrendo com um time no "modo banana" (como diz o MCP), por conta de uma diretoria de bosta.

Segue o texto:

"Os quatro cavaleiros do Apocalipse (Landim, Braz, Spindel e Juan) vieram para destruir o Flamengo. O que ocorre em campo é puro reflexo dos desmandos e da incompetência desse quarteto. O Prejuízo que o Flamengo teve comprando tranqueiras a peso de ouro e vendendo jóias a preço de banana é incalculável. Marcos Braz e Bruno Spindel devem estar enriquecendo com essas negociatas. Quando fechamos o acordo com o goleiro Rossi, do Boca Juniors” pagamos 1,257 milhão de reais de luvas ao goleiro e 3,156 milhões a título de custas e intermediação para uma tal de BS Soccer Publicidade e Imagens Ltda. Como é possível se pagar de intermediação mais do que se pagou ao atleta que, diga-se de passagem, não custou um tostão porque estava com o passe a sua disposição. Pior, o Boca pediu 2,5 milhões de reais para liberar o goleiro, que tem contrato até junho, e o Braz, que pagou 3,1 milhões pela intermediação, não concordou. Assim gastamos no início do ano 4,4 milhões de reais com o novo goleiro e ainda não o temos. Será que BS quer dizer Braz e Spindel? Eu não duvido. O Landim, tido como um grande administrador, assiste a tudo isso sem mover uma palha. Deve estar no rachuncho também, né? A fortuna que o Flamengo gastou contratando e demitindo técnicos ao longo de três anos, mostra a incompetência de Braz. Em qualquer empresa privada, um executivo já teria sido demitido muito antes da contratação do quarto técnico, o Braz contratou sete e ainda está lá. Ora, o Landim pode ser tudo, menos administrador. Não há dúvidas que o fim do Flamengo está próximo, obra dos quatro cavaleiros do Apocalipse. Dos sete selos que antecedem o fim, quatro já foram abertos: a Super Copa, a Recopa SulAméricana, o Mundial de Clubes e o Campeonato Carioca. Perdemos todos e estamos a caminho de perder os três selos que ainda não foram abertos: a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Libertadores. Será um ano perdido, cerca de 300 milhões em prêmios perdido, rendas despencando, debandada mas contas do Banco e no número de sócios torcedores. As finanças que, levamos tanto tempo para arrumar, vão despencar e tudo por culpa do tal “grande administrador” que assiste a toda essa confusão sem tomar uma atitude, sem demitir os incompetentes, sem colocar a casa em ordem e o que é pior, aprovando regras no conselho para favorecer a eleição de seu grupo. A mais recente foi proibir que políticos com mandato exerçam cargos no clube. O Bandeira é deputado federal e por essa regra não pode ser candidato à presidência. O incompetente do Braz ficou no cargo de vice-presidente enquanto era Vereador e a regra só foi aprovada depois que esse ele recebeu da torcida do Flamengo um sonoro pé na bunda e não se elegeu deputado no último pleito, em outubro do ano passado. O Bandeira de Melo foi eleito prometendo que pagaria as dívidas do Clube, colocaria as finanças em ordem e a partir daí teríamos um clube saneado que poderia investir de novo no futebol e ganhar títulos. Passamos quatro anos namorando a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e aplaudindo a administração Bandeira de Melo porque víamos as promessas serem cumpridas e o clube caminhar a passos largos para ser o que é hoje: o clube mais rico do país. De que adiantou todo esse esforço? O que a administração Landim fez com o clube mais rico do país? A era Jorge Jesus durou menos de um ano e só foi vencedora porque JJ trouxe todos os seus auxiliares e não permitiu a intromissão da diretoria. Deu certo. Sem os imbecis que ocupam os postos de comando opinando, JJ reformulou o time, deu padrão de jogo a equipe e ganhou quase tudo que disputou. Sampaoli está tentando fazer o mesmo que JJ fez, mas esbarra num time que está acostumado a fazer corpo mole e perder jogos para derrubar treinadores. Um time que está acostumado a ser o dono do pedaço. Não há compromisso com o clube ou com a torcida. Correm em campo, fazem uma ou duas jogadas de efeito, mas não jogam pra ganhar. Quantas vezes no jogo de hoje, no momento em que precisávamos de uma bola rápida para pegar a defesa do Athletico aberta, demos toquinhos para trás e para os lados, deixando a defesa adversária se recompor? Isso não é postura de quem quer ganhar o jogo. Desde que JJ saiu trocamos de técnicos sete vezes (Domenec, Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Souza, Dorival, Vítor Pereira e agora Sampaoli) mantivemos o time e trocamos os técnicos. Não deu certo. Nosso time de craques não conseguiu jogar o que jogava com JJ (mas ganha o mesmo que ganhava e em dia). Será que temos um time de craques? Não sei. O que eu sei é que manter o time e trocar os treinadores até agora não deu certo. Está na hora da torcida do Flamengo exigir que, dessa vez, seja feito o oposto: vamos manter o treinador e trocar o time. Isso nós podemos fazer, já que não podemos trocar, pelo menos agora, aqueles que realmente teriam que sair: os quatro cavaleiros do Apocalipse." - Marcelo Antônio Cordeiro de Oliveira. 

Fernando Escobar (assinando embaixo!)

Fique bem.