Procuradoria Geral do Estado de Rondônia completa 32 anos
Hoje, 25 de março de 2020, a Procuradoria Geral do Estado de Rondônia (PGE-RO) completa 32 anos. O dia escolhido para comemorar a data é simbólico e marca a posse dos procuradores do Estado aprovados no primeiro concurso realizado pela Instituição, em 1988. | ||
Até 1987, os procuradores eram indicados pelo governador sem a necessidade de passar por um certame. Só com a Lei Complementar nº 20 de 02 de julho que essa realidade mudou, sendo um marco para a PGE-RO. | ||
Antigas instalações da PGE (década de 90). Foto: Acervo pessoal de Quézia Reis. | ||
INÍCIO DA PGE | ||
No começo da década de 80, Rondônia passou de território federal à condição de Estado com a edição da Lei Complementar nº 41, de 22 de dezembro de 1981*. Ainda no mesmo ano, sai o Decreto de nº 04 de 31 de dezembro, que estabelece a competência e aprova a estrutura básica da Governadoria do Estado. | ||
No artigo 2º e 3º, tanto a figura do Procurador Geral como a da Procuradoria já são contempladas, o que demonstra a importância da atuação da PGE para o Estado desde o começo. O seu primeiro procurador geral foi o Fouad Darwich Zacharias, sendo sucedido por César Augusto Ribeiro de Souza. | ||
Decreto de nº 04 de 31 de dezembro de 1981. | ||
A primeira legislação que se tem registro, e que trata especificamente da Procuradoria, é o Decreto nº 159, de 23 de abril de 1982, que dispunha sobre a competência e estrutura organizacional da Procuradoria. Contudo, é a Lei Complementar nº 20 de 02 de julho de 87 que amplia a competência e a estrutura organizacional da Instituição. | ||
No governo de Jerônimo Santana, o procurador geral era o advogado Erasto Villa Verde de Carvalho, e na sua gestão que foi formada a comissão, composta por 3 assistentes jurídicos, para elaborar a primeira lei que tratasse da Procuradoria Geral do Estado. Um dos componentes da comissão foi o procurador Luciano Alves, sendo ele e o atual procurador geral adjunto, Lerí Antônio Souza e Silva, os únicos provenientes do primeiro concurso da PGE que estão até hoje na ativa. | ||
No início, a Defensoria Pública funcionava junto com a Procuradoria, como é possível observar na legislação. E, por conta disso, entre as competências da PGE estava “prestar assistência jurídica aos necessitados”, conforme o inciso IV do artigo 2º. | ||
Estrutura organizacional da PGE de acordo com a Lei Complementar nº 20 de 02 de julho de 87. | ||
A nomenclatura de alguns setores também foi modificada ao logo desses 32 anos. Anteriormente, o que hoje entendemos por Setoriais, era chamado de Subprocuradoria Geral e existiam cinco: Administrativa, Fiscal, de Patrimônio, Trabalhista e do Contencioso. Atualmente, a PGE conta com sete setoriais além das iniciais, mais o Centro de Estudos: Procuradoria de Técnica e Controle Legislativo; Procuradoria Ambiental; Procuradoria de Ativos Financeiros; Procuradoria de Execução, Cálculos, Perícias e Avaliações; Procuradoria de Controle dos Direitos do Servidor; Procuradoria dos Direitos Humanos; e Procuradoria de Contratos e Convênios. | ||
O artigo 4º da lei nº 20, dizia que: “Procuradoria Geral do Estado será dirigida pelo Procurador Geral do Estado, devendo o cargo, de livre provimento do Governador do Estado, ser exercido em comissão, por advogado de reconhecido saber jurídico e conduta ilibada”, o que dava a liberdade para governador escolher alguém que não fosse procurador do Estado para ser o gestor da PGE. Contudo, em 1990, após cinco gestores que não eram da carreira, o governador Jerônimo de Santana nomeou Aliete Alberto Matta Morhy como procuradora geral do Estado, sendo a primeira pessoa do quadro da PGE a assumir o cargo e também a primeira mulher na direção da Instituição. | ||
A ex-procuradora geral do Estado, Aliete Morhy. | ||
Posteriormente, em 1991, é publicado o Decreto nº 5.081 de 03 de maio, assinado pelo governador Oswaldo Piana Filho, com uma nova estrutura básica da PGE incluindo setores como o Núcleo de Setorial de Planejamento e Coordenação (NUPLAN), Núcleo de Administração e Finanças (NAF), e traz o primeiro organograma da Instituição. | ||
Antigo organograma da PGE. | ||
Como é possível observar na imagem do organograma, antes existiam três Regionais, na época chamadas de Subprocuradorias, sendo elas em Vilhena, Ji-Paraná e Cacoal. | ||
Em 1995, é assinado o Decreto nº 6.969 de 14 de julho que traz consigo a inclusão, na estrutura organizacional básica da PGE, a provisão de mais duas Procuradorias Regionais – sendo uma delas em Rolim de Moura. Atualmente, existem quatro Regionais da PGE localizadas em Rondônia, nos municípios supracitados, e a previsão legal da instalação de uma em Ariquemes e outra em Guajará-Mirim. | ||
Fachadas da Regionais da PGE em Cacoal, Ji-Paraná, Vilhena e Rolim de Moura. | ||
Há também a Representação Judicial em Brasília, que existe desde a década de 90, para cuidar dos processos de interesse da Fazenda Estadual junto aos Tribunais Superiores. | ||
Instalações da Representação Judicial da PGE em Brasília. | ||
AVANÇOS DA PGE | ||
Até 2011 a PGE não possuía uma lei orgânica e acabava seguindo legislações esparsas. Após a aprovação da Lei Complementar 620 de 20 de junho de 2011, a Procuradoria passa a ter uma estrutura mais organizada, o número de setoriais aumenta, e passa a contar com o Conselho Superior – um órgão deliberativo e supervisor das atividades da Instituição e de cada um dos seus integrantes. | ||
Outro acontecimento que proporcionou um grande avanço para a Procuradoria foi a criação do Fundo Especial de Modernização da PGE-RO (FUMORPGE), instituído pela Lei nº 3.537, de abril de 2015, que tem por finalidade complementar os recursos financeiros indispensáveis ao custeio e aos investimentos da Procuradoria Geral do Estado de Rondônia, voltados à consecução das suas finalidades institucionais. | ||
No final do mesmo ano, foi realizado o primeiro concurso para carreira de apoio da Procuradoria, que antes funciona com servidores cedidos de outros órgãos e comissionados. O certame foi destinado ao provimento de 30 vagas imediatas para os cargos de Analista da Procuradoria (20 vagas) – de Nível Superior, e Técnico da Procuradoria (10 vagas) – de Nível Médio. Número que foi ampliado posteriormente com mais 13 vagas para Analista e 18 para Técnicos, totalizando 61 vagas. | ||
A partir de 2017, a PGE começou a investir na aquisição de imóveis para a as Regionais de Cacoal, Vilhena e Ji-Paraná, o que representa uma economia em aluguéis a longo prazo; veículos oficiais para as quatro Regionais e um para a Representação em Brasília – melhorando as condições de trabalho; e a compra de bens permanentes, em especial de tecnologia da informação – o que possibilita o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela Instituição. | ||
Na área da tecnologia, houve a introdução de sistemas como o Sistema Eletrônico de Informações – SEI, que teve seu uso regulamentado por meio do decreto nº 21.794, de 5 de abril de 2017 e a introdução do Ratio que é um gerenciador eletrônico de documentos (GED), híbrido, que possui avançados recursos de apoio à produção de conteúdo jurídico e de controle de fluxos administrativos, focado na integração com os sistemas informatizados do Poder Judiciário e do Poder Executivo. | ||
Até o ano de 2019 a PGE não possuía uma identidade organizacional estabelecida, contudo, com o início do Planejamento Estratégico, a missão, visão e valores da Instituição foram determinados de forma conjunta pelos integrantes da Procuradoria por meio de votação. | ||
Missão: Defender o Estado de Rondônia com base nos princípios constitucionais e éticos, contribuindo efetivamente na otimização da Administração Pública em prol da sociedade. | ||
Visão: Ser reconhecida como Instituição que, com exclusividade e qualidade, presta orientação e defesa jurídica à Administração Direta e Indireta e a todos os poderes. | ||
Valores: Legalidade, Ética, Eficiência, Eficácia, Dedicação, Comprometimento e Probidade. | ||
O procurador geral adjunto e presidente da comissão de Planejamento Estratégico, Lerí Antônio, fala com os servidores durante as oficinas para a elaboração do planejamento. | ||
O planejamento foi realizado de maneira participativa para ter uma visão mais holística das necessidades institucionais e assim fazer um plano que contemplasse os principais anseios da organização. | ||
Aprovado no início de 2020, o previsão é de que o planejamento entre em vigor ainda no mesmo ano com a implementação dos projetos. | ||
EX-PROCURADORES GERAIS: | ||
Fouad Darwich Zacharias (01.01.1981 a 28.01.1982), César Augusto Ribeiro de Souza (28.01.1982 a 08.05.1985), Jair de Oliveira (20.05.1985 a 13.03.1987), Erasto Villa Verde de Carvalho (15.03.1987 a 28.11.1988), Pedro Origa Neto (01.01.1989 a 24.01.1990), Aliete Alberto Matta Morhy (24.01.1990 a 14.03.1991), João Ricardo do Valle Machado (15.03.1991 a 10.12.1992), Alexandre Cardoso da Fonseca (10.12.1992 a 31.12.1994), Luciano Alves de Souza Neto (01.01.1995 a 09.10.1995, de 01.01.1999 a 31.01.2000, e de 01.02.2000 a 14.08.2000), Jane Rodrigues Maynhone (09.10.1995 a 31.12.1998), Reginaldo Vaz de Almeida (14.08.2000 a 01.01.2003), Renato Condeli (01.01.2003 a 13.02.2007), Ronaldo Furtado (13.02.2007 a 31.12.2010), Valdecir da Silva Maciel (01.01.2011 a 01.12.2011), Maria Rejane Sampaio dos Santos Vieira (01.12.2011 a 01.10.2013), e Juraci Jorge da Silva (01.10.2013 – atual). | ||
O atual procurador geral do Estado, Juraci Jorge da Silva. | ||
HISTÓRICO SOBRE OS CONCURSOS DA PGE: | ||
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* O aniversário de instalação do Estado só acontece no dia 4 de janeiro, data marcada pela posse do governador, coronel Jorge Teixeira de Oliveira, em 1982. | ||
Fonte |