Para prêmio Nobel de Economia, empresas reforçam desigualdade racial e de renda no Brasil
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Para prêmio Nobel de Economia, empresas reforçam desigualdade racial e de renda no Brasil

Um dos artigos mais recentes de David Card, um dos três premiados com o Nobel de Economia 2021, trata da desigualdade racial de renda nas empresas brasileiras.

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Um dos artigos mais recentes de David Card, um dos três premiados com o Nobel de Economia 2021, trata da desigualdade racial de renda nas empresas brasileiras.

Publicado na edição de outubro da American Economic Review,  o estudo “Combinação sortida ou contratação excludente? O impacto das políticas empresariais nas diferenças raciais dos salários no Brasil”, em tradução livre, é assinado ao lado de outros três pesquisadores: o brasileiro Edson Severnini, François Gerard e Lorenzo Lagos, além de ser coeditado por Esther Duflo, Nobel de Economia 2019, conclui que as empresas exacerbam as desigualdades raciais existentes no país. 

O estudo aponta que há um movimento de intensificação das diferenças de rendimento por raça, que se dá por meio do “casamento” entre companhias mais produtivas e trabalhadores mais qualificados, o que faz com que seja menos provável que não brancos (que inclui pretos e pardos) trabalhem em ambientes que tenham melhor remuneração, mesmo na ausência de qualquer política discriminatória de contratação.

Além disso, não brancos tendem a ser alocados em empresas menos produtivas, na comparação com trabalhadores brancos com as mesmas habilidades, o que tende a levá-los a receber salários menores. Diante do resultado, os pesquisadores defendem amplo investimento em educação para reduzir essas disparidades de rendimentos, com foco não apenas no momento anterior à contratação mas também nos treinamentos internos das companhias no país.

http://ow.ly/oAC150GXemF

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