Transformar ESG em ativo é principal desafio dos CFOs
0
3

Transformar ESG em ativo é principal desafio dos CFOs

Quanto mais as empresas são pressionadas por, consumidores, acionistas, clientes, governos e órgãos reguladores em mostrar resultados, mais confusas e inconsistentes parecem ser os indicadores de performance em ESG.

#Finanças #Gestão #Carreira
3 min
0
3
Email image

Quanto mais as empresas são pressionadas por, consumidores, acionistas, clientes, governos e órgãos reguladores em mostrar resultados, mais confusas e inconsistentes parecem ser os indicadores de performance em ESG.

Nos EUA, o SEC já anunciou a proposta de regras para garantir que os relatórios ESG forneçam informações consistentes, comparáveis e que possibilitem a tomada de decisão sobre investimentos em sustentabilidade com bases seguras sobre o cumprimento de metas na área. Em breve, medida semelhante também deverá ser adotada no Brasil.

Como um dos principais porta-vozes em relação aos stakeholders, os executivos de finanças precisam tomar à frente e mostrar números realmente compatíveis com os esforços da empresa em seus resultados em ESG. Em um artigo especial, a CFO Dive enfatizou que transformar as medidas ESG em ativos ao invés de passivos deverá ser o principal desafio para os executivos financeiros até o final da década.

Não é para menos. De acordo com o Global Sustainable Investiment Alliance, recursos globais destinados a iniciativas ESG chegaram a US$ 35,3 trilhões no ano passado e devem ultrapassar os US$ 50 trilhões até 2025.

Especialistas na área propõem um plano de ação imediato, composto por 8 iniciativas:

1 - Escolha do framework: Nos EUA, 31% das empresas listadas na bolsa divulgam seus relatórios de ESG com base no modelo recomendado pelo Task Force on Climate Related Financial Disclosures, TCFD.

2 - Prepare-se para coletar novas categorias de dados: Relatórios confiáveis de ESG requerem dados minuciosos sobre as "pegadas". Significa que a empresa precisa monitorar também o uso de recursos (combustível, água, energia, matérias primas) em sua cadeia de fornecedores, assim como o destino dos seus produtos após o consumo (descarte, reciclagem, reuso).

3 - Coloque tudo no software: É fundamental automatizar a coleta de dados, de modo a facilitar a análise e a incorporação das metas no planejamento financeiro.

4 - Recrute talentos: O executivo de finanças precisa construir uma rede de talentos em ESG em todas as áreas, incluindo níveis de C-Level e consultorias externas, não só para fazer o alinhamento em relação às questões técnicas como avaliar vulnerabilidades que extrapolam questões financeiras e contábeis.

5 - Associar metas a compensações: Oferecer bônus e prêmios é a forma mais rápida e direta de aumentar o comprometimento em relação às metas de ESG.

6 - Submeta os compromissos de ESG a avaliação externa: Como guardião contra a complacência, o CFO precisa submeter sua política de metas ESG a uma avaliação externa. Uma auditoria independente pode encontrar diferenças entre as promessas e ações efetivas, além das vulnerabilidades na estratégia.

7 - Prepare os principais pontos de discussão: Como segunda linha de defesa nas relações com investidores, o CFO precisa estar preparado com informações sobre os principais temas críticos que podem ser abordados nas apresentações de resultados.

8 - Tenha um plano de gestão de crise: Em empresas de setores com alto risco ambiental (óleo e gás, químico, agro e energia, por exemplo), um comitê de crise tem 2 objetivos principais: prever possíveis acidentes e preparar-se para eles. O papel do CFO é fornecer ao CEO e ao conselho de administração uma avaliação dos prejuízos com crises em que a empresa corre maior risco versus os investimentos necessários para evitá-los.

#Finanças #Gestão #Carreira #CFO #ESG #WCFOBrazil #Riskmanagement #gestãoderisco #Sustentabilidade