O que esperar do mundo dos shows em 2022

Que show você quer ver em 2022? Essa enquete, que postei em meu perfil no Twitter (@jnflesch) com o devido link para votação, parece definir o clima do que espera-se que seja 2022. Após um 2021 de incertezas e com pouquíssimos shows internacionais, os indícios são de que o próximo ano será realmente de retomada, uma retomada muito esperada e falada, mas que ainda não se mostrou forte no quesito shows ao vivo.

Entre uma nova variante de vírus e outra, as incertezas continuam, mas o otimismo supera. Por conta disso, o calendário de 2022 já está lotado desde o final de 2021, muito por conta das remarcações de shows adiados durante a pandemia, alguns aguardando até mais de dois anos para sua realização.

A próxima temporada não fica só nos shows que seriam em 2020 e/ou 2021, mas ganha novas atrações. Não há uma tendência definida. A recuperação do setor surge com a busca de novos negócios e oportunidades, o que gera uma agenda eclética, sem um foco em determinado gênero.

O que cresce, a princípio, é o número de festivais. seja com uma criação própria, caso do MITA (Music is the Answer); ou a chegada de uma franquia, como o Primavera Sound. Some-se a eles e outros eventos menores os já tradicionais e gigantescos Lollapalooza e Rock in Rio.

Essas novidades deixam o calendário com uma única folga de quatro meses entre um grande festival e outro, justamente na época do verão norte-americano (inverno aqui), quando o caldeirão dos shows ferve no hemisfério norte. No resto do ano, o brasileiro da região sudeste tem ao menos um festival a cada dois meses, a partir de março.

Quem lota, quem flopa

Acrescente-se a isso a curiosidade de saber quem será o grande sucesso do ano nos palcos, assim como se haverá um grande fiasco. O primeiro semestre já apresenta os primeiros candidatos ao Troféu Sold Out. A-Ha, em São Paulo (mas em outros locais deve lotar também); Now United, em todas as cidades; Louis Tomlinson, que vai cantar somente em SP e no Rio; e o Lollapalooza já começam 2022 dando alegrias aos produtores.

Mas o ano já será bom se ao menos o setor do entretenimento puder funcionar normalmente, acrescentadas as medidas higiênicas de segurança inerentes à época atual. Talvez não se tenha um mapa com uma média de mais de 15 shows por mês, como era até 2019, mas se chegar próximo disso acredito que já se poderá dizer que houve uma verdadeira retomada.

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