O que rolou (de bom e de ruim) em 2021
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O que rolou (de bom e de ruim) em 2021

É triste pensar que os principais acontecimentos na música, em 2021, foram perdas. Vai ficar na história como o ano em que Marília Mendonça, Charlie Watts, Dusty Hill e Chick Corea partiram. Curiosamente, nenhum deles, a princípio, foi vítima...

Flesch
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A cantora Marilia Mendonça morreu em novembro de 2021, aos 26 anos, em acidente de avião 
A cantora Marilia Mendonça morreu em novembro de 2021, aos 26 anos, em acidente de avião 

É triste pensar que os principais acontecimentos na música, em 2021, foram perdas. Vai ficar na história como o ano em que Marília Mendonça, Charlie Watts, Dusty Hill e Chick Corea partiram. Curiosamente, nenhum deles, a princípio, foi vítima fatal do Covid-19, apesar das causas das mortes de Hill e Watts não terem sido divulgadas.

A morte de Marília em um acidente de avião, em novembro, aos 26 anos, foi o fato mais trágico para a música, em 2021. O mundo já havia chorado pela morte de Watts, em agosto. O baterista dos Rolling Stones, que chegou a ser o mais ovacionado pelo público, em shows da banda no Brasil, tinha 80 anos.

Hill, outro querido da cena musical, foi embora em julho. O baixista do ZZ Top tinha 72 anos. Chick Corea, virtuoso e cultuado pianista de jazz, partiu em fevereiro, aos 79 anos, vítima de um câncer.

Talentos

O grupo pop feminino Little Mix, que fez um dos últimos shows internacionais no Brasil antes da pandemia fechar tudo, em março de 2020, anunciou seu fim, mas a música mundial ganhou também novas atrações. Foi o ano em que a norte-americana Olivia Rodrigo, de 18 anos, frequentou as paradas de músicas mais ouvidas com sua "drivers license".

Outra revelação foi o Maneskin, com a música "Beggin". A banda italiana jogou os holofotes de volta em cima do rock, gênero que andava meio restrito à mídia independente.

O Rock in Rio, antenado, foi atrás dos dois. Quase fechou com Olivia Rodrigo para a edição de 2022, segundo contou o criador do festival, Roberto Medina; e conseguiu colocar o Maneskin no line up do ano que vem.

Aliás, o próprio Rock in Rio merece um capítulo na retrospectiva de 2021. Depois de ser adiado para um ano par por causa da pandemia, o festival, que sempre aconteceu em anos ímpares, por pouco não conseguia ter de volta o Queen.

Retornos

Enquanto as revelações se destacavam, a cena musical de 2021 registrava retornos há muito sonhados. Abba e Adele lançaram novos discos. No Brasil, a Fresno saiu com novo e celebrado álbum,

Os fãs de k-pop viram o EXO se destacar novamente em meio ao onipresente em premiações e paradas BTS. Blackpink continuou sua saga de sucesso e, há poucos dias do fim de 2021, surgiu um novo grupo feminino, na verdade um supergrupo, o Girls on Top, que anunciou seu primeiro single para janeiro de 2022.

Quem também voltou, mas em forma de documentário, foram os Beatles. "Get Back", que a Disney+ colocou no catálogo, registra a intimidade do grupo durante gravações em 1969, com direção de Peter Jackson, de "O Senhor dos Anéis".

Sucesso

Em meio a tudo isso, Taylor Swift e Ed Sheeran consolidaram suas carreiras de sucesso nas paradas. A cantora nem precisou de disco ou single novo. Refez seu álbum "Red", de 2012, e passou o resto do ano contabilizando os lucros de tal decisão.

Conquista

Uma das melhores notícias na música, em 2021, aconteceu nos bastidores. Após longa batalha judicial, Britney Spears conseguiu se livrar da tutela do pai, que era o gestor de sua carreira. O caso gerou várias manchetes em portais e perfis de redes sociais, e deve resultar numa esperada volta da cantora - agora com liberdade profissional - com força total em 2022.

De volta aos palcos

A grande esperança, para 2022, é a volta "normal" dos shows presenciais. O movimento começou em 2021, mas não dá para dizer que foi um dos grandes acontecimentos do ano porque foi uma retomada tímida de shows com plateia, mais como um teste do que efetivamente uma reintegração do artista com público ao vivo.