Red Pill 04 💊 | Charlatões, Jardinagem, Zoom e Bill Gates em 1999
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Red Pill 04 💊 | Charlatões, Jardinagem, Zoom e Bill Gates em 1999

FELIPE FOIATO
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Durante essa última semana forneci, como de costume, algumas mentorias gratuitas nos stories do meu Instagram e uma das perguntas que recebi gerou uma resposta bem interessante.


Me perguntaram o que eu achava dessa "febre" de pessoas vendendo cursos online.


E a verdade é que acho ótimo, conforme respondi a esse seguidor.


É maravilhoso que as pessoas estejam acordando e percebendo que elas não precisam mais vender seu tempo trabalhando em algo que não gostam e podem, simplesmente, ensinar o que sabem a outras pessoas que estão dispostas a aprender.


O grande problema é que as pessoas confundem"ganhar dinheiro na internet"com "ganhar dinheiro fácil".


E isso não poderia estar mais errado.


O mercado de educação sempre existiu, o que mudou foi a escala que a mensagem de um educador pode atingir.


Hoje é possível que um professor de inglês sozinho, sentado na sacada de sua casa e somente com um computador, fature em 7 dias mais do que uma escola de inglês tradicional com estrutura física fatura em 10 anos. E Isso é maravilhoso.  

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Esse é um jogo ganha-ganha, onde o professor ganha liberdade e autonomia fazendo algo que ama, enquanto o aluno investe 5% do valor que investiria em um curso tradicional para atingir o mesmo resultado em um intervalo absurdamente menor. 


E o exemplo acima se aplica a qualquer área de conhecimento, não ficando limitado ao ensino de idiomas ou habilidades mais "tradicionais".


Hoje qualquer pessoa pode viver a vida dos sonhos, ter liberdade e ajudar milhares de pessoas, desde que existam pessoas interessadas em ouvir o que ela tem a dizer.


Essa semana mesmo, minha mulher estava assistindo uma live da Carol Costa sobre cultivação de plantas e haviam 50 mil pessoas assistindo simultaneamente.


É quase um maracanã lotado assistindo uma pessoa falar sobre jardinagem. 


E sabe o que é mais legal de tudo isso?


Essa produtora de conteúdo era até pouco tempo atrás uma jornalista com carreira promissora e optou por largar tudo para falar sobre algo que amava, e hoje, com certeza, é muito melhor remunerada.


Só para exemplificar o poder desse "novo mercado", eu vou dar alguns números baseado no meu próprio conhecimento.


É possível estimar que, caso ela vendesse um curso de mil reais para essas 50 mil pessoas ao vivo, ela teria uma conversão média de 3%


São 1.500 pessoas investindo o valor de R$ 1.000. É só fazer os cálculos.


Pois é...


Ela poderia faturar um milhão e meio de reais,somente nessa live, vendendo um curso online de jardinagem.


E essa possibilidade só existe porque ela está impactando e ajudando milhares de pessoas com seus conteúdos.


De novo: esse é um jogo ganha-ganha. Ela só ganha se os alunos ganharem, caso eles não sejam beneficiados com o conteúdo, eles não compram.


Pense bem: ela ajudou gratuitamente 50 mil pessoas nessa live. E, para aqueles que quisessem dar um "passo a mais" (normalmente uns 3% nesse caso) ela poderia oferecer um produto mais completo. 


Não há nada de errado nisso...


Afinal, quantas pessoas e empresas você conhece que fazem uma semana inteira de aulas gratuitas fisicamente? 


Quantas escolas de inglês falam: "Venham aqui na nossa escola entre os dias X e Y que daremos uma semana de conteúdo gratuito ensinando tudo sobre nossa metodologia e como vocês podem estudar sozinhos."


Ninguém faz isso no mundo físico, foi a internet que criou essa possibilidade. 


Na verdade, nela, o conteúdo está disponível de forma inteiramente gratuita, o que os produtores vendem é a "organização" do conteúdo e a economia de tempo e dinheiro do aluno.


A internet criou uma cultura de abundância, em que o aluno tem cada vez mais opções e mais conteúdos sobre o que ele quer aprender, e, ao mesmo tempo, milhares de pessoas estão podendo largar seus empregos para se dedicar a ensinar algo que amam.


Obviamente, como todos os meios, existem pessoas mal intencionadas, mas todos nós sabemos que elas sempre existiram. Antes engavam por carta, por propaganda direta, por telefone. Hoje enganam por sites e plataformas.


O fato é que enquanto houver pessoas que acreditam em promessas milagrosas, haverá vendedores de milagres...


Felizmente, a internet é tão abundante que esse tipo de pessoa não se sustenta no longo prazo, já que em um curto intervalo de tempo esses golpistas acabam sendo "cancelados" publicamente e perdem toda sua autoridade.


Existem também os "teóricos da internet", presentes principalmente nos nichos de negócios e finanças, como os influencers de investimentos que enriqueceram vendendo cursos sobre como investir (e não investindo) e os marketeiros que aprendem sobre marketing para vender cursos de marketing.


Eu, particularmente, não vejo nada errado nisso. É o livre mercado, compra quem quer. 


Além disso, esses teóricos sempre existiram no mundo da educação tradicional - e você costumava pagar o valor de um apartamento para ter acesso ao conhecimento deles.


Afinal, lhes pergunto: qual a diferença entre um professor de uma faculdade de administração que nunca abriu ou administrou uma empresa do teórico da internet?


Grande parte dos docentes da educação tradicional são pessoas"teóricas", e não há problema nisso, pois eles realmente estudaram por anos o que agora estão ensinando de forma organizada e direcionada.


Eles fornecem um "atalho" e lhe ensinam em alguns meses o que demoraram longos anos para aprender. 


E, como eu disse: é o livre mercado. A internet é abundante. Você pode aprender tanto com o teórico quanto com aquela pessoa que aprendeu tudo na prática. A escolha é sua.


Eu, particularmente, quando se trata de aprender sobre negócios, prefiro pagar para entender a mente daquela pessoa que executou o que ela está ensinando na prática, que tem o famoso"skin the game". Mas este sou eu.


No mercado digital, todos tem voz e podem ensinar algo, e é por isso que eu respondi para aquele seguidor que acho ótimo essa "febre".


Inclusive, nessa última sexta-feira, eu tomei uma cerveja"ead" com um amigo que está morando na Nova Zelândia e, durante essa conversa, entre outros assuntos, falamos sobre o"salto"que a o mercado digital brasileiro deu esse ano.


Esse, sem dúvidas, está sendo um ano de grandes mudanças. O mundo "digital" amadureceu muito nos últimos meses.


Acredita-se que o Mercado Digital brasileiro aumentou nos últimos 3 meses o que era esperado aumentar nos próximos 3 anos.


Segundo dados da Dados da Nielsen, Comscore, Global Web Index, Kantar e MindMiners em maio de 2020, 13% da população brasileira fez sua primeira compra online esse ano e outros 24% aumentaram o número de compras online.

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Mas. tenho certeza que não preciso trazer pesquisas ou gráficos para lhe mostrar isso...

O impacto foi tão grande que todos nós percebemos isso na mudança de nossos hábitos ou de nossos familiares e amigos.


Pessoas que juravam de pés juntos que "cursos onlines" não foram feitos para elas descobriram a maravilha e os benefícios de estudar com os mesmos.

Outros, que não gostavam de comprar coisas na internet por "medo" de clonarem o cartão, descobriram o quão segura é uma transação na internet utilizando meios de pagamento como picpay, apple pay, hotmart, pagseguro, paypal, etc - inclusive com garantias incondicionais que o mercado físico não oferece.


Empresas que não cogitavam a possibilidade de home-office afirmando, hoje, que não pretendem voltar ao escritório tão cedo.

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Professores que cantavam aos quatro ventos que achavam a internet legal, mas que não conseguiriam ensinar online, dizendo que precisavam da interação, do feedback, de um quadro branco, etc, encontraram ferramentas como o zoom e se maravilharam com suas facilidades.


Inclusive, até o início desse ano, o aplicativo "zoom" era, em grande parte, conhecido somente por pessoas do setor da tecnologia. Em contrapartida, durante essa quarentena, já participei de aniversário e até mesmo chá de revelação pelo zoom.


Aliás, o zoom é uma prova viva do quanto o mercado digital cresceu absurdamente neste semestre, já que ele triplicou seu tamanho durante essa pandemia e atingiu um valor de mercado maior que o da Petrobrás. 


São inúmeros os casos de empresas com base tecnológica que aumentaram drasticamente seu tamanho e seus lucros durante esse período, como a Amazon que aumentou o seu valor de mercado em aproximadamente US$ 570 BILHÕES nos últimos 6 meses.


Enquanto empresas focadas em tecnologia cresceram absurdamente, empresas do meio físico estão sofrendo para se manter de pé, e o motivo dessa dificuldade enfrentada por tais empresas foi previsto por Bill Gates em 1999, quando o bilionário proferiu a seguinte frase: 


“No futuro vão existir dois tipos de empresas - as que fazem negócios pela Internet e as que estão fora dos negócios."

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Pois bem, este futuro chegou, e é hora de se reinventar.


Enquanto há empresas fechando e registrando enormes prejuízos, há pessoas tendo lucros exorbitantes ensinando sobre cultivo de plantas, culinária, fotografia e até mesmo a fazer cerveja artesanal.


Estamos passando por uma revolução no mercado de trabalho e na forma como empregos, carreiras e empresas são construídas.


E, aqueles que forem sábios o suficiente para se reinventar e procurar entender esse novo mundo, colherão enormes benefícios e mudarão completamente de vida. Afinal, como diz o ditado popular: quem chega primeiro bebe a água limpa :)

Por hoje é só.
Espero que você tenha gostado do conteúdo de hoje e que eu tenha lhe ajudado de alguma forma. Se você quiser entender mais sobre essa transformação digital e esse novo mercado que está surgindo, lhe convido a me acompanhar pelo Instagram, basta pesquisar por @felipefoiato ou clicar aqui. Abro a  caixinha de perguntas quase todos os dias por lá e tento responder o máximo de dúvida possíveis sobre este assunto e outros tópicos relacionados a negócios e desenvolvimento pessoal :)

Ps: A Red Pill é a minha newsletter semanal gratuita onde eu compartilho o meu conhecimento e todos os meus últimos aprendizados e experiências adquiridas. Se você não leu a primeira edição e gostaria de entender o motivo por trás desse nome, bem como o propósito desta newsletter, é só clicar aqui.

Até a próxima.

Felipe Foiato