Ela morreu, mas passa bem.

Por um milésimo de segundo eu morri.

Meus ouvidos estavam surdos, a boca seca já não sentia o cheiro do perfume do chá verde que havia passado antes de ir trabalhar,                                                                                                Apenas o frio e a pressão da terra sendo jogada por cima do meu corpo sem caixão.

Pensei para onde iria,

Torci para que todas as religiões etivessem corretas,

Pela primeira vez na vida rezei para que existisse ao menos o inferno.

"Não peço mais uma chance, só que me deixe existir" rezei em meus últimos segundos de vida enquanto suplicava ao médico ao meu lado, "apenas fique, vivi sozinha  minha vida inteira, não quero morrer sozinha"

Ele solidário com a minha dor, conciente de que não podia fazer nada se não esperar até beep sofrido se tranformar em uma buzina impaciente, acena com a cabeça, segura minha mão e senta - se ao meu lado em silêncio "passou tão rápido, mal vi os ponteiros" comentei quando a vida em fim a vida me deixou, todo o esforço foi em vão.

Mas então abri os olhos,

Sentei no chão da sala e chorei,

"Foi só uma crise"

De alívio suspirei.

Enquamto meus sentidos voltavam  e o beep constante do celular avisava que a próxima aula estáva prestes a começar.

Algo morreu dentro de mim nesses 3 minutos,

Ela clamou por um Deus,

Agarrou- se ao médico,

Rezou para que existisse aumenos o inferno para que ainda pudesse existir,

Algo Morreu dentro de mim hoje...

Mas eu passo bem.