NAZISMO: O FILHO BASTARDO DA ESQUERDA. PARTE II
29
1

NAZISMO: O FILHO BASTARDO DA ESQUERDA. PARTE II

Nazismo: o filho (bastardo) que a esquerda não assume.

Anderson Santos
11 min
29
1
Email image
Email image

Nazismo: o filho (bastardo) que uma esquerda não assume.

Em um duelo ideológico, não sai vencedor aquele que diz a verdade, mas o que tem uma capacidade de convencer seu público de que seu argumento é correto. Efetivamente, portanto, o poder de persuasão define o vencedor do embate. Com isso, as histórias passam a ser contadas de acordo com as narrativas que prevalecem nos embates ideológicos. Uma das narrativas mais mentirosas adotadas e disseminadas pela esquerda no mundo é a de que o nazismo foi um regime de “extrema direita”.

No entanto, qualquer historiador ou intelectual não ideologizado pela narrativa socialista predominante que analisa os fatos históricos dentro de seu devido contexto e checar documentos chega facilmente à conclusão de que o nazismo era à esquerda. Sérgio Peixoto Silva (2015), por exemplo, definiu o partido como sendo de esquerda, considerando o programa nazista divulgado em 1920, com seus ideais e específicos.

Winston Churchill, em Memórias da Segunda Guerra Mundial - que lhe rendeu o Nobel de Literatura em 1953 -, escreveu que fascismo e nazismo são irmãos gêmeos, ambos filhos do comunismo. E aqui estamos falando de alguém que estudou cada átomo de Hitler e de seus capangas nazistas, como Joseph Goebbels (o facínora chefe da proganda nazista), Heinrich Himmler (líder da SS), Hermann Göring, comandante-chefe da Luftwaffe (a força aérea alemã - aquela que levou um laço da RAF, a Força Real Britânica na Batalha da Grã-Bretanha), Rudolf Hess, Martin Bormann, o puxa-saco secretário de Hitler e o açougueiro nazista Reinhard Heydrich - o grande arquiteto do Holocausto…

Além de autores e de figuras importantes, como Churchill, têm as características dão embasamento a qualquer pessoa séria para classificar o nazismo como um regime de esquerda. Evidentemente que, não posso deixar de mencionar, Hitler seguiu uma linha de socialismo com o incremento de suas ideias; mas a questão é o fundamento nazista - que era socialista. Esse é o âmago do raciocínio: a essência, a base, a fundamentação e os princípios do nazismo.

Email image
Email image
Email image

Antes de chegarmos nas características do nazismo, é importante esclarecer que são direita e esquerda. Claro que tudo começa pela revolução da França e as posições no parlamento e na Assembléia, que deram origem aos termos. Todavia, com o passar do tempo, essa definição se tornou defasada e genérica. Para definir a direita e esquerda, portanto, é necessário observar seus produtos específicos. O principal produto da direita está em elementos como o livre mercado, o estado pequeno, a liberdade individual e o direito à propriedade privada - o que conhecermos por CAPITALISMO; a left, por sua vez, tem como principal produto o estado grande e absoluto, que impõe o controle sobre o mercado, sobre as liberdades e sobre as propriedades, ou seja, estatiza tudo e prioriza o coletivismo - o que conhecemos por SOCIALISMO.

Email image
Email image

Assim, grosso modo, para sintetizar, entende-se que direita equivale a capitalismo e esquerda equivale a socialismo. Lógico que há variantes, como liberalismo e conservadorismo na direita e progressismo e social-democracia (eufemismos para menchevismo) na esquerda; mas, na essência, funciona como explanei acima. Vamos em frente.

Email image
Email image

Tudo começa pelo nome Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que surgiu em 1920, quando Hitler assumiu o DAP e rebatizou o partido. Pensemos: se o pai do nazismo batiza o partido como “socialista”, qualquer tese que atualize o nazismo como “direita” Deveria ser, no mínimo, questionável - devido à etimologia; mas as semelhanças entre nazismo e socialismo não param por aí, pois todo o embasamento nazista teve Karl Marx como origem. Vamos entender ...

O controle de preços adotado pelos nazistas, por si só, já se constitui evidência de que o nazismo era um regime de esquerda. Isso nada mais foi do que uma prova de que o ensinamento de Marx corria nas veias de Hitler! Controlar os preços é o oposto do capitalismo (livre mercado). A crítica ao livre mercado é uma característica marxista. Na Alemanha nazista, como empresas eram controladas pelo governo, sendo apenas “fachadas”. O governo determinava o desvio produzido, a quantidade e os salários pagos. Alguns - leia-se: a esquerda ou os enganados por ela - afirmam que a Alemanha era nazista de direita por ter tido empresas “privadas”, o que nessa classificaria no país como capitalista; mas os “empresários”, na verdade, eram meros fantoches. Tudo era propriedade do estado absoluto comandado pelo Führer.

Email image

Se o leitor tiver dúvidas quanto a essa questão, leia os itens 13 e 14 do programa nazista, que foi publicado em 24 de fevereiro de 1920, em Munique.

Outro princípio marxista que observamos no nazismo é o controle da imprensa (controle da imprensa, aliás, que sempre esteve na cartilha do PT). O item 23 do programa nazista, juntamente com os incisos 1, 2 e 3, são claros: controle absoluto da imprensa - bem igualzinho aos mandamentos socialistas. A vizinha Venezuela, por exemplo - padrão democrático da esquerda brasileira -, demonstração um caso clássico de repressão e controle à imprensa.

O ódio aos princípios judaico-cristão é mais um mandamento de Karl Marx que Hitler seguiu: no caso de Hitler, o ódio era direcionado à raça; no caso de Marx, a uma classe: os burgueses (Marx acreditava que a igreja era a base de sustentação da burguesia). Porém, na prática, o mandamento era o mesmo: exterminar o “opressor”. Enquanto o nazismo defendia um da raça ariana “superior”, o socialismo marxista pregava uma classe superior: os oprimidos do proletariado. Há algumas teorias sobre o motivo pelo qual Hitler manifesta o tamanho ódio aos padrões e uma delas dá conta de que um judeu rejeitara o líder nazista (em sua juventude) na tentativa de ingresso ao curso de arquitetura. Contudo, uma versão oficial afirma que os nazistas acusavam os estudos de conluio nos negócios, sendo responsabilizados em parte pela grande crise econômica pela qual atravessava a Alemanha. No Brasil, é importante lembrar, partidos como PT, Psol e PCdoB sempre se distantes resistentes e antipáticos a Israel. 

Email image

Estado grande: o nazismo implementou um estado totalitário e absoluto, no melhor estilo leninista. O item 25 da cartilha do Führer alemão é muito claro sobre isso: poder absoluto ao Reich (nome oficial para o Estado-Nação alemão no período de 1871 a 1943). Essa linha política é ensinamento de Marx, e teve Lênin como precursor com a Revolução dos Bolcheviques, em 1917, na Rússia.

É possível afirmar, como já vimos no texto, que o coletivismo é uma idiossincrasia que define muito bem o socialismo, enquanto que o capitalismo e, por consequência, a direita - como também já abordamos anteriormente -, é possível direito pela liberdade individual. No nazismo, entretanto - como se sabe -, predominou o coletivismo marxista. Não havia liberdade individual. Tudo era controlado pelo estado, com o coletivismo predominando. Apenas esse fato, portanto, já refuta qualquer argumento que tente classificar o nazismo como regime de direita. Aos defensores da mentira que defende o nazismo como direita, lamento informar: a conta não fecha.

Genocídio: o extermínio em massa imposto por Hitler foi, sem dúvidas, fundamentado nos gulags (campos de concentração) bolcheviques. A estreia da ideia leninista adotada por Hitler na Alemanha foi em 1933, com o primeiro campo de concentração alemão, sob a responsabilidade de Heinrich Himmler, líder da SS (a “Schutzstaffel” foi uma organização paramilitar a serviço de nazismo e de Adolf Hitler) .

Email image
Email image
Email image
Email image

Culto ao grande líder: Hitler era venerado por seus seguidores. A persuasão do discurso de Hitler levou os alemães a adorá-lo e a depositarem nele a esperança pelo fim da grande crise, causada, segundo eles, pelo Tratado de Versalhes (assinado em 1919, com imposições sobre a Alemanha, após o país perder a primeira Guerra Mundial) e pelos amoros. Questionar a veneração ao Führer era imperdoável. Assim como acontecia com Lênin e Stálin.

A cor de um partido, movimento ou regime, em si, não comprova nada. No entanto, aliando isso é um conjunto de características, pode significar muito. O vermelho nazista é igualzinho a todas as bandeiras do socialismo. Sem fale nos gestos com os punhos erguidos - e here me refiro a Lenin.

A perpetuação no poder é o objetivo de todo governo marxista e os nazistas chegaram ao poder da forma mais clássica leninista, “assumindo o poder sem qualquer escrúpulo”, como ensinou Lênin. O partido de Hitler dominou o parlamento, bolinho pelas beiradas, mas dominando tudo assim que teve oportunidade. Usaram a repressão da SS, juntamente com a força da violenta SA (a Sturmabteilung - uma espécie de tropa de choque composta por fanáticos do partido nazista), como ferramentas para eliminar os opositores. Um exemplo da sede nazista pelo poder foi o incêndio do Reichstag, em Berlim, em 27 de fevereiro de 1933, quando o braço direito de Hitler, Joseph Goebbels, ordenou ao líder da SA fazer o serviço e acusar dos opositores. O fato foi o estopim para a tomada do poder de Hitler, então chanceler na Alemanha, que passou a ter cada vez mais força. Com a morte do presidente da então República de Weimar, Paul von Hindenburg, em 2 de agosto de 1934, Hitler fundou as cargas de presidente e chanceler. Com isso, se tornou o Fürher absoluto. Semelhante a Lenin; depois Stalin. Aprendeu bem.

Email image

Atualmente, muitos acabam fazendo confusão pelo fato de o partido nazista ser rival do partido comunista alemão (acusado pelo incêndio), mas isso é irrelevante. Nazistas e comunistas eram duas correntes socialistas diferentes em conflito, mas com a mesma raiz ideológica: o marxismo. Grosso modo, seria como se o PT e o PCdoB brigassem pelo poder no Brasil. Aqui jaz o elemento chave que decifra a charada: uma disputa de duas gangues pelo poder. Esse era o motivo da formação de Hitler aos comunistas.

Se formos levar em conta o caso do governo petista, num socialismo mais bolivariano, a doentia luta pelo domínio absoluto e pela perpetuação no poder no Brasil iniciou com uma tentativa de compra do Congresso com o Mensalão e com o Petrolão, além do aparelhamento das instituições , Além disso, o aprisionamento dos eleitores com as políticas populistas irresponsáveis ​​(se o nazismo usava a repressão e os campos de concentração para o prender, o petismo prendeu pessoas com o assistencialismo e com o terrorismo eleitoral). Mais uma vez, como vemos, a diferença é o método, com o mesmo efeito prático: a busca pelo domínio absoluto e a perpetuação no poder. 

Email image

Domínio na cultura: se na Alemanha nazista houve uma conhecida de queima de livros (Bücherverbrennung), idealizada por Joseph Goebbels e realizada em 10 de maio de 1933, nas últimas décadas a esquerda e seus movimentos dominarem no Brasil. Eles não queimaram livros, mas boicotaram autores liberais e conservadores, seja na mídia, nas universidades, em congressos ou qualquer lado do campo cultural. O método é diferente, como já disse, porém o resultado e o embasamento ideológico são os mesmos. A esquerda brasileira há décadas o ensinamento de outro pensador marxista: Antônio Gramsci. Segundo ele, a tomada de poder deve ocorrer pelo domínio cultural. Basta ler qualquer livro didático de história e de geografia distribuído no governo do PT para ver Zé Dirceu sendo apresentado como herói revolucionário. Além disso, no campo artístico, há quem diga que a Lei Rouanet serviu para a compra de opinião artística. Alguém tem dúvida?

Email image
Email image

Por mais de 100 anos a ideologia marxista serviu como inspiração e lei para a fundação de regimes totalitários, como o nazismo, que assolaram países pelo mundo. Muitos países ainda estão debaixo dessa ideologia genocida, como bem citamos acima a Venezuela do tiranete Maduro.

Email image

O nazismo tem um pai, e ele é o socialismo marxista - e esta catacrese é inevitável, pois o marxismo gerou muitos filhos, e todos maus. A única diferença entre socialismo e nazismo está na quantidade de mortes: o socialismo exterminou mais de 100 milhões de pessoas, enquanto o nazismo ceifou, direta e indiretamente, 40 milhões de pessoas

Na guerra das narrativas sempre venceu quem gritou mais alto e nisso os movimentos de esquerda sempre foram especialistas. Mas o jogo virou. As pessoas honestas não deglutem mais qualquer bobajol marxista. A verdade, pouco a pouco, começa a aparecer. Uma a uma, as mentiras da esquerda vão sendo derrubadas.

Ah, mas “Hitler pregava contra o marxismo”… Meu amigo, Hitler foi tão opositor às ideias de Marx que seguiu cada mandamento do prussiano autor do Manifesto Comunista e de O Capital, como, por exemplo, o ódio aos homossexuais, os quais, para Marx, faziam parte do “lumpemproletariado” (a escória, para Marx).

Email image

O nazismo é filho da esquerda.

Email image

FONTE: 

Rodrigo Constantino

Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, investigado por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.

Faça parte do Movimento FRLC: Força de Resistência Liberal Conservadora.

Gostaria que eu escrevesse sobre um tema específico: Me mande no direct do meu Instagram: andersonsantos3995 e se quiser, me siga.

Twitter: @sallehem.

Siga-me no canal aqui no Pingback. Você receberá um aviso no seu e-mail sempre que tiver texto novo.

Se vc gostou da matéria e quiser uma doação de qualquer valor que referir ou uma assinatura (mensal ou anual) para ajudar na produção deste e de outros conteúdos, fique a vontade. Obrigado!

Pix:  ANDERSON.SSILVA42@YAHOO.COM.BR