Dirigente de futebol no Brasil: profissão dos sonhos
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Dirigente de futebol no Brasil: profissão dos sonhos

O presidente do Corinthians, um dos clubes de maior torcida no continente. Uma foto no perfil do clube no Instagram mostra uma montagem dele em Portugal. Segundo postagem do clube, em busca de um técnico. Colocado na foto como um herói. Um estadista

Marcelo do Ó
2 min
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O presidente do Corinthians, um dos clubes de maior torcida no continente. Uma foto no perfil do clube no Instagram mostra uma montagem dele em Portugal (montagem na qual eu caí e fui avisado pelo amigo Márvio dos Anjos). Segundo postagem do clube, em busca de um técnico. Colocado na foto como um herói. Um estadista em busca de um futuro melhor para sua “nação”. Mais tarde, anunciou a chegada do técnico Vítor Pereira, português, para dirigir o Timão em 2022.

Uma coisa soa engraçada. A forma como o dirigente é apresentado. Uma imagem bem diferente de poucas semanas atrás.

O torcedor se esquece que ele só está lá porque há uns 15 dias, pressionando pela Fiel, demitiu Sylvinho com menos de 10 jogos de Paulistão. O mínimo de pensamento crítico deveria fazê-lo assumir o erro crasso estratégico que ele cometeu.

A demissão deveria ter acontecido no final da temporada 2021, pelos motivos que contei no meu canal no YouTube.

No Brasil, cobramos com força técnicos, jogadores, árbitros e jornalistas. Os dirigentes ficam à margem, sombra do termo “cartola”, que nos isenta de lembrar seus nomes, ações e omissões.

Por aqui, mais vale o conhecimento político do que saber realmente de futebol, de seus processos, formação de time, treinamentos, modelos de jogo.Explica muito do atraso do nosso futebol. Somos um enorme transatlântico com timoneiros que não sabem como um leme funciona. Vão testando, chutando, agradando aliados, cedendo a pressões…

Destruindo camisas Brasil afora, seguem mostrados como ídolos que não são. Ele é como outros 9 (até hoje, 23/02) dirigentes do nosso futebol. Agem por pura política, sem convicção e nem conhecimento.

Orando por São Jorge, espero o dia da profissionalização total do futebol. De quem manda, a quem paga, fala, apita e joga. Apenas ela nos salvará das aventuras que já jogaram na lama gigantes da nossa bola.Enquanto isso não acontece, seguimos até o próximo jogo e o próximo anúncio midiático de treinador (português).