Google anuncia a exclusão de cookies de terceiros dentro do Chrome. Quais os impactos dessa mudança e quais alternativas estão sendo criadas.
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O Google anunciou na semana passadaque, dentro de dois anos, irá excluir cookies de terceiros no navegador Chrome, ou seja, só permitirá cookies do próprio Google. A decisão chega seis meses depois do anúncio da iniciativa Privacy Sandbox, que consiste em criar práticas de coleta de dados que dependam menos de rastreamento digital. | ||
As medidas chegam em um momento que a discussão sobre uso de dados está aquecida devido a regulamentação da GDPR(que está em vigor desde 2018), LGPD(entra em Agosto/2020) e a CCPA(começou no dia 1 de janeiro), em que todas abordam consentimento e uso de cookies para coleta de dados. Devido a essas regulamentações e outras discussões em associações de anunciantes, veículos, etc. o Google está se mexendo em garantir outras fontes de coleta de dados que vão além dos cookies. | ||
O anúncio é um choque para anunciantes e publishers, visto que o Google, que é o principal player para veiculação de anúncios digitais, está lutando justamente contra a principal forma de rastreamento de dados para anúncios: os cookies. Praticamente todas as formas mais populares para personalização de anúncios são feitas baseadas nessa tecnologia. Por outro lado, o anúncio forçará todos os stakeholders do mercado a investirem em novas formas de tecnologia de coleta, visto que o Chrome é o navegador desktop mais usado do mundo, de acordo com a Statcounter. | ||
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Vale lembrar que controle de cookies não é recente: a Apple criou restriçõesno navegador Safari em 2017 e fechou ainda mais o cerco em 2019. Se considerarmos o volume de usuários de Chrome + Safari no mundo, serão 77% dos usuários que terão restrições no uso de cookies, ou seja, seria uma grande perda para os anunciantes e publishers. | ||
Diante desse cenário, novas soluções estão sendo desenvolvidas, principalmente com iniciativas de first party data, onde o usuário permitirá, conscientemente, a coleta dos dados em troca de benefícios ou serviços. Outro caminho proposto é a criação de um marketplaceentre os publishers, onde se compartilham dados first party entre si. A iniciativa é vista com bons olhos, pois eles dependeriam menos do Google, mas exigiria um esforço de padronização de taxonomia das audiências de cada publisher e também o que cada um deve fornecer para criar um ambiente atraente para os anunciantes. | ||
NOVIDADE DA SEMANA | ||
Pinterest supera Snapchat pela primeira vez nos EUA | ||
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Pinterestsuperou o número de usuários do Snapchat nos EUA e provavelmente irá superar em outros países se manter o crescimento. Com a estratégia de rentenção e fidelidade dos usuários, o Pinterest vem investindo em usabilidade e recursos dentro da rede social. | ||
Outro ponto diferencial é a diversidade de faixas etárias que utilizam a rede. No gráfico abaixo, repare que há uma melhor distribuição em comparação com o Snapchat, o que contribui para um crescimento consistente. | ||
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Vi no eMarketer. |