O funcionamento e cuidados do modelo server-side tracking
#TBTé a edição #88que contextualiza o assunto da edição de hoje, sobre o futuro mundo cookieless na publicidade digital. | ||
A forma predominante que os anunciantes conseguem rastrear se uma conversão foi gerada graças a um anúncio veiculado em portais ou redes sociais é o rastreamento via cookies. | ||
Por exemplo, para o rastreio de conversões vindas de anúncios do Facebook, é necessário que seja instalado o pixel do Facebook dentro do site do anunciante. Quando o usuário é impactado pelo anúncio na rede social, um cookie é colocado no navegadore esse acompanha a jornada do usuário no site do anunciante graças à conexão com o pixel instalado. | ||
O papel do navegador é armazenar esses cookies, mas alguns deles (ex: Safari e Firefox) atualmente bloqueiamesses cookies de terceiros nos sites, ou seja, não é possível o envio de informações desses cookies para plataformas terceiras. Mesmo com o pixel instalado, o Facebook não consegue rastrear o comportamento do usuário no site e, consequentemente, não consegue associar os anúncios com as conversões geradas. | ||
Com o Chrome anunciando que também irá bloquear cookies de terceiros, basicamente é o fim dos cookies de terceiros, visto que o navegador do Google representa mais de 65% do mercado. Com isso, diversas plataformas de ads estão buscando alternativas para mensuração das conversões e o server-side tracking acabou sendo a saída para o Facebook. | ||
Esse modelo é viabilizado por meio do Conversions API( antigamente chamava Server-side Events), onde instala-se dentro do servidor do site do anunciante. Com isso, todo usuário que clicar em algum anúncio nos domínios do Facebook vai receber um ID, que é rastreado pelo Conversions API dentro do site do anunciante e envia as informações para o Facebook. | ||
Ou seja, nesse processo, o browser não retém nenhum dado, podendo o pixel do Facebook ser descartado. Entretanto, o próprio Facebook recomenda que se mantenha o pixel instalado no site pois se por acaso o usuário habilitar os cookies de terceiros no seu navegador ou estiver usando algum navegador que permita esses cookies, os dados do pixel serão priorizados na mensuração. | ||
Há um ponto de atenção nesse modelo: para o Facebook conseguir associar os usuários corretamente, o anunciante precisa permitir que o Facebook acesse dados pessoais como e-mail ou telefonepara conseguir fazer o matchcom a base de usuários da rede social. Ou seja, o anunciante tem que tomar bastante cuidado com as questões envolvendo LGPDe consentimento do usuário para compartilhar esses dados. | ||
Apesar da implementação ser mais complexa e ter essa camada de privacidade que precisa ser considerada, muitas empresas de mídia estão sendo forçadas a criar suas próprias soluções cookielesspara rastrear usuários ou para conseguir exibir anúncios mais personalizados. Teremos muitas novidades e inovações vindas desses grupos de mídia para atrair os anunciantes. | ||
Para mais detalhes sobre implementação e funcionamento do Conversions API, recomendo ler esse artigo em inglês. | ||
NOVIDADE DA SEMANA | ||
WhatsApp lança sua maior campanha publicitária com foco em privacidade | ||
Com o objetivo de reforçar a criptografia nas mensagens e, consequentemente, a privacidade dos usuários, o WhatsApp lançou a sua maior campanha publicitária no domingo passado, dia 15. | ||
Será parte de uma série de propagandas que mostrarão os diversos recursos de privacidade na plataforma, como a visualização única de imagens e mensagens ( recurso recém criado). | ||
Vale lembrar que a primeira campanha publicitária do WhatsApp no Brasil também era focada em privacidade. Chamada de “ Fica entre nós”, entrou no começo de 2020 e foi uma campanha global. | ||
Vi no Meio e Mensagem |